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Sinfonia Dante, do húngaro Franz Liszt (1811 - 1886), nos Dias da Música em Belém, festival que, em 2018, é inspirado no mundo perturbante e fantástico das pinturas do holandês Hieronymus Bosch (1450 - 1516).
Como um filme que se baseia numa obra literária, Franz Liszt deixou-se guiar pela fascinante "A Divina Comédia", do italiano Dante Alighieri (1265 - 1321) e compôs, em 1855, uma sinfonia magistral. O imaginário sumptuoso do poeta toscano, repleto de alegorias morais e projecções místicas, espelha a dimensão grotesca da sua narrativa num diálogo despudorado com a partitura.
No longo andamento inicial é retratada uma dor imensa, um turbilhão de sensações inspirado na ideia de Inferno que preenche a primeira parte do livro. Ouve-se um rodopio frenético de ventos possessos, gritos e exclamações de horror, angústias cavernosas que contrastam com o marasmo da pretensa evocação do amor funesto de Francesca e Paolo. Nalgumas passagens apodera-se literalmente do texto, como nas primeiras melodias, que correspondem ao fraseio rítmico de "Per me si va nella città dolente" ("Entra-se por mim na cidade da tristeza"), palavras que se lêem quando o autor e protagonista da viagem se depara com as portas do inferno. E mais à frente, "Lasciate ogni speranza, voi ch'entrate!" ("Abandonai toda esperança, vós que entrastes"). Já o Purgatório explana-se em sonoridades bastante mais cristalinas, na ponderosa ascensão de Dante até ao brilho das estrelas.
Compassadamente, atinge-se um estado de ânimo que nos remete para a última parte do poema, o Paraíso, muito embora o compositor não o assuma com igual evidência. Sem interrupção, florescem na distância as vozes de um coro feminino entoando o cântico da Virgem Maria, "A minh'alma engrandece o Senhor".
Os Dias da Música deste ano inspiram-se no mundo perturbante e fantástico das pinturas de Hieronymus Bosch. Partem da observação das obras do mestre flamengo e ramificam num sem número de relações, que vão desde o universo de Dante até ao mito de Fausto.
Uma pluralidade de leituras que serão materializadas num Festival que se apresenta em forma de Tríptico, fórmula tão querida a Bosch.
Franz Liszt - Sinfonia Dante
Intérpretes:
Coro Sinfónico Lisboa Cantat
Orquestra Sinfónica Metropolitana
Direcção de Pedro Amaral
Concerto gravado no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, no dia 29 de Abril de 2018.
As melhores selecções de ténis de mesa do planeta reúnem-se em Halmstad, na Suécia, entre 29 de Abril e 6 de Maio, para mais uma edição dos Campeonatos do Mundo. Portugal marca presença na competição, uma vez mais, depois da equipa masculina ter atingido os quartos-de-final há dois anos, sendo derrotada pela Coreia do Sul por 3-1. A China é a nação campeã em título tanto no sector masculino como feminino.
Para os Mundiais de 2018, Portugal apresenta-se com Diogo Carvalho, João Geraldo, João Monteiro, Marco Freitas e Tiago Apolónia. A selecção lusa está inserida no Grupo B da 1.ª divisão junto com a campeã em título, China, e ainda Brasil, Rússia, República Checa e Coreia do Norte. A nação que vencer o grupo avança para os quartos-de-final, enquanto a segunda classificada segue para os oitavos- de-final.
Já a selecção feminina é constituída por Leila Oliveira, Marta Santos, Patrícia Santos, de apenas 13 anos, e Raquel Martins. Portugal está no Grupo C da terceira divisão junto com Estónia, Argélia, Turquemenistão, Macau e Bulgária.
Os jogos do Mundial de Halmstad 2018 vão poder ser acompanhados nos canais A Bola TV, Eurosport 1 e Eurosport 2.
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