A 6 de Outubro de 1999, dia da morte de Amália Rodrigues, o escritor José Saramago levantou o véu sobre as frequentes ajudas da "rainha do fado" aos presos políticos e as suas relações clandestinas com comunistas e outros resistentes à ditadura. Contactos que foram mantidos durante décadas e ultrapassaram o universo artístico. Bastante polémica à época, a revelação do Prémio Nobel era, no entanto, apenas uma das muitas pontas soltas da história secreta sobre a cantora símbolo do País.

A infância em Alcântara, a adoração familiar por Salazar e a associação de Amália Rodrigues aos comunistas do fado por parte da polícia política, a relação secreta com a resistência à ditadura, as ameaças do regime e as denúncias contra a alegada "princesa da PIDE", os bastidores da prisão de Alain Oulman, as pontes com a célula clandestina do PCP para os espectáculos e a revolução antes da revolução. São estes os temas principais da investigação inédita que faz o tema de capa da terceira edição da VISÃO Biografia. Mas as 132 páginas deste número têm muito mais para contar.

Além de perfis de David Mourão-Ferreira, Alain Oulman, Rui Valentim de Carvalho e Celeste Rodrigues, esta edição especial leva-nos aos lugares onde Amália ainda "mora", traça o retrato do seu "estilo de diva", viaja até às origens do fado, entrevista o "viola" Joel Pina (que também comemora o seu centenário em 2020), sugere uma lista de discos e livros obrigatórios para conhecer a história e a obra da cantora, resgata frases menos conhecidas de Amália, mostra a notável galeria de herdeiros e herdeiras da fadista e conta ainda com artigos exclusivos da autoria de David Ferreira, Frederico Santiago e Joaquim Vicente Rodrigues, presidente da Fundação Amália Rodrigues.

Faleceu hoje, aos 67 anos, o ex-futebolista e internacional português Rui Jordão.

Rui Manuel Trindade Jordão nasceu a 9 de Agosto de 1952, em Benguela, Angola, na altura uma colónia portuguesa. Foi no Sporting Clube de Benguela que começou a dar nas vistas como avançado, tendo despertado o interesse dos maiores clubes de Lisboa. Em 1970, estreia-se nos juniores do Sport Lisboa e Benfica e, um ano depois, chega à equipa principal, onde jogou até 1976. Durante esse período, o Benfica conquistou quatro Campeonatos Nacionais e uma Taça de Portugal. Em 1976, Jordão foi o melhor marcador nacional, com 30 golos em 28 jogos do Campeonato.

Na temporada de 1976/77, vai para Espanha jogar no Saragoça, onde marcou 14 golos em 33 jogos. Regressa a Portugal para jogar no Sporting Clube de Portugal durante dez anos (1977 a 1987), onde marcou 184 golos em 262 jogos, e conquistou 2 Campeonatos, duas Taças de Portugal e uma Supertaça. O seu talento e os golos que marcou tornaram Jordão numa figura mítica do Sporting e do futebol português e deram-lhe o nome de "a gazela de Benguela". Jogou ainda no Vitória de Setúbal de 1987 a 1989, altura em que termina a carreira.

Jordão foi internacional por Portugal por 43 vezes, tendo marcado 15 golos pela equipa das quinas. Jogou na Taça da Independência do Brasil, em 1972, e na fase final do Campeonato Europeu de Futebol 1984.

Depois de terminar a carreira como futebolista, Jordão dedicou-se a outra das suas paixões: a pintura. Em 2001, concluiu Pintura e Desenho, Introdução à História da Arte do século XX, Temas de Estética e Teorias da Arte Contemporânea, na Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa.

Esta sexta-feira, dia 18 de Outubro, assinalam-se os 60 anos do Telejornal numa emissão especial entre as 20h00 e as 22h00.

Esta emissão especial será conduzida por José Rodrigues dos Santos e João Adelino Faria, com coordenação de Adília Godinho e realização de José Véstia.

Nesta emissão especial, estarão em destaque os acontecimentos mais importantes do dia, haverá entrevistas ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e ao filósofo e ensaísta espanhol Daniel Innenarity e serão revisitadas a memória de Portugal e do Mundo pelos olhos do Telejornal, além de muitas outras surpresas.

O principal espaço de informação da estação de televisão pública terá uma nova roupagem sonora feita pela Orquestra do Teatro Nacional de São Carlos, sob a direcção da maestrina Joana Carneiro.

O Telejornal nasceu a 18 de Outubro de 1959, dois anos depois de a RTP iniciar as suas emissões regulares. São seis décadas a mostrar aos portugueses o que acontece no País e no Mundo.