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alma-lusa

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19
Out19

TV: Maratona e Meia-Maratona de Lisboa 2019 (RTP1 e RTP2/ domingo, 20 - a partir 08h00)

Atletismo: Luso Meia Maratona de Lisboa 2019

 

A Maratona de Lisboa é considerada, por entidades internacionais, uma das mais belas maratonas do mundo. Com início em Cascais, e meta instalada na simbólica Praça do Comércio, a Maratona de Lisboa tem um percurso 100% à beira mar/rio, oferecendo aos seus atletas um cenário único no mundo.

 

Acompanhe a Maratona de Lisboa 2019, em directo, na RTP1, das 8h00 às 10h25, e a Meia-Maratona de Lisboa 2019, na RTP2, das 10h25 às 12h00. Com mais de 15.000 participantes, a Meia-Maratona tem início na Ponte Vasco da Gama e meta na Praça do Comércio, conjuntamente com a Maratona. A Mei-Maratona liga os corredores do norte da cidade ao centro de Lisboa, cruzando monumentos históricos icónicos e vistas sobre o rio Tejo.

19
Out19

TV: ModaLisboa Collective - Compacto (RTP1 - 23h55)

ModaLisboa Collective - Compacto

 

A 53ª edição da ModaLisboa realizou-se entre 10 a 13 de Outubro. O evento teve início no Palácio Sinel de Cordes, onde a Trienal de Arquitectura de Lisboa tem a sua sede, e onde se realizaram os happenings de moda dos designers da Workstation.


Os melhores momentos desta edição da ModaLisboa pela mão de Sílvia Alberto.

19
Out19

CINE TV: "20,13 - O Purgatório" (RTP2 - 23h05)

20,13 - O Purgatório

 

Ano: 2006

Realização: Joaquim Leitão

 

Elenco: Marco d'Almeida, Adriano Carvalho, Carla Chambel, Maya Booth, Nuno Nunes, Ivo Canelas, Júlio César

 

Sinopse: Na véspera de Natal de 1969, em plena guerra colonial, uma patrulha regressa ao quartel do exército português em Moçambique e traz um prisioneiro. Esperam uma noite tranquila, dado o costume da trégua em noite e dia de Natal. Mas a mulher do capitão chega de surpresa para passar o Natal e é notório o mal-estar entre os dois. Durante a noite, o prisioneiro e um dos soldados aparecem mortos e o quartel começa a ser bombardeado. A violência da guerra cruza-se com a violência das paixões e a coragem para desafiar a morte com o medo de enfrentar a vida. Um alferes tem de defender uma guerra em que não acredita e desvendar os inexplicáveis acontecimentos da noite e alguns segredos não resistirão ao nascer do dia.

 

Filme do cineasta português Joaquim Leitão, segunda parte de uma trilogia sobre a guerra colonial portuguesa, (que inclui "Inferno", de 1999), o título "20,13" alude a um versículo da Bíblia que estará na origem de um dos mistérios da história. Um crime cometido numa noite de ataque às tropas portuguesas em Moçambique que se cruza com a história do amor homossexual entre dois militares.

 

19
Out19

DOC TV: Lina e Raul Refree - Ensaio Geral (RTP2 - 22h15)

Lina e Raul Refree - Ensaio geral

 

Realização: António Sabino e Pedro Gonçalves

 

Sinopse: Documentário de António Sabino e Pedro Gonçalves sobre a colaboração inédita entre a fadista Lina e o músico catalão Raul Refree.

 

Numa noite de fados, as vozes mostram-se autênticas: sem amplificação, sem adornos e sem filtros, apenas nervo e talento, alma e paixão. Raul Refree entende bem o que é isso da paixão e como marca as vozes, tendo assinado a produção de "Los Angeles", o álbum que colocou o fenómeno internacional Rosalía no mapa. Por isso mesmo, o músico e produtor espanhol não teve dúvidas quando ouviu Lina cantar no Clube de Fado, que é uma das mais reputadas casas desta cultura na capital, pouso certo de grandes vozes e viveiro de muitos talentos resguardados por Mário Pacheco, guitarrista que acompanhou os maiores artistas, incluindo a eterna Amália. E foi aí, à meia luz, num momento solene e autêntico, que Raul Refree se apaixonou pela voz de Lina. A ideia de se juntarem num estúdio foi imediata e pouco depois cruzaram-se ambos numa sala especial, nos arredores da capital.


Rodeado de sintetizadores vintage, de Moogs e Arps, de Oberheims e Rolands, mas também com o piano muito perto, Raul emoldurou a voz de Lina em névoa analógica, deixando as guitarras do fado na nossa imaginação, mas retendo toda a força de uma garganta carregada de verdade.

 

Lina mostrou-se à altura do desafio. Estudante atenta da obra de Amália, escolheu uma série de pérolas do reportório da Diva com o intuito de as usar como base de comunicação. Como se este projecto nascesse de uma busca do assombro, da essência. Já com um percurso dentro do fado muito sólido, mas também com estudos de canto lírico que lhe moldaram a entrega séria que possui, Lina partiu para esta aventura com uma bagagem muito funda, com plena noção do que a sua voz consegue transmitir. Os arranjos resultaram extraordinários.


Refree, que tem uma longa carreira na pop mais desafiante e que, como produtor, já assinou dezenas de trabalhos, de Sílvia Perez Cruz a El Niño de Elche ou Lee Ranaldo, além da já mencionada Rosalía, é um artista de extraordinária intuição. A curiosidade sobre o fado também o tinha acercado da obra de Amália Rodrigues em que identificou uma força universal tão intensa quanto a que marcava os clássicos de flamenco que bem conhecia. Concordaram ambos imediatamente que deveriam explorar o reportório da eterna fadista, despindo-o dos dogmas instrumentais do fado, mas retendo a sua mais funda alma. Lina, com voz maturada pelas noites nas casas de fado, pela sua própria devoção por Amália e por todas as grandes vozes que ouviu, sentiu e estudou, é uma artista verdadeiramente especial: soa como se tivesse nascido no meio da história, a ouvir as divas a ecoarem nas vielas da sua imaginação. Soa autêntica e comovente. E por isso conquistou Refree.


Em temas como "Barco Negro" ou "Foi Deus", "Ave Maria Fadista", "Medo" ou "Gaivota", qualquer um deles um monumento maior da memória do fado, Lina mostra-se artista completa, verdadeira e de um talento capaz de nos assombrar a todos. As suas interpretações são sobretudo humanas, emocionantes, preferindo arrancar as palavras ao coração do que moldá-las com a técnica que também estudou. Essa entrega oferece uma outra luz ao fado nos arranjos que Raul Refree lhe preparou. Sem truques ou filtros, mas com arte e com uma abordagem nunca antes tentada vestindo o fado com uma inédita roupagem electrónica que, ao invés de o desvirtuar, só lhe reforça a condição universal.


O fado é património imaterial da humanidade, uma cultura que ajuda a identificar um país que anda nas bocas do mundo e que tem atraído muitos artistas a Lisboa. Vindos de fora, esses artistas buscam no fado um terreno ainda imaculado, um rasgo de autenticidade num universo musical tantas vezes rendido ao artifício. Foi exactamente isso que trouxe Raul Refree a Lisboa. Essa busca do que é novo e sem tempo, do que estremece e que o mundo precisa de ouvir. Mesmo que para tanto seja necessário desafiar as regras. É assim, afinal de contas, que se faz história.

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