Editora: Tinta-da-China
Sinopse: «Um livro excelente e uma referência obrigatória.» (António Mega Ferreira, "Visão"). «O melhor guia para este acontecimento.» (João Paulo Cotrim, "Expresso"). «O que impressiona neste texto é a sua desenvoltura no estilo e nas ideias, juntando inteligência, clareza e graça.» (Pedro Mexia, «Diário de Notícias») Escolhido como Melhor Ensaio 2005, tornou-se uma referência obrigatória para quem se interessa pela História do Grande Terramoto de 1755.
As grandes catástrofes sempre inquietaram e suscitaram a curiosidade do ser humano. O debate em torno do Terramoto de 1755 tem razões para não se esgotar. No dia 1 de Novembro de 2005, comemorou-se o seu 250.º aniversário. Para além disso, acresce nas nossas consciências o panorama de turbulência política, religiosa e civilizacional que tem dominado a história recente. O Grande Terramoto, à semelhança de outras catástrofes, esteve na origem de uma vasta produção cultural e intelectual, colocando em destaque os modos de pensamento e as polémicas dominantes de então. Evocar esta história significa colocar na ribalta as controvérsias setecentistas, abrindo novas perspectivas sobre as implicações da efeméride, mas também sobre os paralelismos que é possível estabelecer com a actualidade.
Em «O Pequeno Livro do Grande Terramoto», a escrita viva e cinematográfica de Rui Tavares acompanha-nos por uma travessia inusitada, a que é difícil resistir. Que relação existe entre grandes catástrofes como o Terramoto de 1755, o 11 de Setembro de 2001, o tsunami de 2004 ou os incêndios de Roma de 64 d.C.? E se o Terramoto não tivesse acontecido? Que relatos nos deixaram os sobreviventes? Qual o impacto do Terramoto sobre o panorama cultural da época? E que sentimentos nos provoca hoje? As respostas vão surgindo, inesperadas, alternativas e fundamentadamente arrojadas.
Rui Tavares nasceu em Lisboa, em 1972. É escritor e historiador, com estudos em História da Arte pela Universidade Nova de Lisboa, em Ciências Sociais pela Universidade de Lisboa e em História e Civilizações pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, onde defendeu a sua tese de doutoramento sobre a censura portuguesa no século XVIII, «Le Censeur Éclairé». Investigador associado do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, é actualmente policy leader fellow no Instituto Universitário Europeu de Florença. É cronista no jornal Público e comentador da RTP. Foi eurodeputado (2009-2014) e é um dos fundadores do partido LIVRE. Com a Tinta-da-China, publicou O Pequeno Livro do Grande Terramoto (prémio RTP/Público Melhor Ensaio 2005), traduzido em russo e que será em breve publicado em Itália; Pobre e Mal Agradecido (crónicas, 2006); O Arquitecto (teatro, 2007), também publicado no Brasil; O Regicídio (ensaio, 2008; com Maria Alice Samara), O Fiasco do Milénio (crónicas, 2009); A Ironia do Projeto Europeu (ensaio, 2012); Esquerda e Direita: Guia histórico para o século XXI (ensaio; 2015); O Censor Iluminado (ensaio; 2018). É coordenador da colecção Portugal, uma Retrospectiva, publicada na Tinta-da-China durante o ano de 2019. As suas traduções de Cândido, ou o Optimismo, de Voltaire, e de Tratado da Magia, de Giordano Bruno, estão também publicadas na Tinta-da-China.