A CAMINHO DO FESTIVAL DA CANÇÃO: "Perfeito" - Matay
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
«Há 50 anos, numa tarde prodigiosa, de um só fôlego, quase sem ensaios, era gravado um disco, a que depois chamaram "Encontro".
Uma tarde que foi também uma espécie de remate às sessões de gravação, lendárias, que Amália fez com o Conjunto de Guitarras de Raul Nery. Encontro entre dois improvisadores brilhantes, entre o Fado e o Jazz, entre Amália e (o norte-americano) Don Byas, idealizado por Luiz Villas-Boas. Encontro de grande modernidade que foi um dos mais notáveis percursores dessa moda, depois tão vulgarizada, da fusão entre géneros musicais. E se, para muitos, o saxofone de Don Byas foi – tal como o piano de Alain Oulman tinha sido, anos antes –, apenas um intruso num "disco de Amália", ninguém hoje pode negar o quanto ele inspirou, e até aguçou, um dos momentos mais virtuosos e inventivos da cantora.
Acima de tudo, "Encontro", mais do que alcançar uma perfeita fusão entre dois mundos, como tantos ainda hoje lamentam não ter alcançado, realça de forma exemplar a universalidade absoluta de Amália enquanto intérprete vocal. Foi essa musicalidade excelsa que cativou Don Byas, nessa tarde, e despertou, na sua intuição de grande músico, a vontade de transformar-se "apenas" em mais um dos seus acompanhadores. E mostrar-nos também, nos solos que preenchem tão distintamente as pausas do canto de Amália que, mesmo vindo do Jazz e sem dominar de todo a linguagem do Fado, consegue "estilar" com tanta melancolia.
Por esses solos, pelo respeitoso "acompanhamento" que faz à linha de canto de Amália, talvez mais perfeita aqui do que nunca, e pelo tão clássico cenário que o Conjunto de Guitarras de Raul Nery lhes propicia, este Encontro só pode suscitar mais uma nota: Ah! Fadistas!» (Frederico Santiago)
A casa que o aguarelista Alfredo Roque Gameiro manda fazer para si e para a sua família, em 1898, é testemunho do gosto e do ideário da elite nacionalista do Portugal fim de século. Traçada pelo risco do próprio Roque Gameiro, a casa teve importantes contributos do grande Rafael Bordalo Pinheiro e de Raul Lino, o inventor da "Casa Portuguesa". Mas a Casa Roque Gameiro foi, acima de tudo, o ninho e o ateliê da chamada "Tribo dos Pincéis": todos os cinco filhos de Roque Gameiro foram treinados como artistas e quase todos marcaram a paisagem estética da primeira metade do séc. XX português. Se considerarmos que duas das filhas de Alfredo Roque Gameiro se casam também com artistas relevantes - Leitão de Barros e Martins Barata - e que, até hoje, a Tribo continua a dar ao mundo artistas, estamos face a um caso raro na História da Arte portuguesa. Luís Cabral, curador de uma exposição sobre a Tribo dos Pincéis e bisneto de Alfredo Roque Gameiro, é o nosso guia nesta Visita à vida, obra e prole do maior nome da aguarela em Portugal.
A vida militar levou-o a Angola, Moçambique e Guiné-Bissau e, desde então, África nunca mais saiu da sua vida e dos seus escritos. Carlos Vale Ferraz, pseudónimo literário de Carlos Matos Gomes, é o mais recente Prémio Fernando Namora e está de regresso ao "Mar de Letras".
A Selecção Portuguesa de Futsal Masculino, campeã europeia, defronta a congénere brasileira, pentacampeã mundial, num jogo amigável, no Pavilhão João Rocha, em Lisboa.
Este é o primeiro de dois jogos de preparação, entre Portugal e Brasil, para a qualificação para o Campeonato Mundial de 2020.
Editora: Porto Editora
Sinopse: No Portugal festivo e individualista do fim da década de 80, Violeta, uma professora de 32 anos, engravida de Ildo, um aluno de 14 anos, filho de uma mãe solteira cabo-verdiana. O Insubmisso, novo jornal de uma elite em ascensão, perseguirá a história e descobrirá que o pai de Ildo é um cavaleiro tauromáquico aristocrata. O escândalo do chamado processo Violeta contrastará com o silêncio absoluto através do qual Ana Lúcia, amiga de Violeta, oculta a sua violação por um outro aluno de 14 anos da mesma escola. Este romance apaixonante interroga, com inteligência, imaginação e humor, os interditos de uma sociedade que se diz livre e despida de preconceitos. O processo Violeta é, afinal, o de um país de hábitos clandestinos, esconsos, sacrificiais e crepusculares.
Inês Pedrosa nasceu em Coimbra, em 1962. Tem uma vasta obra de ficção, crónica, dramaturgia e biografia, na qual se destacam os romances "Nas Tuas Mãos" (1997, Prémio Máxima de Literatura), "Fazes-me Falta" (2002, mais de 150 mil exemplares vendidos), "A Eternidade e o Desejo" (2007, finalista dos Prémios Portugal Telecom e Correntes d’Escritas), "Os Íntimos" (2010, Prémio Máxima de Literatura), "Dentro de Ti Ver o Mar" (2012) e "Desamparo" (2015). Livros seus estão publicados nos Estados Unidos da América, na Alemanha, no Brasil, na Croácia, em Espanha e em Itália. O seu percurso jornalístico foi distinguido com vários prémios. Dirigiu a Casa Fernando Pessoa entre 2008 e 2014. Trabalha também como tradutora e curadora de eventos literários. Participa no programa semanal de debate político "O Último Apaga a Luz" (RTP3) e no programa semanal de debate sobre literatura "A Páginas Tantas" (Antena 1). É autora e realizadora do programa semanal sobre questões de género "Um Homem, Uma Mulher" (Antena 1). Em 2017 lançou uma editora, Sibila Publicações. O "Processo Violeta" é o seu mais recente romance.
O Festival Às Vezes O Amor começa no Estúdio 24 da TVI. No próximo domingo, 27 de Janeiro, Cuca Roseta e João Pedro Pais vão estar no Estúdio 24 a apresentar este evento musical que começa no Dia dos Namorados, a 14 de Fevereiro, e termina apenas dia 16, em 17 cidades, de norte a sul do país, para celebrar o dia de São Valentim ao som de grandes nomes da música nacional.
Aurea, Cuca Roseta, David Fonseca, Diogo Piçarra, José Cid, Luísa Sobral, Raquel Tavares, Xutos & Pontapés, Amor Electro, Herman José, HMB, João Pedro Pais, Mafalda Veiga, Miguel Araújo, Sara Tavares, The Gift e Tiago Bettencourt são os escolhidos para aquecer os palcos e os corações.
Cuca Roseta continua o seu caminho, descobrindo-se e revelando-se plenamente, como intérprete, autora, compositora, letrista, mulher inteira no fado. Subirá ao palco do Coliseu dos Recreios, em Lisboa, para apresentar um concerto especial para celebrar o Dia dos Namorados. João Pedro Pais tem vinte anos de carreira, milhares de discos vendidos, centenas de concertos esgotados e, acima de tudo, um acervo de canções notáveis que continuam a soar bem e a fazer sentido. Verdadeiros clássicos que se voltam a ouvir e a descobrir tão vitais e inspiradores como da primeira vez.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.