Elenco: Willem Dafoe, Riccardo Scarmacio, Ninetto Davoli, Valerio Mastandrea, Maria de Medeiros (Portugal), Adriana Asti
Sinopse: Um dia, uma vida. Roma, na noite de 2 de Novembro de 1975... O grande poeta e cineasta italiano Pier Paolo Pasolini é assassinado. Pasolini é um símbolo de uma arte que batalha contra o poder. Os seus escritos são escandalosos, os seus filmes são perseguidos pelos censores, muita gente o ama e muitos o odeiam. No dia da sua morte, Pasolini passa as últimas horas com a sua amada mãe e, mais tarde, com os amigos mais próximos, e finalmente sai para a noite no seu Alfa Romeo em busca de aventura na cidade eterna. Pela aurora, Pasolini é encontrado morto numa praia em Ostia, nos arredores da cidade.
O filme italiano "Pasolini", sobre o último dia de vida de Pier Paolo Pasolini, conta, no elenco principal, com a actriz portuguesa Maria de Medeiros, no papel de "Laura Betti", grande amiga e musa do cineasta e poeta italiano.
Elenco: João Catarré, Maya Booth, João Didelet, Filipe Vargas, José Martins, Tobias Monteiro, Figueira Cid, António Maria, Carolina Serrão, Cátia Nunes
Sinopse: Adaptação cinematográfica do conto homónimo de Alexandre Herculano.
Para celebrar a vitória sobre os castelhanos na batalha de Aljubarrota, o rei D. João I (João Catarré) decide mandar construir um grande mosteiro. Na corte, defendem uns que deve ser um arquitecto estrangeiro, largamente experiente e mais preparado, a tomar o encargo de tão grande responsabilidade. Outros defendem que, precisamente pela enorme responsabilidade e simbolismo de tal monumento, deve ser um entre os muito sabedores e experimentados portugueses a fazê-lo. A ala estrangeirista será encabeçada pela rainha D. Filipa de Lencastre (Maya Booth) e a nacionalista pelo rei. Gera-se o desentendimento, mas a súbita cegueira de Mestre Afonso Domingues (José Martins) acaba por levar o rei a ceder e entregar a obra ao arquitecto estrangeiro David Ouguet (Tobias Monteiro), que acaba por a ver derrocar. Perante o desastre, D. João I chama o que sempre foi seu eleito, Mestre Afonso, que, mesmo cego, dirige a construção da estrutura gótica de uma nova abóbada. E, se a abóbada não caiu, não cairá, até hoje.
O conto A Abóbada foi publicado em 1851.
"Trezes" é um projecto inédito, com a chancela RTP e Marginal Filmes, que reúne autores, contos e realizadores nacionais num formato diferenciador, o Telefilme. Todas as semanas teremos o olhar de um realizador sobre um conto da nossa literatura interpretado pelos melhores actores nacionais, num total de 13 telefilmes. Uma visão cinematográfica de grandes realizadores contemporâneos de alguns dos contos da nossa literatura, numa valorização do nosso património literário e cultural.
Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo nasceu a 28 de Março de 1810, em Lisboa. Poeta, romancista, historiador e ensaísta. A sua obra, em toda a extensão e diversidade, ostenta uma profunda coerência, obedecendo a um programa romântico-liberal que norteou não apenas o seu trabalho mas também a sua vida. Nascido numa família modesta, estudou Humanidades na Congregação do Oratório, onde se iniciou também na leitura meditada da Bíblia, o que viria a marcar a sua mundividência. Impedido por dificuldades económicas e familiares de frequentar a Universidade, preparou-se para ingressar no funcionalismo, frequentando um curso prático de Comércio e estudando Diplomática na Torre do Tombo, onde aprendeu os rudimentos da investigação histórica. Por esta altura, com 18 anos, já se manifestava a sua vocação literária: aprendeu francês e alemão, fez leituras de românticos estrangeiros e iniciou-se nas tertúlias literárias da Marquesa de Alorna, que viria a reconhecer como uma das suas mentoras. Em 1831, envolvido numa conspiração contra o regime miguelista, foi obrigado a exilar-se, primeiro em Inglaterra (Plymouth) e depois em França (Rennes). No exílio, aperfeiçoou o estudo da História, familiarizando-se com as obras de historiadores como Thierry e Thiers, e leu os que viriam a ser os seus modelos literários: Chateaubriand, Lamennais, Klopstock e Walter Scott. Em 1832, participou no desembarque das tropas liberais no Mindelo e na defesa do Porto, onde foi nomeado segundo-bibliotecário e encarregue de organizar os