LETRAS LUSAS: "A Dama do Quimono Branco", de João Paulo Oliveira e Costa
Editora: Temas e Debates
Sinopse: A saga dos Fonseca, de Nagasáqui, e dos Vicenzo, de Roma, conclui-se nesta obra que encerra a Trilogia do Samurai Negro. A cristandade japonesa caminha para o seu destino fatal, enquanto, do outro lado do mundo, o Brasil vai-se afirmando como uma terra do futuro, promissora para os colonos, e, nesse primeiro tempo, sobretudo para os que têm a sabedoria de se entenderem com os indígenas.
Nessas terras onde o Sol nunca se põe, os mestiços têm um papel fundamental na sedimentação do poder da Coroa e da Igreja, e os Fonseca e Vicenzo percebem que, em Lisboa, os mestiços serão sempre subalternizados e ostracizados, mesmo sendo endinheirados.
Enquanto o tempo passa, um biombo vai sendo composto; uma mulher morta continua a despertar sentimentos de sensualidade nos homens que com ela privaram; um navio explode com estrondo; um imperador foge do palácio; a crueldade é vingada com uma crueza ainda maior, mas também há quem consiga amar e ser feliz e há um peregrino que descobre finalmente o seu lugar no mundo, sempre inspirado pela dama do quimono branco.
«Esta é uma história cujas personagens se espalham pelo mundo já globalizado do início do século XVII e que foi sendo escrita enquanto eu próprio circulava pelo mundo ganhando inspiração no contacto com a diversidade de gentes, paisagens e ambientes que preenchem este nosso maravilhoso planeta.» (João Paulo Oliveira e Costa)
João Paulo Oliveira e Costa nasceu em Lisboa, a 1 de Abril de 1962. É professor catedrático de História, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, desde 2009. É director do Centro de História d'Aquém e d'Além-Mar (CHAM) e tem uma vasta obra historiográfica em que se destacam as obras O Japão e o Cristianismo no Século XVI. Ensaios de História Luso-Nipónica (1999), D. Manuel I, um Príncipe do Renascimento (2005), Henrique, o Infante (2009), Mare Nostrum - Em Busca de Honra e Riqueza (2013) e História da Expansão e do Império Português (coordenador e coautor, 2014). Foi presidente da Associação de Amizade Portugal-Japão (2000-2005), tendo sido recentemente condecorado pelo Imperador do Japão com a Ordem do Sol Nascente. É autor dos romances O Império dos Pardais (2008), O Fio do Tempo (2010), O Cavaleiro de Olivença (2012), O Samurai Negro (2016) e Xogum – O Senhor do Japão (2018).