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"Gandhi - Um Português homenageia Gandhi" é o novo álbum de Rão Kyao. Humanista, ambientalista, homem da espiritualidade, olhando para o local, mas também para o global. Se existe altura em que necessitamos desses valores é hoje. O líder indiano Mahatma Gandhi (1869-1948) era isso. "Estava à frente do tempo. Continua um futurista. A sua filosofia é aquilo que precisamos para este tempo", di-lo Rão Kyao. A música do compositor e flautista português também tem sido isso. Música que respira tanto universalidade como portugalidade, convite para mergulharmos em nós próprios para estarmos mais atentos aos outros e ao que nos circunda. É desta síntese que nasce esta homenagem à figura e ao pensamento de Gandhi, nascida por altura das celebrações dos 150 anos do seu nascimento. Música instrumental capaz de nos fazer viajar até à Índia, sem que em nenhum momento saiamos das texturas e ritmos de Portugal, numa viagem que é, afinal, ao nosso interior. Eis-nos então perante a obra de alguém que partiu do jazz e daí se atirou ao mundo, do Oriente a África, da Europa às Américas, munido de flautas de bambu. Um embaixador da alma portuguesa.
"Este disco é uma carta de amor. Uma carta escrita com a pena da resiliência. Mas é também uma carta que comecei e rasguei muitas vezes no decorrer dos últimos 20 anos. Porquê? Porque não é fácil entregar um coração inteiro a um país, à condição de se ter nascido dele, e nele, sem obter, muitas vezes, a reciprocidade desejada.
Ainda assim, este disco é uma declaração de intenções, um grito, uma chamada de atenção, que não pretende ser arrogante ou fundamentalista. Mas surge repleto de sentimentos que poderão ser erroneamente apelidados de nacionalistas ou patrióticos. Desenganem-se. Porque este disco é apenas uma carta de amor, uma declaração de intenções, um grito... de alguém que ama as suas raízes, a sua História, a sua identidade... mesmo que não surja a «tal» reciprocidade. Porque o amor não pede nada em troca.
Este disco é apenas a celebração desse amor que cresce, que se agiganta, que me ultrapassa e se tornou Maior e mais importante do que eu mesma. Este disco é sobre a partilha generosa dos que, não sendo iguais, se encontram nas diferenças. É sobre a crença, quase ingénua, que todos podemos coexistir respeitosa e admiravelmente no nosso mundo artístico particular, resultado das circunstâncias, nem certas nem erradas, de cada um.
Este disco não é sobre afirmar que a nossa é a mais bela Língua do Mundo. É sobre dizer que a nossa também é uma Língua bela. Não é sobre sobrevalorizar a nossa História, a nossa identidade, a nossa etnografia. É sobre atribuir-lhe o espaço que merece ocupar e que não visa atropelar ou desmerecer ninguém.
Este disco não é sobre afirmar que todos os portugueses deverão aprender o Mirandês, falado e escrito, em detrimento do português. É sobre dizer aos portugueses, e ao mundo, que existe uma 2ª Língua Oficial em Portugal, proveniente do asturo-leonês, que, ao ocupar o seu espaço na nossa identidade enquanto povo, apenas nos enriquece, nos torna mais diversos e completos.
Ano: 2019
Realização: Hugo Diogo
Argumento: Susana Verde, Hugo Diogo, André Mateus
Fotografia: Tony Costa
Música original: Zé Castro
Produção: Lanterna de Pedra Filmes
Elenco: Rui Unas, Leonor Seixas, Carlos Areia, Melânia Gomes, Susana Cacela, Fernando Rocha, Diva O'Branco, José Eduardo, Marcantonio Del Carlo, Cristina Cavalinhos, Victor de Sousa, Luís Oliveira, Cândido Mota, Gonçalo Lello, Guilherme Leite, Pedro Alves, Lourenço Serrão, Mouzinho Larguinho
Sinopse: Uma golpada à portuguesa.
João (Rui Unas) e Christiane (Leonor Seixas) são um casal jovem e divertido que procura financiar o seu casamento de qualquer forma. Biscates, pequenos golpes, burlas... trabalho é que não! Um belo dia tropeçam numa notícia sobre Amílcar (Carlos Areia), um veterano do Ultramar, viúvo e solitário, que acaba de ganhar o Euromilhões... O que se preparam estes dois para armar?
Realização: Ricardo Gomes e José Vieira Mendes
Sinopse: O Tejo é o Mar de Lisboa: o rio, a cidade, as pessoas, os peixes, os recursos, o ecossistema e a biodiversidade marinha.
"Mar Urbano Lisboa" é um documentário ambiental sobre os recursos de um ecossistema único, que é o Estuário do Rio Tejo, e que desenvolve um amplo debate sobre a qualidade das águas, sobre a sua biodiversidade marinha, sobre o futuro da cidade e da área metropolitana que a rodeia. Lisboa e os seus arredores são locais privilegiados para trabalhar, para desfrutar do lazer e de uma excelente qualidade de vida, além de serem um ponto de partida e de chegada para o turismo de mar, para os cruzeiros, navegação marítima e recreio.
"Mar Urbano Lisboa" mostra a relação dos lisboetas e dos forasteiros com o Rio Tejo, os resquícios da pesca artesanal e de lazer, da construção de barcos tradicionais, que ainda resistem apesar das mudanças, uma reflexão que não termina nas zonas ribeirinhas, que os lisboetas pouco a pouco conquistaram, mas que se adentra e mergulha nos fundos marinhos do Estuário do Tejo e passeia pelas margens desse mar de Lisboa, que se prolonga da Zona Oriental, da Margem Sul, à Linha.
"Mar Urbano Lisboa" é um filme em defesa do Rio Tejo, que testemunha a resiliência dos ecossistemas marinhos, da evolução da qualidade das águas, da conservação das diferentes espécies de vida marinha típicas do Estuário, influenciadas igualmente pelas alterações climáticas.
Todas as sextas-feiras, o TVCine Edition exibe o Especial Documentários: Memórias em Português.
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