arquivos da biblioteca. Entre 1834 e 1835, publicou importantes artigos de teorização literária na revista Repositório Literário, do Porto, (posteriormente compilados nos Opúsculos). Em 1836, por discordâncias com o governo setembrista, demitiu-se do seu cargo de bibliotecário e publicou o folheto A Voz do Profeta. Em Lisboa, dirigiu a mais importante revista literária do Romantismo português, O Panorama, para que contribuiria com diversos artigos, narrativas e traduções, nem sempre assinados. Em 1839, aceitou o convite de D. Fernando para dirigir as bibliotecas reais da Ajuda e das Necessidades, prosseguindo os seus trabalhos de investigação histórica, que viriam a concretizar-se nos quatro volumes da História de Portugal, publicados no decurso das duas décadas seguintes. Foi precisamente por essa altura que se envolveu numa polémica com o Clero, ao questionar o milagre de Ourique, polémica que daria origem aos opúsculos Eu e o Clero e Solemnia Verba. Eleito deputado pelo Partido Cartista em 1840, demitiu-se no ano seguinte, desiludido com a actividade parlamentar. Voltou à política em 1851, fundou o jornal O País, mas logo se desiludiu com a Regeneração, manifestando o seu desagrado pela concepção meramente material de progresso de Fontes Pereira de Melo. Em 1853, fundou o jornal O Português e, dois anos depois, foi nomeado vice-presidente da Academia Real das Ciências e incumbido pelos seus consórcios da recolha dos documentos históricos anteriores ao século XV, tarefa que viria a traduzir-se na publicação dos Portugaliae Monumenta Historica, iniciada em 1856. Neste mesmo ano, tornou-se um dos fundadores do Partido Progressista Histórico e, em 1857, atacou a Concordata com a Santa Sé. Em 1858, recusou a cátedra de História no Curso Superior de Letras. Entre 1860 e 1865, envolveu-se em nova polémica com o Clero, quando, ao participar na redacção do primeiro Código Civil Português, defendeu o casamento civil. Em 1865, fruto das suas reflexões, saíram os Estudos sobre o Casamento Civil. Em 1867, desgostoso com a morte precoce de D. Pedro V, rei em quem depositava muitas esperanças, e desiludido com a vida pública, retirou-se para a sua quinta em Vale de Lobos (comprada com o produto da venda das suas obras), no concelho de Santarém, onde se dedicaria quase exclusivamente à vida rural, casando com D. Maria Hermínia Meira, sua namorada da juventude. Apesar deste novo e voluntário exílio, continuou a trabalhar nos Portugaliae Monumenta Historica, interveio em 1871 contra o encerramento das Conferências do Casino, orientou em 1872 a publicação do primeiro volume dos Opúsculos e manteve correspondência com várias figuras da vida política e literária. Morreu de pneumonia, a 18 de Setembro de 1877, aos 67 anos, originando manifestações nacionais de luto.
Cláudia Clemente nasceu no Porto, em 1970. Arquitecta de formação, estudou Cinema em Barcelona e Lisboa e concluiu os cursos de Escrita de Argumentos para Longas-Metragens da Gulbenkian, com a London Film School, em 2006, e o de Cinema na Restart, em 2007. Actualmente, vive em Lisboa e divide o seu trabalho entre a escrita e a realização cinematográfica, a ficção e os documentários. Publicou dois livros de contos, O Caderno Negro (2003) e A Fábrica da Noite (2010), e a peça Londres (2012), vencedora do Grande Prémio de Teatro da S.P.A./Teatro Aberto. Em 2014, lançou o seu primeiro romance, A Casa Azul. Realizou curtas-metragens, documentários e telefilmes. Foi responsável pelos argumentos, storyboards, realização, direcção de arte, montagem e, na maioria dos casos, produção dos seus próprios filmes. Estes já foram exibidos em Portugal, no Brasil, no Uruguai, na Índia, em Cuba e em Itália, tendo sido premiados em diversos festivais.
Filmografia:
A Abóbada (telefilme, RTP1; 2021)
O Dia em Que as Cartas Pararam (telefilme, RTP2; 2017)
Sinopse: As memórias de um compositor e maestro, por norma, limitam-se ao elenco de obras e referências às orquestras e concertos que dirigiu. Porém, Álvaro Cassuto distancia-se do modelo tradicional para descrever, numa linguagem factual e sem rodeios, as peripécias da sua carreira, a sua actividade à frente de uma variedade de orquestras internacionais, mormente norte-americanas, e os seus «conflitos» com instituições portuguesas.
