@FestivalEuFicoEmCasa - Noiserv
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Editora: Relógio d'Água
Sinopse: «Ao lermos as obras escritas por viajantes, importa ter em conta a "Weltanschauung", um termo inventado pelo filósofo alemão W. Dilthey para designar a visão do mundo que, consciente ou inconscientemente, está presente em cada um de nós. Desde meados do século XVIII que a literatura de viagens se tornara um género apreciado, mas a maneira como os estrangeiros olharam o meu país tem de ser vista criticamente: não basta escolher as citações que se adequam às nossas teses.
Na selecção dos testemunhos que a seguir apresento, escolhi não apenas os escritos com maior qualidade literária, mas ainda aqueles sobre cujos autores dispunha dos elementos biográficos que me permitissem entender o quadro mental que os levara a deixar os retratos que nos legaram.» [Da Introdução]
Maria Filomena Mónica nasceu em Lisboa, em 1943. É licenciada em Filosofia pela Universidade de Lisboa (1969) e doutorada em Oxford (1978). Investigadora emérita do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, cronista e repórter na imprensa, coautora de séries para a televisão, Maria Filomena Mónica escreveu uma longa lista de livros, entre os quais se contam Educação e Sociedade no Portugal de Salazar (1978), sua tese de doutoramento; Vida Moderna (1997); Os Filhos de Rousseau (1997); Fontes Pereira de Melo (1999); O Filho da Rainha Gorda (2004); Bilhete de Identidade (2005); Cesário Verde (2007); Eça de Queirós (2009); Os Pobres (2016); e Os Ricos (2018).
Autoria: Nuno Duarte
Realização: Hugo de Sousa
Elenco: Luís Alberto, Sofia Grillo, Renato Godinho, Sandra Celas, Rute Miranda, Ana Borges, Lourdes Norberto, Cristina Cavalinhos
Sinopse: Aos 18 anos, Isabel (Sofia Grillo) saiu de casa por causa das constantes brigas com o pai, Armando (Luís Alberto). Anos depois, regressa a Portugal com a intenção de reatar a relação com a família. Mas as tentativas de aproximação são más. O irmão, Pedro (Renato Godinho), diz-lhe que o pai nunca lhe perdoou. Mas a realidade é outra e Isabel descobre que o pai é vítima de maus tratos do seu próprio irmão.
Autoria e Realização: Joaquim Vieira
Produção: Nanook
Com: António Vitorino d'Almeida, Benedicto García, Caetano Veloso, Carlos Alberto Moniz, Carlos Correia, Fausto, Francisco Fanhais, Francisco Naia, Gilberto Gil, Janita Salomé, João Afonso, José Jorge Letria, Júlio Pereira, Luís Cília, Luiz Goes, José Mário Branco, José Niza, Luis Pastor, Paco Ibañez, Pi de la Serra, Rui Pato, Sérgio Godinho, Vitorino Salomé, Arnaldo Trindade, Malangatana, Eugénio Lisboa, Luís Filipe Rocha, Camilo Mortágua, Otelo Saraiva de Carvalho, Adelino Gomes, Gunter Wallraff
Sinopse: "Maior que o Pensamento" é um documentário em três partes acerca da vida e da obra do poeta, compositor e intérprete José Afonso, o mais conhecido autor da chamada canção de intervenção portuguesa, movimento do qual se pode aliás dizer que foi fundador e líder, embora de maneira informal. As criações de José Afonso corporizaram para os portugueses, na fase final da ditadura do Estado Novo, a ideia de resistência à opressão e de esperança numa vida melhor, ajudando a mobilizar os cidadãos para um combate pela liberdade que essas mesmas canções viriam a simbolizar após a queda do regime e ao longo de todo o actual período democrático. Não por acaso, uma canção de José Afonso, "Grândola, Vila Morena", foi escolhida como senha radiofónica para os militares revoltosos desencadearem, na madrugada de 25 de Abril de 1974, as operações que puseram termo a quase meio século de despotismo. O documentário recolhe muitas dezenas de testemunhos de pessoas que conheceram José Afonso e com ele colaboraram, desde familiares e amigos a músicos de várias nacionalidades. Imagens de actuações de José Afonso (algumas inéditas em Portugal, como na Alemanha em 1963) completam este exaustivo trabalho sobre um criador que suplantou em muito a estrita esfera do seu posicionamento ideológico, tornando-se num dos mais originais e destacados criadores do seu país no século XX. Ao longo do documentário, podem ser ouvidas algumas das mais significativas canções da autoria de José Afonso, interpretadas pelo próprio.
Quarta, quinta e sexta, na RTP1.
Ano: 2019
País: França
Realização: Cristina Pinheiro (França/Portugal)
Argumento: Cristina Pinheiro, Ghislain Cravatte, Laura Piani
Música: Charles Crash
Elenco: Nuno Lopes (Portugal), Beatriz Batarda (Portugal), Naomi Biton, Thomas Brazete, Sarah-Lou Verlhac, Camille Constantin, Jean-Claud Dreyfus, Julien Duval, Louise Maugenest, Elisa Sergent, Margaux Verissimo
Sinopse: Com os actores portugueses Nuno Lopes e Beatriz Batarda nos principais papéis, "Menina" é a primeira longa-metragem da realizadora luso-descente Cristina Pinheiro e relata o drama de uma família portuguesa emigrada em França, no final dos anos 70, vista através do olhar de uma menina de 10 anos. Uma história intensa e emocionante, baseada nas vivências do pai da realizadora, que faz reviver o drama da integração dos emigrantes portugueses.
Esta é a história de Luísa Palmeira (protagonizada pela atriz francesa Naomi Biton), uma criança de 10 anos, nascida em França e filha de emigrantes portugueses. Para a mãe, analfabeta, ela é quase uma adulta, mas para o pai, alcoólico, é ainda uma menina. Um certo dia, ele conta à filha que sofre de uma doença grave. Luísa recusa-se a acreditar e fica a pensar que, na verdade, ele esconde outra coisa. Dividida entre duas línguas e duas culturas distintas, Luísa procura conhecer as raízes da sua família e encontrar a sua identidade ao mesmo tempo que se confronta com a morte anunciada do pai.
Cristina Pinheiro, filha de portugueses, nasceu e cresceu em França. Em 2002, realizou a sua primeira curta-metragem. Dez anos depois, volta a realizar uma curta-metragem. Após o falecimento dos pais, Cristina Pinheiro começou a trabalhar na sua primeira longa-metragem, "Menina", um filme com um argumento um pouco autobiográfico que a leva ao encontro das suas raízes portuguesas. Tal como na vida da realizadora, neste filme estão presentes as temáticas da dupla identidade e cultura.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.