Na madrugada desta sexta-feira, realiza-se o Draft da NBA e pode fazer-se história no basquetebol português.
O draft é um evento anual no qual as equipas da liga de basquetebol norte-americana escolhem jogadores para ingressar nas suas equipas, as novas estrelas da NBA. Em duas rondas, as 60 melhores promessas dos EUA e internacionais vão ser chamadas no Barclays Center de Brooklyn, em Nova Iorque, e, entre elas, pode estar o português Neemias Queta.
Aos 22 anos, Neemias Queta pode ser o primeiro português a jogar na NBA, o melhor campeonato de basquetebol do mundo. Filho de guineenses, Neemias Queta é natural do Vale da Amoreira, no concelho da Moita. Formado no Barreirense e no Benfica, foi depois de ser eleito o melhor poste do Europeu B de sub-20, em 2018, que o internacional português se mudou para os Estados Unidos. Em Utah State teve uma carreira universitária de sucesso, com títulos, distinções e duas presenças na "March Madness".
Acompanhe o draft da NBA, em directo na Sport TV+, a partir da uma da manhã.
Mural de homenagem a Neemias Queta no Vale da Amoreira
E eis a primeira medalha para Portugal nos Jogos Olímpicos 2020, que decorrem em Tóquio, capital do Japão. Esta manhã, o judoca Jorge Fonseca conquistou a medalha de bronze na categoria -100 kg.
Para chegar às medalhas, Jorge Fonseca derrotou o belga Toma Nikiforov e o russo Niiaz Iliasov, mas foi derrotado pelo sul-coreano Guham Cho, no combate que dava acesso à final. No combate que determinava o terceiro lugar, o judoca português venceu o canadiano Shady Elnahas, por waza-ari, e conquistou a medalha de bronze.
Jorge Fonseca, de 28 anos, é um dos maiores nomes do judo português e mundial na actualidade. Nasceu em São Tomé e Príncipe, em 1992, e veio para Portugal aos 11 anos, tendo crescido na Damaia, concelho da Amadora, onde começou a praticar judo. Em 2019, sagrou-se campeão mundial de judo na sua categoria, tendo revalidado o título no passado mês de Junho, tornando-se o primeiro bicampeão mundial português numa modalidade olímpica. Nos Jogos Olímpicos 2020, conquista a medalha de bronze, a terceira do judo português em Jogos Olímpicos, depois de Nuno Delgado (2000) e Telma Monteiro (2016).
Sinopse: Documentário de Pedro Serra sobre três projectos comunitários que se organizam à margem das convenções, formas de vida paralelas à sociedade, tal como a conhecemos, que procuram viver em harmonia, com uma visão do futuro baseada na sustentabilidade e na cooperação entre ser humano, animal e natureza.
Acompanhamos a vivência na eco-aldeia de Cabrum, uma comunidade recente localizada no norte de Portugal; a Cooperativa Integral Catalana, em Barcelona, e o seu projecto "Áurea Social" que pratica a autogestão com uma moeda própria, o Eco; e a comunidade Tamera, situada no Sudoeste de Portugal há mais de 25 anos, com uma filosofia de amor livre, ensino próprio, e autossuficiente em energia e alimentos.
Formas de vida alternativas que, actuando localmente, buscam soluções para os problemas globais e levantam a questão sobre qual o modelo de sociedade que realmente parece mais estranho e obsoleto.
Argumento: João Botelho (a partir da obra literária homónima de José Saramago)
Direcção Fotografia: João Ribeiro
Música: Daniel Bernardes
Produção: Ar de Filmes (Alexandre Oliveira)
Elenco: Luís Lima Barreto, Chico Diaz (Brasil), Catarina Wallenstein, Victoria Guerra, Hugo Mestre Amaro, João Barbosa, Rui Morrison, Luísa Cruz, Dinarte Branco, Marcello Urgeghe, Pedro Lacerda, Márcia Breia, Luís Lucas, Ricardo Aibéo, Cláudio da Silva, Paulo Filipe, José Martins, Hugo Silva, Dinis Gomes, Gustavo Vargas, André Gomes, Francisco Vistas, Mário Sabino Sousa, Solange Santos, Rafael Fonseca, Francisco Tavares
Sinopse: Fernando Pessoa, um dos maiores escritores da Língua Portuguesa, estabeleceu um gigantesco universo paralelo criando uma série de heterónimos para sobreviver à sua solidão de génio. José Saramago, Prémio Nobel da Literatura em 1998, fez regressar o heterónimo Ricardo Reis a Portugal, ao fim de 16 anos de exílio no Brasil.
