Nasceu judeu e polaco, na cidade de Lviv (actualmente pertence à Ucrânia), e de lá fugiu, no dia em que a Alemanha invadiu a Polónia. Tinha cinco anos.
Viveu nas mais longínquas latitudes, mas é em Portugal que projecta os seus sonhos. Entre outros, concebeu e geriu o mais sofisticado centro turístico nacional, a Quinta do Lago, que, este ano, completa 50 anos de existência.
A sua vida é intensa, cheia de sucessos e fracassos . Raramente alguém admite essa vivência, de forma tão desassombrada.
Sinopse: Março de 2020. Ulisses conta os dias para se reformar do Ministério e se dedicar à sua paixão: a pintura. No dia tão esperado, tudo fecha. E o País passa a viver entre a pandemia e o delírio político e mediático.
Que raio de ideia foi esta, quando se soube que a pandemia estava prestes a chegar, de esvaziarmos os supermercados de papel higiénico e latas de atum? Que susto foi este que nos levou a confundir uma doença respiratória com um desarranjo intestinal?
Vivemos dias de delírio. Durante muitos meses, fomos interditados ao toque, ao beijo, ao abraço. Apenas ligados aos ventiladores da esperança para que o pesadelo terminasse. É certo que trouxe dor e sofrimento, luto e inquietação, mas também é verdade que nos ofereceu dias onde escutámos e acreditámos nas coisas mais disparatadas. Piores do que o intempestivo assalto às prateleiras do papel higiénico.
Nunca como neste tempo de transtorno se percebeu como a informação-espectáculo não coabita pacificamente com o conhecimento. Alimenta-se de poeira, ignorando a tempestade, olha a espuma das ondas sem vislumbrar a grandeza dos mares. Enclausurados pela polícia sanitária, tornámo-nos actores e espectadores desse psicodrama vertiginoso que nos remeteu para estudos e perícias paridas pelo Diabo, presos aos saberes de gente especializada em saber não especializado.
Escrevi este romance através dos medos que nos têm atormentado, durante a clausura forçada a que estivemos obrigados, submetidos aos caprichos de deuses de vendedores de banha da cobra, de sábios e de sabichões que desfilaram nos ecrãs de notícias.
Os protagonistas - Ulisses e Florência - são um bocadinho de todos nós. Apimentei-os com salpicos de loucura que o confinamento nos trouxe. Foram Contínuos, mais tarde promovidos a Assistentes Operacionais, pais de três filhos, cinquenta anos de comunhão de ternura e quezílias que, tal como nós, viveram assarapantados com as notícias e milagres.
E não morreram de Covid. Viverão felizes para sempre nas páginas deste livro.
Francisco Moita Flores nasceu em Moura, em 1953. É dos autores de Língua Portuguesa mais conhecido quer pela sua obra literária - A Fúria das Vinhas, Segredos de Amor e Sangue, A Opereta dos Vadios, Mataram o Sidónio!, O Mensageiro do Rei, O Mistério do Caso de Campolide ou Os Cães de Salazar, que deu origem à série O Atentado, entre muitos outros títulos - quer pelos brilhantes trabalhos para cinema e televisão, onde se recordam A Ferreirinha, Ballet Rose, Alves dos Reis, O Processo dos Távora e O Bairro, além da adaptação de clássicos, nomeadamente de Eça de Queirós, Júlio Dinis e Aquilino Ribeiro. Mestre na arte dos diálogos, dá corpo e alma às personagens à medida que desenvolve a narrativa dramática, assumindo em cada romance a sua dimensão humanística e de intervenção cívica através de uma narrativa simples carregada de duplo sentido.
Os Neon Soho são um trio de música electrónica, natural de Lisboa e composto por Ana Vieira, Ricardo Cruz e Vera Condeço. Em 2019, o grupo lançou o EP "Home" e, em 2021, saiu o álbum de estreia, "Proof of Love". A combinação das várias referências e estilos de cada um dos três membros da banda lisboeta resultou numa sonoridade que reúne influências desde o synth-pop à dança e ao soul.
Já está disponível na HBO Max a série "Kamikaze", a primeira série dinamarquesa daquela plataforma de streaming e que tem no elenco a actriz portuguesa Iris Cayatte.
Baseada no romance "Muleum", do escritor norueguês Erlend Loe, a série de 8 episódios conta a história de Julie, uma jovem de 18 anos que trava uma luta existencial para regressar à vida depois de ter perdido tudo.
A actriz portuguesa Iris Cayatte entra nos dois últimos episódios e interpreta "Consuelo", que foi ama de Julie na sua infância. Com um vasto currículo em cinema, televisão e teatro, na ficção portuguesa podemos vê-la actualmente na série "A Rainha e a Bastarda" (RTP1) e na novela "A Serra" (SIC).
A actriz portuguesa Iris Cayatte é "Consuelo" na série dinamarquesa "Kamikaze"
A Garota Não, nome artístico de Cátia Mazari Oliveira, lança o seu segundo álbum, "2 de Abril", uma homenagem ao bairro de Setúbal onde a cantora cresceu, cuja data celebra a Constituição da República Portuguesa, aprovada em 1976, e que estabelecia princípios basilares de democracia, dignidade e direitos fundamentais dos cidadãos.