O Maestro Álvaro Cassuto revela o papel determinante que o seu envolvimento na gestão de orquestras teve para os seus sucessos e «derrotas», resultado amargo de visões diametralmente opostas explicadas em pormenor. Ao longo de uma carreira de seis décadas, longa e brilhante, por ter convicções enraizadas resultantes da sua experiência pessoal, contribuiu intensamente para o desenvolvimento das orquestras às quais esteve ligado, nunca em benefício de interesses pessoais, tendo dedicado parte significativa dos seus esforços à difusão da música orquestral de compositores portugueses, uma área complementar que realça a dedicação e empenho pela causa da música portuguesa.
Álvaro Cassuto nasceu no Porto, em 1938, e cresceu em Lisboa, filho de pais judeus alemães que fugiram do regime Nazi e regressaram a Portugal, sua pátria ancestral. Muito cedo iniciou o estudo do violino e do piano, tendo estudado composição durante a adolescência, mormente com Fernando Lopes-Graça, enquanto frequentava o Liceu, licenciando-se em Direito na Universidade de Lisboa. Iniciou a sua carreira em 1959 enquanto compositor de obras para orquestra, tendo sido o primeiro compositor português a adoptar o Dodecafonismo Serial. Tendo frequentado os cursos de música de vanguarda em Darmstadt, na Alemanha, onde trabalhou com Boulez e Stockhausen, estudou direcção de orquestra com Herbert von Karajan, em Berlim, e Pedro de Freitas Branco, em Lisboa. Estreou-se como maestro em 1961 e obteve o diploma de Kapellmeister no Conservatório de Viena. Ao longo da sua extensa carreira, esteve ligado a dez orquestras, seis das quais em Portugal. Foi sucessivamente Maestro-Adjunto da Orquestra Gulbenkian, Maestro-Director da Orquestra Sinfónica da RDP, Maestro-Fundador da Nova Filarmonia Portuguesa, Maestro-Fundador da Orquestra Sinfónica Portuguesa, Maestro-Fundador da Orquestra do Algarve e Director Artístico da Orquestra Metropolitana de Lisboa. Em 2009, por ocasião do 50º aniversário da sua carreira, o Coliseu do Porto descerrou uma lápide comemorativa no seu foyer e, no Dia de Portugal, o Presidente da República agraciou-o com o grau de Grande Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
"Contágio" é uma curta-metragem experimental, resultante do desafio lançado a vários realizadores portugueses de diferentes backgrounds - a actriz Ana Moreira, o fotógrafo Daniel Blaufuks e o realizador Miguel Clara Vasconcelos são apenas alguns dos nomes que integram o grupo diverso de criadores envolvidos - de documentar candidamente a sua vivência particular do estado de emergência instalado em Portugal devido à pandemia de Covid-19: um cadavre exquis cinematográfico que articula, pela montagem de Mateus Ribeiro Gomes, universos pessoais, ideias e vivências únicas desta situação de calamidade global. Cada realizador é responsável por um dos segmentos que dialogam entre si no horizonte cúmplice de um trabalho colectivo, retratando este momento excepcional de dificuldade humana, entre as coordenadas cruzadas do eu com o próximo, do pensamento com a sensação, do espaço público com a intimidade e a forma como a doença obriga à sua renegociação.
Sinopse: Retrato da artista plástica Ana Marchand, pelos caminhos da odisseia e da memória, num documentário de Catarina Mourão.
A artista plástica Ana Marchand redescobre um livro da sua infância. Um livro escrito por um tio-avô, com fotografias de fazer sonhar, que relata uma viagem pelo Congo. A partir desse livro, o documentário de Catarina Mourão revela-nos uma jornada de auto-descoberta, pelos caminhos da odisseia e da memória, de uma linhagem e de uma família, ao longo de séculos, pela Ásia.
Ana Marchand sempre se sentiu um pouco deslocada na família. De onde lhe viria o amor pela arte e pela viagem? Em jovem viu um livro de viagens escrito pelo seu tio, Maurizio Piscicelli, e finalmente compreendeu. Catarina Mourão acompanha Ana na sua travessia familiar e espiritual.
Quem foi Maurizio? Quem é Ana? O rosto de um, o do outro. A reencarnação são as várias vidas que vivemos. "Ana e Maurizio" é um delicado circuito de olhares, uma viagem entre tempos, gerações e imagens.
