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12
Nov20

Gonçalo Ribeiro Telles (1922 - 2020)

Gonçalo Ribeiro Telles morreu aos 98 anos

 

Faleceu ontem, aos 98 anos, o arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles.

 

Gonçalo Ribeiro Telles nasceu a 25 de Maio de 1922, em Lisboa. Licenciou-se em Engenharia Agrónoma e terminou o Curso Livre de Arquitectura Paisagista, no Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa. Foi ao serviço da Câmara Municipal de Lisboa que iniciou a sua vida profissional, ao mesmo tempo que dava aulas no Instituto Superior de Agronomia. Publica, juntamente com o professor Francisco Caldeira Cabral, pioneiro da arquitectura paisagista no nosso país, o livro A Árvore em Portugal, que se torna uma obra de referência.

 

Na Câmara de Lisboa, exerce funções, de 1951 a 1953, na Repartição de Arborização e Jardinagem, passando depois a arquitecto paisagista do Gabinete de Estudos de Urbanização. Mais tarde, dirige o Sector de Planeamento Biofísico e de Espaços Verdes do Fundo de Fomento da Habitação. 

 

Ribeiro Telles é autor de vários projectos que marcaram o tecido verde da capital, como os jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, que assinou juntamente com António Viana Barreto, e que venceu o Prémio Valmor de 1975. Mas há muitos outros projectos da sua autoria: Vale de Alcântara e Radial de Benfica, Vale de Chelas, Parque Periférico, Corredor Verde de Monsanto, Estrutura Verde Principal de Lisboa da Zona Ribeirinha Oriental e Ocidental, Bairro das Estacas (Alvalade), jardins da Capela de São Jerónimo (Restelo), cobertura vegetal da colina do Castelo de São Jorge ou o Jardim Amália Rodrigues, junto ao Parque Eduardo VII.

 

Gonçalo Ribeiro Telles deu ainda aulas na Universidade de Évora, na qualidade de professor catedrático convidado, tendo criado as licenciaturas em Arquitectura Paisagista e em Engenharia Biofísica. Em 2013, foi galardoado com o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe, a mais importante distinção internacional na área da arquitectura paisagista.

 

Mas a vida de Gonçalo Ribeiro Telles não está apenas ligada à defesa do ambiente e da ecologia, a política teve também um papel muito importante. Desde jovem que teve uma forte intervenção política, tendo-se inicado na Juventude Agrária e Rural Católica, estrutura juvenil ligada à Acção Católica Portuguesa. Após o 25 de Abril de 1974, é um dos fundadores do Partido Popular Monárquico (PPM). Foi sub-secretário de Estado do Ambiente nos I, II e III Governos Provisórios, e Secretário de Estado da mesma pasta, no I Governo Constitucional, chefiado por Mário Soares. 

 

Em 1979, alia-se a Francisco Sá Carneiro na formação da Aliança Democrática, coligação através da qual foi eleito deputado à Assembleia da República nas Legislativas de 1979, 1980 e 1983. Entre 1981 e 1983, integra o VIII Governo Constitucional, chefiado por Francisco Pinto Balsemão, como Ministro de Estado e da Qualidade de Vida. Durante o seu ministério, cria as zonas protegidas da Reserva Agrícola Nacional, da Reserva Ecológica Nacional e as bases do Plano Director Municipal.

 

Em 1984, após sair do governo e já afastado do PPM, fundou o Movimento Alfacinha, com o qual se apresentou candidato à Câmara Municipal de Lisboa, conseguindo a eleição como vereador. Em 1985, regressa à Assembleia da República, agora como deputado independente, eleito nas listas do Partido Socialista. Em 1993, fundou o Movimento o Partido da Terra, cuja presidência abandonou em 2007.

 

Gonçalo Ribeiro Telles, considerado o "pai" da ecologia em Portugal, recebeu recebeu várias condecorações, tendo sido agraciado por três Presidentes (Américo Tomás, Mário Soares e Marcelo Rebelo de Sousa).

12
Nov20

CINE ESTREIA: "Amor Fati", de Cláudia Varejão

 

Realização e Fotografia: Cláudia Varejão

Produção: Terratreme, Mira Film (Suíça), La Belle Affaire (França)

 

Com: Ana Carvalho, Lucinda Piloto, Antónia Garcia, Samira Garcia, Emmanuel, Amigo, Nariné Dellalyan, Marina Dellalyan, Hermine Dellalyan, Levon Mouradian, Anna Mouradian, Artur Mouradian, Vigo Margarian, Michael Margarian, Osvaldo Matos, Newton, João Pacola, Nix Éter, Ringo Nogueira, Carla Monteiro, Anísio Franco, Margarida de Sousa Pereira, Alzira de Sousa Pereira, Simão Telles, Gianni, Inês Melo e Campos, Teresa Melo e Campos, Jonita Gaivota, Duarte Lopes, Setembro, Adelino Ângelo, La Salett Magalhães, António Conceição, Fátima Conceição, Maria Amaral, Roberto Amaral, Lúcia Estrela, Liliana Penacho, Dora Casquinha, Lúcia Casquinha, Zezé Cordeiro, Maria Salomé Alvarenga, José Luís Mesquita, José Inácio, Carlos Santos, Kika, Paulo Lagarto, Julieta

 

Sinopse: "Amor Fati" vai ao encontro de partes que se completam. São retratos de casais, amigos, famílias e animais com os seus donos. Partilham a intimidade dos dias, os hábitos, as crenças, os gostos e alguns traços físicos. A partir dos seus rostos e da coreografia dos gestos, descobrimos a história que os enlaça. Assente na vida quotidiana, o filme desenha diante dos nossos olhos um coro de afectos e da memória colectiva de um país, convocado o discurso de Aristófanes no Banquete de Platão: «Não será a isto que vocês aspiram — a identificarem-se o mais possível um ao outro, de forma a não mais se separarem noite e dia? Se é essa a vossa aspiração, estou disposto a fundir-vos e soldar-vos numa só peça, de tal modo que, em vez de dois, passem a ser um só.»"