1936 é o ano de todos os perigos, do fascismo de Mussolini, do Nazismo de Hitler, da terrível guerra civil espanhola e do Estado Novo em Portugal, de Salazar. Fernando Pessoa (Luís Lima Barreto), o criador, encontra Ricardo Reis (Chico Diaz), a criatura. Duas mulheres, Lídia (Catarina Wallenstein) e Marcenda (Victoria Guerra) são as paixões carnais e impossíveis de Ricardo Reis. "Vida e Morte é tudo um" permite a literatura e o cinema também. Realismo fantástico.
Estudou Engenharia Mecânica, mas o vício do cinema foi mais forte, potenciado pela vida académica em Coimbra. Chegou a ver 300 filmes num ano, foi cineclubista e fundou uma conceituada revista de Cinema. Assim, antes de ser cineasta, João Botelho foi um cinéfilo convicto. O seu mentor, Manoel de Oliveira, ensinou-lhe que o cinema é "ver e ouvir, que o que importa é o ponto de vista da câmara (e que só há um ponto de vista correcto para cada cena) e que, se não há dinheiro para filmar uma carruagem, filma-se a roda, mas há que filmá-la bem". O seu cinema tornou-se assim um "cinema do tempo" em contraposição ao "cinema de movimento". Paralelamente, o seu contributo para devolver o valor incalculável da Literatura Portuguesa é também inegável e, através da sua própria arte, tem criado versões cinematográficas únicas de grandes clássicos.
Com uma obra intemporal, os Canais TVCine homenageiam um dos realizadores mais marcantes do Cinema Português, com a Retrospectiva: João Botelho, todas as quartas e quintas-feiras de Julho, às 22h00, em exclusivo no TVCine Edition.
José Saramago nasceu em 1922, na aldeia da Azinhaga, concelho da Golegã, no Ribatejo. Autor de mais de 40 títulos, em 1947 publicou o seu primeiro livro que intitulou A Viúva, mas que, por razões editoriais, viria a sair com o título de Terra do Pecado. Seis anos depois, em 1953, terminaria o romance Claraboia, publicado apenas após a sua morte. No final dos anos 50, tornou-se responsável pela produção na Editorial Estúdios Cor, função que conjugaria com a de tradutor, a partir de 1955, e de crítico literário. Regressa à escrita em 1966 com Os Poemas Possíveis. Em 1971, assumiu funções de editorialista no Diário de Lisboa e, em Abril de 1975, é nomeado director-adjunto do Diário de Notícias. No princípio de 1976, instala-se no Lavre (Montemor-o-Novo) para documentar o seu projecto de escrever sobre os camponeses sem terra. Assim nasceu o romance Levantado do Chão e o modo de narrar que caracteriza a sua ficção novelesca. Até 2010, ano da sua morte, a 18 de Junho, na ilha espanhola de Lanzarote, José Saramago construiu uma obra incontornável na literatura portuguesa e universal, com títulos que vão de Memorial do Convento a Caim, passando por O Ano da Morte de Ricardo Reis, O Evangelho segundo Jesus Cristo, Ensaio sobre a Cegueira, Todos os Nomes ou A Viagem do Elefante, obras traduzidas em todo o mundo. No ano de 2007, foi criada em Lisboa uma Fundação com o seu nome, que trabalha pela difusão da literatura, pela defesa dos direitos humanos e do meio ambiente, tomando como documento orientador a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Desde 2012 a Fundação José Saramago tem a sua sede na Casa dos Bicos, em Lisboa. José Saramago recebeu o Prémio Camões em 1995 e o Prémio Nobel de Literatura em 1998.