Gravado em Moura.

Editora: Guerra & Paz

Sinopse: O que é um Herói? Será alguém que sofreu e superou algum tipo de provação, como Nuno Álvares Pereira, herói de Aljubarrota, ou Fernão de Magalhães, obstinado em provar que se podia, por mar, dar a volta ao mundo? E não será herói Luís de Camões que, sobre si mesmo, se fecha para escrever Os Lusíadas? Ou Aristides de Sousa Mendes por ter preferido seguir um imperativo ético em vez de se submeter ao poder de Salazar? Neste tempo de descrença e pessimismo, sabe bem recordar os Heróis da nossa História. Sabe bem ler a história de homens e mulheres que foram um exemplo de coragem física, de abnegação, de construção de imaginário, de desenvolvimento científico, de mudança dos costumes, de firmeza moral, de coerência política. O autor, Pedro Marta Santos, dá-nos, com emoção e verdade, a história de 19 Heróis da História de Portugal. São 19 histórias que nos contam a História como nunca tinha sido contada.

Viriato - Afonso Henriques - Egas Moniz - Rainha Santa Isabel - Nuno Álvares Pereira - Infante D. Henrique - Álvaro Gonçalves Coutinho, O Magriço - D. João II - Afonso de Albuquerque - Fernão de Magalhães - O Elefante Salomão - Luís Vaz de Camões - Damião de Góis - Fernão Mendes Pinto - Pedro Nunes - Carolina Beatriz Ângelo - Aníbal Milhais, O Soldado Milhões - Aristides de Sousa Mendes - Salgueiro Maia

Pedro Marta Santos, jornalista e argumentista, escreveu os guiões de Amália - o Filme (com João Tordo), A Vida Privada de Salazar (com António Costa Santos) e Uma Aventura na Casa Assombrada (com Carlos Coelho da Silva), além de longa-metragens, séries e telefilmes para António-Pedro Vasconcelos, Leonel Vieira, Tiago Guedes ou Edgar Pêra. Colunista da Sábado e colaborador do DN, é autor de guias de cinema e ensaios sobre o amor. 

Faleceu ontem, aos 89 anos, o pintor e artista plástico Nikias Skapinakis.

Nikias Ribeiro Skapinakis nasceu em Lisboa, em 1931, filho de pai grego e mãe portuguesa. Frequentou o curso de Arquitectura, que abandonou para se dedicar à Pintura. A sua primeira exposição aconteceu em 1948, nas Exposições Gerais de Artes Plásticas e, a partir daí, realizou inúmeras exposições individuais e participou em diversas exposições colectivas, em Portugal e no estrangeiro. 

A sua principal actividade era a pintura a óleo, mas Nikias Skapinakis dedicou-se também à litografia, serigrafia e ilustração de livros, tendo ilustrado, entre outras obras, o livro Quando os Lobos Uivam, de Aquilino Ribeiro, e Andamento Holandês, de Vitorino Nemésio. É autor de um dos painéis do café A Brasileira, no Chiado (Lisboa, 1971), Retrato dos Críticos, e participou na execução do painel comemorativo do 10 de Junho de 1974. Em 2005, concebeu o painel Cortina Mirabolante para a estação de metro de Arroios, em Lisboa. 

Nikias Skapinakis era um dos maiores nomes da pintura portuguesa e, como tal, realizaram-se várias revisões antológicas ou retrospectivas à sua obra, obra essa que tinha também uma forte presença nas principais colecções de arte em Portugal, como a da Gulbenkian ou a de Serralves. 

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou o falecimento de "um autor emblemático da nossa pintura e artes visuais" e fez um resumo da sua emblemática obra: "Das capas de livros de Aquilino e Nemésio aos painéis da Brasileira do Chiado, do encontro entre três mulheres voluntariosas (Natália Correia, Fernanda Botelho e Maria João Pires) à arte pública no metropolitano de Lisboa e a uma homenagem à bandeira nacional, Nikias retratou com maestria o seu e o nosso tempo. Mas também pintou o seu imaginário: naturezas mortas, séries mitológicas, quartos inventados, jogos com a publicidade, exultações cromáticas ou eróticas e algumas melancolias."