Os Lobo Mau são David Jacinto (voz), Lília Esteves (voz) e Gonçalo Ferreira (guitarra), que formam uma banda que conjuga o rock independente com a música folk e a canção portuguesa. O primeiro álbum, "Na Casa Dele", foi lançado em Abril de 2020.
Sinopse: «Ao infantilizar-nos, minha senhora, o medo não nos diminui, antes nos eleva. O medo devolve-nos a infância do mundo.»
Tocam à campainha. A mulher esconde o filho na casa-de-banho e vai abrir a porta.
E se o medo fosse um serviço, a bem do país e do progresso, entregue ao domicílio? Cumprindo o decreto-lei de instalarem o medo em todos os lares o mais rapidamente possível, dois técnicos entram. Carlos, o bem-falante, e Sousa, com mau ar e voz doce, dialogam sobre os mais diversos assuntos: desde o desemprego às doenças e pandemias, das convulsões de mercado e taxas de juros à violência e terrorismo, criando um clima de tensão crescente.
Numa edição renovada, e no seu tom irreverente e mordaz, Rui Zink convoca em cada leitor a urgência da coragem – aquela que orienta o coração de uma mãe. Vencedora do prestigiado prémio Utopiales para melhor romance estrangeiro, A Instalação do Medo é uma obra notável escrita a favor do futuro.
Rui Zink nasceu em Lisboa, em 1961. Além de escritor e professor na NOVA FCSH, é membro fundador dos Felizes da Fé e da ACA-M. Autor de uma obra diversificada, do romance à banda desenhada, passando pelo ensaio ou literatura infantil, publicou títulos como o Hotel Lusitano (1986), Apocalipse Nau (1996), O Suplente (2000), O Anibaleitor (2011), Manual do Bom Fascista (2019) e O avô tem uma borracha na cabeça (2020). A sua obra está traduzida em várias línguas, como inglês, alemão, romeno, hebraico ou bengali, e já foi distinguida dentro e fora de Portugal, destacando-se o Prémio do P.E.N. Clube Português de Novelística, pelo romance Dádiva Divina, em 2004, ou o Prémio Utopiales para melhor romance estrangeiro, com a edição francesa de A instalação do medo, em 2017.
Sinopse: Numa época em que o maior movimento de protestos antirracistas #BlackLivesMatter continua na ordem do dia, nada mais urgente do que celebrar alguns dos grandes nomes da História e da cultura negras que fizeram e fazem a diferença.
De Martin Luther King a Marielle Franco, de Cesária Évora a Barack Obama, este livro inclui mais de 50 histórias biográficas de pessoas excepcionais e pioneiras, algumas icónicas, outras menos conhecidas, que levantaram questões, ultrapassaram barreiras, abriram caminhos, superaram expectativas e inspiraram gerações. São exemplos de coragem, perseverança e liderança que não deixam esquecer como chegámos aqui e que nos lembram que podemos e devemos ir ainda mais longe.
Explorando as raízes e influências de pessoas negras que se posicionaram contra um mundo que nem sempre as aceitava, este livro é o ponto de partida perfeito para uma discussão informada sobre o racismo e a tolerância.
Lúcia Vicente nasceu em Outubro de 1979, à beira da Ria Formosa, em Faro, numa família cheia de mulheres. Foi a primeira desse núcleo a concluir uma licenciatura. Cedo se questionou sobre o papel da mulher na sociedade e por que razão os livros de História nunca mencionavam mulheres. Em 1995, criou, juntamente com um grupo de amigos, o colectivo feminista MUPI (Mulheres Unidas Pela Igualdade) e dedicou-se ao activismo feminista em adolescente. Em 1997, foge rumo a Lisboa, onde se licenciou em História e História Cultural e das Mentalidades na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. Em 2007, ingressa no mestrado de Estudos de Género da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, que nunca terminou por diferenças ideológicas e de pensamentos históricos inultrapassáveis: teimava em olhar a História das Mulheres através dos olhos das mulheres e não pela lente dos Homens. Em 2018, publicou o seu primeiro livro feminista para crianças, Portuguesas com M grande – os livros de princesas sempre lhe provocaram urticária. Feminismo de A a Ser foi o seu segundo livro. É ainda autora dos livros infantis Sarita Rebelde quer ser Astronauta e Sarita Rebelde no Recreio.
Sinopse: O homem por detrás da CUF, um dos maiores grupos industriais da Europa.
Alfredo da Silva (1871-1942) lançou as sementes daquele que viria a ser um dos maiores grupos industriais da Europa - a CUF. O documentário de António José de Almeida dá a conhecer o homem que construiu um império, apesar de se ter confrontado com duas guerras mundiais, sobrevivido a três atentados, vivido exilado em Madrid e Paris, sofrido as consequências da Grande Depressão e ter estado a um passo de perder tudo.
Numa altura em que o país era eminentemente agrário e comercial e vivia distante dos países mais industrializados da Europa, Alfredo da Silva colocou em marcha a sua visão, ficando para a história como o maior industrial português do século XX. Enquanto Portugal vivia a transição da monarquia para a república, Alfredo da Silva criava no Barreiro as bases para o maior grupo empresarial português, dos químicos aos sabões, dos têxteis à metalomecânica. Em simultâneo construía um conjunto incomparável de infraestruturas sociais, antecipando o papel do Estado na prestação de apoios sem paralelo, com escolas, infantário, despensa, refeitórios, posto médico, maternidade, grupo desportivo, cinema. Havia quem lhe chamasse um país dentro do país.
Quando morreu, Alfredo da Silva tinha assegurado o futuro das empresas. O seu legado foi ampliado pelos descendentes Silva Mello ao ponto de, por altura do 25 de Abril de 74, o Grupo CUF ter um peso de 5% no PIB nacional, ao nível dos maiores da Europa. Mas a História haveria de repetir-se, um pouco à semelhança do que aconteceu com Alfredo da Silva. Os descendentes viriam a ser obrigados ao exílio e o grupo haveria de se desmoronar para se voltar a erguer. Passadas 5 gerações e 150 anos sobre o seu nascimento (que se celebram a 30 de Junho), que legado deixou Alfredo da Silva?