Nas 20 canções que compõem "2 de Abril", A Garota Não tem um olhar para o passado marcado pela multiculturalidade, mas também canta sobre temas como "a tragédia" do Mediterrâneo, a gentrificação que já afecta Setúbal ou a faceta activista do artista chinês Ai Wei Wei, que actualmente vive em Portugal, e faz uma homenagem ao músico José Mário Branco, convocando assim temas muitas vezes associados à chamada música de intervenção.
Elenco: Mariana Pacheco, Paulo Vintém, Joana Brito Silva, José Lobo, Diogo Bach
Sinopse: Depois do sucesso que fez em 2018, a Universal Music Portugal traz de novo para Portugal o musical O Principezinho (vencedor do prémio de Melhor Peça de Teatro para Crianças dos Pumpkin Awards 2018), versão para palco da célebre obra da autoria do francês Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944) que conta a história de um rapazinho com cabelos cor de ouro e de um piloto perdido no deserto.
Esta é uma história intemporal sobre o amor e amizade e sobre a importância da honestidade e de nunca nos deixarmos de surpreender pelo mundo que nos rodeia, tendo emocionado várias gerações.
A música, as canções, os actores, as personagens virtuais em 3D e efeitos visuais de video mapping criam uma cenografia visual espectacular e mágica que transporta o público para o mundo fantástico de O Principezinho.
"Um Beijo para Amanhã" é o novo álbum de originais da cantora e compositora Marta Dias. O disco é composto por dez canções de inspiração luso-africana e brasileira, unidas pela Língua Portuguesa, que constituem um resumo dos cruzamentos musicais feitos por Marta Dias ao longo de uma carreira que se estende por mais de duas décadas, construída sobre a sua identidade africana e lusa, que, neste novo álbum, faz a síntese perfeita com a tradição brasileira.
"Um Beijo para Amanhã" apresenta diversos convidados especiais, tais como Ana Laíns, Ana Vieira, Francisca Silva e Margarida Silva (estas últimas sobrinhas de Marta Dias), nas vozes, e João Frade no acordeão. Edu Miranda, juntamente com Tuniko Goulart, foi responsável pelos arranjos e pela execução da maioria dos instrumentos deste disco.
Marta Dias possui um percurso musical que se estende por mais de duas décadas. Nascida em Lisboa, com ascendência santomense, goesa e portuguesa, Marta Dias tem vindo a cruzar, ao longo da sua carreira musical, as diversas influências culturais que lhe correm no sangue. Colaborou com nomes tão díspares como os Ithaka e General D ou Mestre António Chainho, com quem actuou em digressões nacionais e internacionais que culminaram, em jeito de síntese destes anos de concertos e viagens, num álbum em parceria com o Mestre, "Ao Vivo no CCB".
O melhor dos primeiros 10 anos de carreira dos D.A.M.A., as canções mais marcantes e os momentos que ninguém viu, num concerto muito especial transmitido em exclusivo pela TVI.
Será uma noite de muitas emoções para a banda que se tornou um verdadeiro fenómeno da sua geração.
O Castelo de São Jorge, em Lisboa, é o palco deste concerto memorável onde o grupo lisboeta interpreta o seu reportório de uma forma única. A transmissão televisiva conta ainda com cenas inéditas do trio, momentos de bastidores e outras imagens captadas e nunca trazidas a público.
É uma das melhores actrizes portuguesas e, actualmente, podemos vê-la na novela "Por Ti", na SIC. Este sábado, Maria Emília Correia vai estar em Alta Definição.
Sinopse: Poucos objectos culturais circulam tanto como uma canção. Cantada, gravada, ouvida, a canção anda pela rua, pela rádio, em concertos, é mostrada na televisão e no cinema, guardada em discos e noutros suportes de gravação. A canção é, por isso, um objecto único para reconstituir os contextos históricos e as estruturas sociais da sua circulação.
Canções como «Vocês Sabem Lá», de Maria de Fátima Bravo, «Desfolhada Portuguesa», de Simone de Oliveira, «A Lenda de El-Rei D. Sebastião», do Quarteto 1111, ou «Venham mais Cinco», de José Afonso, ajudaram quem as ouviu a situar-se no pós-guerra, nos anos 60, no período final do Estado Novo, e a imaginar o seu lugar, tanto no interior da sociedade portuguesa como em todas as comunidades que, durante essas décadas, se formaram por todo o mundo em torno dos gostos musicais e das suas formas de audição.
Luís Trindade é professor de História Contemporânea na Faculdade de Letras e vice-coordenador do Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra. Doutorou-se, em 2006, pela Universidade Nova de Lisboa. Entre 2007 e 2019, leccionou História e Cultura Portuguesas no Birkbeck College da Universidade de Londres. Tem desenvolvido investigação na área da História cultural, em particular sobre o nacionalismo, a imprensa, o cinema, o neorrealismo, a música popular e os intelectuais em Portugal no século XX. Entre as suas principais publicações, contam-se O Estranho Caso do Nacionalismo Português: O salazarismo entre a literatura e a política e Narratives in Motion: Journalism and modernist events in 1920s Portugal. Na Tinta-da-China, publicou anteriormente Primeiras Páginas: O século XX nos jornais portugueses, Foi Você Que Pediu Uma História da Publicidade? e 1974: Portugal, uma retrospetiva (com Ricardo Noronha).