CINE ESTREIA: "Fernando Lemos - Como, não é retrato?", de Jorge Silva Melo (Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa - 18h30)
Realização: Jorge Silva Melo
Imagem: José Luís Carvalhosa
Som: Armanda Carvalho
Montagem: Miguel Aguiar
Misturas: Nuno Carvalho
Produção: Artistas Unidos (Manuel João Águas, Pedro Jordão)
Sinopse: «Deixou Lisboa em 1953. Foi para São Paulo, Brasil. E deixou-nos a mais impressionante galeria de retratos, eu diria que desde Columbano: os seus amigos, actores, escritores, pintores que fotografou incessantemente naqueles três últimos anos que viveu em Portugal. E é pintor, gráfico, poeta. Como ele diz: "Fui estudante, serralheiro, marceneiro, estofador, impressor de litografia, desenhador, publicitário, professor, pintor, fotógrafo, tocador de gaita, emigrante, exilado, director de museu, assessor de ministros, pesquisador, jornalista, poeta, júri de concursos, conselheiro de pinacotecas, comissário de eventos internacionais, designer de feiras industriais, cenógrafo, pai de filhos, bolseiro, e tenho duas pátrias, uma que me fez e outra que ajudo a fazer. Como se vê, sou mais um português à procura de coisa melhor."
Este filme é um retrato em duas partes: uma longa entrevista em 2008, aquando de uma passagem por Lisboa, outra em 2017, em São Paulo. Uma vida. A vida feliz de um homem inquieto.» (Jorge Silva Melo)
"Fernando Lemos - Como, não é retrato?"
Jorge Silva Melo nasceu em Lisboa, em 1948. Estudou na London Film School. Fundou e dirigiu, com Luís Miguel Cintra, o Teatro da Cornucópia (1973/79). Bolseiro da Fundação Gulbenkian, estagiou em Berlim junto de Peter Stein e em Milão junto de Giorgio Strehler. É autor do libreto de Le Château dês Carpathes (baseado em Júlio Verne) de Philippe Hersant, das peças Seis Rapazes Três Raparigas; António, Um Rapaz de Lisboa; O Fim ou Tende Misericórdia de Nós; Prometeu; Num País Onde Não Querem Defender os Meus Direitos, Eu Não Quero Viver baseado em Kleist; de Não Sei (em colaboração com Miguel Borges ) e O Navio dos Negros. Fundou, em 1995, a sociedade Artistas Unidos de que é director artístico. Realizou longas e curtas-metragens e documentários. Traduziu obras de Carlo Goldoni, Luigi Pirandello, Oscar Wilde, Bertolt Brecht, Georg Büchner, Lovecraft, Michelangelo Antonioni, Pier Paolo Pasolini, Heiner Müller e Harold Pinter.
Filmografia:
Fernando Lemos - Como, não é retrato? (documentário, 2018)
Sofia Areal: Um Gabinete Anti-Dor (documentário, 2016)
Ainda Não Acabámos: Como se fosse uma carta (documentário, 2016)
Ana Vieira: E o que não é visto (curta-metragem, 2011)
Ângelo de Sousa: Tudo o que sou capaz (documentário, 2010)
Bartolomeu Cid dos Santos: Por Terras Devastadas (2009)
António Sena - A Mão Esquiva (documentário, 2009)
A Felicidade (curta-metragem, 2009)
A Gravura: Esta Mútua Aprendizagem (documentário, 2008)
Nikias Skapinakis: O Teatro dos Outros (documentário, 2008)
Álvaro Lapa: A Literatura (documentário, 2008)
As Conversas de Leça em casa de Álvaro Lapa (documentário, 2006)
Conversas com Glicínia (documentário, 2004)
António, Um Rapaz de Lisboa (2002)
A Marca de Bravo (documentário, 1999)
A Entrada na Vida (documentário, 1997)
Coitado do Jorge (1993)
Agosto (1988)
Ninguém Duas Vezes (1984)
Passagem ou a Meio Caminho (1980)
E não se pode exterminá-lo? (telefilme, 1979)