Argumento: Edgar Pêra (inspirado na obra de Branquinho da Fonseca)
Direcção Fotografia: Jorge Quintela
Música: The Legendary Tigerman, João Lima & André Louro, Manuel de Oliveira, Tó Trips
Produção: Bando à Parte (Rodrigo Areias) e Persona Non Grata Pictures (António Ferreira, Tathiani Sacilotto)
Elenco: Dominique Pinon (França), Ney Matogrosso (Brasil), Alba Baptista, Paulo Pires, Teresa Ovídio, António Durães, Albano Jerónimo, Íris Cayatte, Marina Albuquerque, Ângelo Torres, Manuel João Vieira, Vítor Correia, Rebeca da Cunha, Tiago Guimarães, Paulo Furtado, Jorge Prendas, Diana Sá, Adelaide Teixeira
Sinopse: Raymond Vachs (Dominique Pinon), 60 anos, parisiense, veio para Portugal com o 25 de Abril, apaixonou-se e ficou por Lisboa, onde vive desde então. Durante o casamento da filha de 21 anos, Catarina (Alba Baptista), com Damião Vaz (Paulo Pires), um cinquentão rico e corrupto, Raymond martiriza-se por se ter calado e consentido o casamento, achando que era preferível a segurança financeira à incerteza num regime capitalista autoritário, "democraticamente eleito". Durante uma noite de humilhações, Raymond vive uma revolta interior e uma viagem caleidoscópica, num país em vias de desmoronar. É também o desmoronar das suas convicções.
Para assinalar o Dia Mundial da Língua Materna, que se celebrou a 21 de Fevereiro, os Canais TVCine promovem uma semana repleta de grandes histórias contadas em Português.
Depois da derrota no jogo da primeira mão, esta quinta-feira o Sporting Clube de Braga disputa a segunda mão dos 16 avos-de-final da Liga Europa frente aos italianos da Roma, treinada pelo português Paulo Fonseca.
O jogo Roma x Sporting de Braga disputa-se no Estádio Olímpico de Roma, em Itália, tem início às 20h00 e será transmitido pela Sport TV1.
Após o empate a um golo no jogo da primeira mão, esta quinta-feira o Sport Lisboa e Benfica disputa a segunda mão dos 16 avos-de-final da Liga Europa frente aos ingleses do Arsenal, onde joga o português Cédric Soares.
O jogo Arsenal x Benfica disputa-se no Estádio Giorgios Karaiskakis, em Atenas, Grécia, tem início às 17h55 e será transmitido pela SIC e Sport TV1.
Os MITO são Pedro Zuzarte e Manuel Siqueira, amigos há mais de 10 anos e outros tantos de colaborações musicais, tendo editado três discos com a banda Lotus Fever, da qual são ambos fundadores.
Os músicos procuraram fugir ao que tinham feito, criar o seu espaço, desenhar o seu som e fizeram-no com uma nova abordagem de composição. Com apenas duas cabeças a pensar, o foco deixa de ser o instrumento particular, é necessário alargar os horizontes, ouvir a música com distanciamento e focar a atenção na procura e descoberta da instrumentação. O guitarrista deixa de ser guitarrista, passa também a baixista, a baterista, a violinista e tudo o mais que for necessário. Neste processo, não existem egos, mas sim o potencial de cada ideia, ao invés da sua origem, e uma procura pelo carácter e personalidade na música que se entrega. O imaginário urbano, contemporâneo, néon e eléctrico funde-se com um profundo desejo de experimentação, com traços de um pop electrónico de origens indefinidas e que explora a nossa língua materna de uma forma única.
O disco de estreia dos MITO pretende, desde o momento em que arranca e até ao seu término, submergir quem quer que seja que carregou play no mundo da banda: um mundo estranho e de barreiras pouco definidas que podem ser quebradas a qualquer momento, onde cada etapa é um passo numa direcção diferente. Leva-nos por campos bonitos, mas também sombrios e nunca monótonos. Se o objectivo de um trabalho artístico é, como acreditam o Manel e o Pedro, ser genuíno à identidade dos artistas que a entregam, então é natural que dois seres humanos, com toda a sua complexidade e expressividade, tenham necessariamente de procurar no seu trabalho expor-se de todos os ângulos imagináveis. Daí que este álbum apresente a cada música um ponto de vista diferente. Sem repetições ou monotonia. As várias faces do MITO.
E, como as grandes descobertas se fazem acompanhadas, o envolvimento de artistas convidados para participarem no disco foi sempre um dos grandes objectivos da banda. Neste disco, orgulham-se de ter colaborações com algumas das suas personalidades de referência no panorama português - Manel Cruz (Ornatos Violeta, Pluto, Supernada, Foge Foge Bandido, Manel Cruz), David Jacinto (TV Rural, Lobo Mau, Noves Fora Nada) e ainda as Golden Slumbers, de Margarida Falcão (também de Vaarwell) e Catarina Falcão (aka Monday).