Autor seleccionado: Pedro Marques

Música: Pedro Marques

Letra: Galileu Granito

Intérprete: Inês Homem de Melo

Inês Homem de Melo, natural do Porto, viu a música entrar na sua vida aos oito anos de idade, quando entrou no coro infantil do Círculo Portuense de Ópera. Permaneceu no coro até aos 16 anos, seguindo-se a entrada no Conservatório, no seu 12º ano de escolaridade. Quando chegou o momento de entrar na Universidade, Inês Homem de Melo optou pela Medicina. No entanto, nos seis anos de curso, nunca se afastou da música, que tanto lhe estimulava a criatividade e a individualidade. Nos anos finais do curso, descobriu a Psiquiatria e apaixonou-se por ela, tendo-se especializado nesta matéria pelo Hospital Magalhães Lemos. Quando concluiu o curso, mudou-se para Lisboa, para trabalhar no Hospital Egas Moniz. Fez um casting para uma casa de fados e foi escolhida, tendo passado a exercer Psiquiatria durante o dia e a actuar, à noite, quatro vezes por semana. Em 2018, editou o seu primeiro álbum, Discos do Povo, Vol. 23, a vigésima terceira parte da colecção de discos homónima. Entretanto, regressou ao Porto para ingressar na equipa de Perturbações do Neurodesenvolvimento no Adulto no Hospital Magalhães Lemos. Inês Homem de Melo também trabalha com a CRI Porto Ocidental, no apoio a pessoas com comportamentos aditivos, e lecciona ainda formações de Psiquiatria. Nas suas sessões, procura sempre associar a ciência com a música para o tratamento dos casos. Inês Homem de Melo pediu a Pedro Marques para lhe compor uma canção para o Festival da Canção, tendo-lhe pedido que a mesma tivesse várias línguas. O compositor contou com o apoio do letrista Galileu Granito e surgiu Fome de Viagem, uma canção com oito idiomas diferentes. Afinal, como a própria indica no seu Instagram, é uma cantora de world music.

Pedro Marques nasceu no Porto, é compositor e já reconhecido criador de temas para cinema e televisão. Foi, de resto, vencedor do prémio Sophia em 2016 com a banda sonora do filme "Capitão Falcão". É autor dos temas televisivos das séries "3 Mulheres" e "2 minutos para mudar de vida". Também compôs temas para várias campanhas comerciais, para videojogos e toques de telemóvel. É um dos autores escolhidos através da livre submissão de canções nesta edição do Festival da Canção.

Espectáculo de Rita Calçada Bastos, a partir da vida e obra de Clarice Lispector.

Rita Calçada Bastos propõe-se criar um objecto teatral a partir da vida e obra da brasileira Clarice Lispector, escritora que sempre a intrigou. Esse objecto teatral resulta do eco que essa escritora maior tem na sua visão da vida.

A primeira vez que tomou conhecimento da sua obra foi há cerca de 20 anos, com o livro "A Hora da Estrela".  "Sempre me interessou saber quem é a pessoa por detrás de um livro: quais as suas inquietações, qual a sua experiência de vida e o seu entendimento da mesma… no caso de Clarice, isso esteve muito presente. A matéria da sua escrita é intemporal porque vem da condição humana, desta coisa de ser pessoa", diz Rita Calçada Bastos, que descreve Clarice Lispector como "a estranha, a estrangeira, a hermética, a mulher dona de casa, a escritora, a mãe, a pessoa capaz de ir morrendo por aqui e por ali para conseguir ser".

Em que medida a fronteira entre a biografia e a própria obra se vai desvanecendo? Não é o ser humano objecto de profunda inquietação? E o que faz com isso? É a partir destas interrogações que a encenadora cria "Eu Sou Clarice", solo interpretado por Carla Maciel. "Clarice escrevia de uma forma avassaladora sobre a humanidade, via com o seu olhar de criança tudo aquilo que só se consegue ver quando se morre, e aí, e só assim, conseguia ver a beleza da vida", acrescenta Rita Calçada Bastos.

"Eu Sou Clarice" é o segundo espectáculo da trilogia que se iniciou com "Se Eu Fosse Nina", que cruzava a personagem Nina de "A Gaivota", de Tchekov, com a biografia da própria encenadora, e terminará com "À Procura de Chaplin".

Augusto Canário e os seus amigos de sempre juntaram-se numa noite única na Quinta de Santoinho, em Viana do Castelo. O resultado? Duetos inesperados, desgarradas, humor e música, muita música estão na base deste concerto gravado ao vivo. À concertina de Augusto Canário juntou-se a boa disposição e a mestria no jogo de palavras de Quim Barreiros; um exímio contador de histórias e o senhor do improviso, Toy; a irreverência e sensualidade de Joana; a boa disposição de Fernando Correia Marques... A eles juntaram-se ainda Martinha Canarinha, Cândido Miranda, Elsa Gomes, Maria Celeste, Jorge Martins, Cristiana Sá, Luís Caruncho, Benito Lobariñas, o Grupo de Concertinas Joaquim Nogueira, a Confraria da Concertina e Filipe Pedrosa.

Na véspera do 29º aniversário da TVI, uma entrevista especial. No dia da gala de aniversário da estação, Cristina Ferreira entrevista Mário Ferreira, presidente da Media Capital, grupo a que pertence a TVI. O homem que nunca deixou de sonhar e que vê oportunidades antes de alguém as imaginar. O homem que viveu a infância no Douro, que hoje mostra a tantos nos seus navios cruzeiro. O homem que quer apenas construir. 

Tem 54 anos e 4 filhos. Este sábado, conhecemos Mário Ferreira. O homem que celebra contratos com um aperto de mão.