"Frágil" - Aurea
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Editora: Porto Editora
Sinopse: Nacala, 23 de Abril de 1971. Um navio da Marinha mercante portuguesa parte desse porto moçambicano com destino a Porto Amélia (hoje, Pemba). A bordo leva a tripulação e um civil, num total de vinte e quatro almas, bem como um importante carregamento de material de guerra destinado ao Exército português no Ultramar. No dia seguinte, de madrugada, um petroleiro encontra esse mesmo navio, de seu nome Angoche, à deriva, incendiado e sem ninguém a bordo, como se de um navio-fantasma se tratasse.
De imediato, a PIDE/DGS abre um inquérito. Os relatórios iniciais mencionam duas explosões e as teorias para o que aconteceu surgem em catadupa. Não faltam presumíveis culpados a quem apontar o dedo, mas não há provas. Para adensar o mistério, na noite do desaparecimento do Angoche, uma portuguesa, que trabalhava num cabaré da cidade da Beira, e é tida como amante de um oficial da Marinha, cai de um edifício. Suicídio ou assassinato, as circunstâncias da sua morte nunca são verdadeiramente esclarecidas, e a dúvida paira…
Depois do 25 de Abril, os relatórios da PIDE/DGS desaparecem. A carcaça do navio, ancorado no porto de Lourenço Marques (actual Maputo), acaba por ser afundada. Se testemunhas houve, não falam.
Estes são os factos. A partir deles, Carlos Vale Ferraz constrói um romance puramente ficcional, embora essencial e certeiro, sobre moralidade e heroísmo; e onde se demonstra como a imagem de um país se pode construir, não de verdade e justiça, mas da glorificação dos seus mais vergonhosos feitos.
Carlos Vale Ferraz, pseudónimo literário de Carlos de Matos Gomes, nasceu a 24 de Julho de 1946, em Vila Nova da Barquinha. Foi oficial do Exército, tendo cumprido comissões em Angola, Moçambique e Guiné. Investigador de História Contemporânea de Portugal, publicou, como Carlos de Matos Gomes e em co-autoria com Aniceto Afonso, Guerra Colonial, entre outros. É autor dos romances Nó Cego, obra de referência obrigatória na ficção portuguesa sobre a guerra colonial; A Mulher do Legionário; A Última Viúva de África, Prémio Literário Fernando Namora/2018; e Que fazer contigo, pá?, entre outros. O romance Os Lobos Não Usam Coleira foi adaptado ao cinema por António-Pedro Vasconcelos, com o título Os Imortais; o romance Fala-me de África resultou da adaptação do guião da série O Regresso a Sizalinda, desenvolvido para a RTP.
Este "Cá por Casa" é dedicado ao eterno artista Carlos Paião (1957-1988). Herman José recebe Lenita Gentil, Joel Branco, António Sala, Alexandra e Ana. Todos se cruzaram com Carlos Paião e estão prometidas várias histórias que recordarão o compositor e cantor.
Tudo isto enquanto "Nelo" e "Idália" reagem aos êxitos que cada um dos cantores convidados apresentará - todos da autoria de Carlos Paião.
Aos 96 anos de vida, o convidado "Mar de Letras" desta semana será, provavelmente, o decano do jornalismo português e também da literatura de viagens em Língua Portuguesa. Vasco Callixto percorreu o mundo, sempre que possível de automóvel, com um grande objectivo: estabelecer contacto com as comunidades portuguesas e com o testemunho que os portugueses deixaram nos quatro continentes. O resultado das suas viagens já deu origem a mais de 60 livros.
O programa desta semana começa com sorrisos, empatia, solidariedade. É isso mesmo que a Associação Jangada d'Emoções, criada por Elisabete Borges, tem vindo a semear com um trabalho brilhante junto da comunidade da Tapada das Mercês, no concelho de Sintra.
Foi no cenário do espaço Tantos Livros, Livreiros que a apresentadora Patrícia Figueiredo esteve à conversa com dois convidados que vão falar e mostrar a Guiné-Bissau de uma forma muito particular. São eles Gil Ramos, da Missão Dulombi, e o fotógrafo Daniel Lima.
A equipa do Rumos visitou "Octopus e Miopia", a mais recente exposição do artista moçambicano Ilídio Candja Candja.
Viajamos no mundo virtual, que não tem fronteiras e que nos permite conhecer, no Brasil, o Frente-Festival Carioca de Fotografia Popular Emergente.
Fomos assistir à performance "Foguete de Emergência", um espectáculo que se insere num projecto maior, com o mesmo nome, que tem como objectivo promover a reflexão e o debate das migrações e da condição do migrante na actualidade.
Por fim, partilhamos consigo o Rosto e o talento de Délcio Caiaia. Fique a conhecer este Designer Gráfico que nos chega de Angola.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.