Realização e Argumento: Samuel Barbosa

Direcção Fotografia: Jorge Quintela

Música: Vítor Rua

Produção: Bando à Parte

Com a participação de: Isabel Ruth, Luís Miguel Cintra, Regina Guimarães, Jorge Rocha, Junko Ota (Japão), Washino Yujin (Japão)

Sinopse: Paulo Rocha é dono de um olhar único sobre a vida e a sua transposição para o cinema. "A Távola de Rocha" envolve-nos na vida e obra de Paulo Rocha, fundador do Cinema Novo português e realizador de vanguarda.

O filme propõe um reencontro espácio-temporal de todo o trabalho de fundo que existe nos filmes de Paulo Rocha. "A Távola de Rocha" assume um carácter de pesquisa individual e reflecte uma convivência intensiva ao longo de mais de dez anos. É uma obra declaradamente autoral que cria poéticas e metáforas a partir dos universos temáticos de Rocha, numa procura de tentar estabelecer diálogo com estes.

Avultam-se reminiscências dos filmes, de lugares de afecto, amigos e familiares que participam com o seu testemunho na convivência pessoal e profissional com o autor, que frequentemente convergem no mesmo sentido.

Paulo Rocha nasceu a 22 de Dezembro de 1935, no Porto. Fez formação cinematográfica no Institut des Hautes Études Cinematographiques, em Paris, complementando-a ao integrar as equipas de Jean Renoir e Manoel de Oliveira enquanto assistente de realização. Em 1963, realiza "Os Verdes Anos", filme sobre o encontro entre a cidade e o campo, incontornável pela sua relação com o movimento que ficaria conhecido como o Cinema Novo Português. Juntamente com "Mudar de Vida", de 1966, constitui uma primeira fase da carreira do realizador, ao retratar o Portugal de então com uma seriedade que os demarcava dos maneirismos de comédia ligeira. Paulo Rocha desempenhou as funções de Director do Centro Português de Cinema, em 1973/74, e foi Adido Cultural da Embaixada de Portugal em Tóquio, entre 1975 e 1983. Foi professor na Escola Superior de Teatro e Cinema. O último filme, "Se Eu Fosse Ladrão... Roubava", estreou postumamente na 66ª edição do Festival de Cinema de Locarno. Paulo Rocha faleceu a 29 de Dezembro de 2012. 

Samuel Barbosa nasceu em 1981. É licenciado em Audiovisual, Artes e Comunicação, pela Escola Superior Artística do Porto, e mestre em Artes Digitais pela École Européenne Supérieure de l'Image, em França. Actualmente desenvolve trabalho de investigação em cinema e está a fazer o seu doutoramento na Facultade de Bellas Artes na Universidade de Vigo, em Espanha. Desde 2001 trabalha como técnico de cinema nas áreas da realização e produção. Já trabalhou com produtores como Paulo Rocha e Paulo Branco e com os realizadores Paulo Rocha, Fernando Lopes, Bruno de Almeida e o alemão Werner Schroeter. Desde então, tem desenvolvido projectos cinematográficos com o realizador e produtor Rodrigo Areias. "A Távola de Rocha" é a primeira longa-metragem realizada por Samuel Barbosa. 

Filmografia: 

A Távola de Rocha (doc., 2022)

"Um homem não é um homem só" é Luís Neves Real, matemático, engenheiro, professor universitário e cinéfilo. A primeira obra de Alberto Seixas é um exercício biográfico sobre um portuense que se apagou da História. Uma produção ESMAD-Escola Superior de Media Artes e Design, Prémio Sophia Estudante Curta-Metragem Documentário da Academia Portuguesa de Cinema. Estreia em televisão no Cinemax Curtas.

"Dig Another Grave", um thriller sobre um encontro entre dois estranhos numa casa na floresta numa noite tempestuosa. Marca o regresso de Francisco Morais e Miguel Pinto ao Cinemax Curtas para esta estreia televisiva.

Bocage: boémio, controverso, fascinante. Há textos inesquecíveis, muitos que não podemos ler à hora a que passa este programa. Mas falaremos sobre a vida de Bocage, e até teremos declamações, no Sociedade Civil.