 

 

Filmes » Agência

 

Cláudia Varejão nasceu no Porto e estudou Cinema no Programa de Criatividade e Criação Artística da Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com a German Film und Fernsehakademie Berlin, e na Academia Internacional de Cinema de São Paulo, Brasil, e Fotografia na AR.CO, em Lisboa. É autora da curta documental "Falta-me" e da trilogia de curtas de ficção "Fim-de-semana", "Um dia Frio" e "Luz da Manhã". O documentário "Ama-San", retrato de mergulhadoras japonesas, foi a sua estreia nas longas-metragens, recebendo dezenas de prémios em todo o mundo, seguindo-se "No Escuro Do Cinema Descalço Os Sapatos", filme que acompanha a intimidade de um grupo de bailarinos de uma companhia de dança. Os seus filmes têm sido seleccionados e premiados pelos mais prestigiados festivais de cinema, passando por Locarno, Roterdão, Visions du Reel, Cinema du Reel, Karlovy Vary, Art of the real - Lincoln Center, entre muitos outros. A par do seu trabalho como realizadora, desenvolve um percurso como fotógrafa e é professora convidada no AR.CO e na Universidade Católica do Porto. O seu trabalho, tanto no cinema como na fotografia, documentário ou ficção, vive da estreita proximidade com os seus retratados.

 

Filmografia:

Amor Fati (documentário, 2020)

Ama-San (documentário, 2017)

No Escuro do Cinema Descalço os Sapatos (documentário, 2016)

Luz da Manhã (curta-metragem, 2011)

Um Dia Frio (curta-metragem, 2009)

Fim-de-Semana (curta-metragem, 2007)

Falta-me (curta-metragem documental, 2004)

 

 

12
Nov20

CINEMAX CURTAS: "A Mãe de Sangue", de Vier Nev (RTP2 - 00h00)

A Mind Sang | A Mãe de Sangue

 

No Cinemax Curtas de hoje, será exibida a curta-metragem "A Mãe de Sangue", realizada pelo artista multimédia português Vier Nev, que venceu o Vimeo Staff Pick Award no Festival de Cinema de Animação de Annecy 2020 (França), o Prémio de Jovem Cineasta no Festival Cinanima 2019 e uma Menção Honrosa no MONSTRA – Festival de Animação de Lisboa.

 

O filme, composto por imagens que demonstram duas interpretações simultaneamente, é um jogo de sombras e espaço negativo em que as sequências da curta-metragem desafiam a percepção visual do espectador. Com banda sonora da autoria do compositor Yanis El-Masri, "A Mãe de Sangue" explora as temáticas do nascimento, transformação e percepção.

 

12
Nov20

TV: "Narcos: México" c/ Pêpê Rapazote (AMC - 22h10)

narcos pêpê.jpg

Pêpê Rapazote é "Chepe Santacruz Londoño"

 

Esta quinta-feira, o AMC exibe o quinto episódio da primeira temporada da série norte-americana "Narcos: México", que conta com a participação do actor português Pêpê Rapazote. 

 

Pêpê Rapazote foi um dos protagonistas da terceira temporada da série "Narcos", produção original da Netflix. As duas primeiras temporadas desenrolaram-se à volta do famoso narcotraficante colombiano Pablo Escobar. Depois da morte deste, a terceira temporada acompanhou as rivalidades em torno de um dos mais lucrativos e poderosos cartéis de droga colombianos: o cartel de Cali. Pêpê Rapazote interpretou "Chepe Santacruz Londoño", um dos temíveis barões de droga colombianos que geria o seu império a partir de Nova Iorque. 

 

E é com este personagem que vamos ver o actor luso neste episódio da primeira temporada de "Narcos: México", um spin-off da série original. "Narcos: México" conta a história real do surgimento do cartel de droga em Guadalajara, nos anos 80, liderado por Félix Gallardo, também conhecido como "El Padrino". O personagem "Chepe Santa Cruz Londoño", que morreu no final da terceira temporada de "Narcos", volta a surgir porque os acontecimentos relatados em "Narcos: México" são anteriores ao da série original.

 

Os episódios desta série também estão disponíveis na plataforma de streaming Netflix.

 

Pêpê Rapazote nasceu em Lisboa, a 10 de Setembro de 1970. Um dos rostos mais conhecidos da ficção nacional, nos últimos anos tem entrado em várias produções internacionais, como a série espanhola "Águia Vermelha" ou as norte-americanas "No Limite" e "Rainha do Sul", esta já depois da sua participação em "Narcos", onde alcançou o reconhecimento internacional. Mas, apesar da aposta a nível internacional, também podemos ver Pêpê Rapazote na ficção nacional. Actualmente, é um dos protagonistas da novela "Bem Me Quer", da TVI.

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