CINE ESTREIA: "O Canto do Ossobó", de Silas Tiny
Realização: Silas Tiny
Assistência de realização: Teresa Andrade
Fotografia: João Vagos
Montagem: Raúl Domingues
Som: João Sales Moreira
Produção: Divina Comédia (Rui Alexandre Santos)
Sinopse: "Rio do Ouro e Água-Izé foram das maiores roças de produção de cacau em São Tomé e Príncipe durante o período colonial português. A sua produção chegou a ser a maior a nível mundial em princípios do século XX. Neste local, milhares de homens e mulheres foram marcados pelo trabalho forçado em regime equiparado à escravatura. A Roça lembra o poder e domínio, injustiça e dor. Hoje, a degradação alastra pelo espaço colocando em risco de extinção a memória colectiva santomense. Passados trinta anos de ausência, regresso ao meu país para encontrar os vestígios desse passado." (Silas Tiny)
Silas Tiny nasceu em São Tomé e Príncipe em 1982 e, com apenas 5 anos, emigra com a família para Portugal. Antes mesmo de concluir o curso de realização na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, em 2013, Silas realiza a sua primeira longa-metragem documental, "Bafatá Filme Clube", em que reflecte sobre a importância que a vila de Bafatá, na Guiné-Bissau, teve no período colonial e a sua posterior desertificação, através de um cinema desactivado que fora a alma da vila até à independência, em 1975 - ainda hoje este lugar é guardado pela figura fantasmagórica de Canjajá, o antigo projeccionista. Actualmente, trabalha na pós-produção do documentário "Constelações do Equador", sobre a ponte aérea São Tomé-Biafra.
Filmografia:
O Canto do Ossobó (doc., 2018)
Bafatá Filme Clube (doc., 2013)