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Faleceu ontem, aos 66 anos, o gestor e antigo ministro Jorge Coelho.
Jorge Coelho nasceu a 17 de Julho de 1954, em Mangualde, região da Beira Alta, tendo sido criado em Contenças-Gare, uma pequena aldeia do concelho. Estudou Engenharia na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Após a revolução do 25 de Abril de 1974, foi um dos fundadores da União Democrática Popular. Depois de se casar, e já a viver em Lisboa, licenciou-se em Organização e Gestão de Empresas no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras da Universidade Técnica de Lisboa.
Filiou-se no Partido Socialista em 1982 e, pouco tempo depois, foi nomeado chefe de gabinete do Secretário de Estado dos Transportes do IX Governo Constitucional, Francisco Murteira Nabo. Seguiu-se uma experiência executiva em Macau, onde foi chefe do gabinete do Secretário de Estado-Adjunto dos Assuntos Sociais, Educação e Juventude e, já em funções governativas na mesma região, no cargo de Secretário-Adjunto para a Educação e Administração Pública.
De regresso a Portugal, teve uma participação activa na eleição de António Guterres para secretário-geral do Partido Socialista, em eleições ganhas a Jorge Sampaio. Depois, assegurou toda a estrutura que montou a campanha eleitoral vitoriosa do PS nas eleições legislativas de 1 de Outubro de 1995. É deste empenho para com o seu partido que lhe vem a alcunha de "homem da máquina socialista".
No primeiro governo liderado por António Guterres, o XIII Governo, com posse a 28 de Outubro de 1995, Jorge Coelho assumiu o cargo de Ministro-Adjunto e, na remodelação de 25 de Novembro de 1997, passa a acumular o cargo com o de Ministro da Administração Interna. Das iniciativas tomadas como Ministro-Adjunto, destaca-se a criação das Lojas do Cidadão, centro de atendimento de várias entidades públicas, agregando e ligando serviços num só espaço.
No XVI Governo, após as eleições legislativas de 1999, tomou posse dos cargos de Ministro da Presidência e Ministro do Equipamento Social (Obras Públicas) e, na remodelação de 14 de Setembro de 2000, manteve o cargo de Ministro do Equipamento Social e deixou o de Ministro da Presidência para passar a Ministro de Estado. A 4 de Março de 2001, a queda da ponte Hintze Ribeiro, em Entre-os-Rios, provoca a morte de 59 pessoas, naquela que foi a maior tragédia rodoviária em Portugal. Jorge Coelho, ministro do Equipamento Social, pede a demissão do Governo. A sua última decisão como governante foi pedir um inquérito para apurar as causas da tragédia, com uma frase que ficaria para a História: "A culpa não pode morrer solteira".
Após a saída do Governo, continuou a assumir um papel central no PS e coordenou ainda a campanha eleitoral das eleições legislativas de 2005, em que o PS conseguiu a sua primeira maioria absoluta, e também das autárquicas nesse mesmo ano. Em Novembro de 2006, renunciou ao mandato de deputado e abandonou todos os cargos partidários para se dedicar à sua actividade profissional como gestor. Em 2008, torna-se CEO do Grupo Mota-Engil.
Em 2016, fundou a Queijaria Vale da Estrela, situada em Mangualde, o seu concelho natal, num regresso às origens.
Jorge Coelho foi ainda comentador político em vários programas de televisão, como Quadratura do Círculo (SIC Notícias), de 2005 a 2008 e, novamente, a partir de 2013. Em 2019, o programa mudou-se para a TVI24 e passou a chamar-se Circulatura do Quadrado e Jorge Coelho manteve-se como comentador até Julho de 2020.
Era um dos históricos do Partido Socialista e da política portuguesa.
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