LETRAS LUSAS: "A Balada do Medo", de Norberto Morais
Editora: Relógio D'Água
Sinopse: No dia em que regressa a casa, cinco meses e meio depois de ter partido pela última vez, Cornélio Santos Dias de Pentecostes é confrontado com o anúncio da sua morte. Dez dias é quanto lhe resta de uma vida até aí bem-aventurada e feliz, que não tornará a sê-lo.
Durante uma semana e meia, o caixeiro-viajante de Santa Cruz dos Mártires mergulhará numa espiral de desespero, percorrendo os caminhos mais sinuosos de si e do seu passado à procura de motivos e salvação.
Ambientado numa América Latina imaginária, e carregado do simbolismo a que o autor nos habituou, A Balada do Medo é uma viagem aos lugares mais remotos das emoções humanas e uma alegoria aos dias ansiosos do presente, nos quais a verdade varia consoante os interesses de quem a vê, e ninguém é já um, mas uma miríade de personagens representando de acordo com as circunstâncias.
Num jogo de humor e sombras, Norberto Morais retoma a criação de um mundo que nos convoca para aquilo que de melhor se produziu na literatura latino-americana.
Norberto Morais nasceu em 1975, em Calw, uma pequena cidade da Floresta Negra, na Alemanha. Aos seis anos, a família regressa a Portugal e Norberto Morais foi viver para Marinhais, no concelho de Salvaterra de Magos. Em 1996, vai estudar Psicologia para Lisboa. Licenciou-se no ISPA, foi voluntário na Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, frequentou o Hot Club e teve uma banda, na qual era vocalista, letrista e compositor. Em 2002, quando tudo estava preparado para que fosse músico ou psicólogo, sentou-se um dia à secretária e a vida trocou-lhe as voltas. Uns meses mais tarde compreendia que, mal ou bem, estava condenado a escrever para o resto da vida. Publicou o seu primeiro romance, Vícios de Amor, em 2008. O seu segundo romance, O Pecado de Porto Negro, finalista do Prémio LeYa, foi lançado em 2014 e vai ser adaptado à televisão, em formato mini-série, pela brasileira TV Globo.