CINE ESTREIA: "Na Selva das Cidades", de André Sousa e João Sousa Cardoso
Realização: André Sousa e João Sousa Cardoso
Sinopse: Ensaio cinematográfico dos artistas portugueses André Sousa e João Sousa Cardoso rodado a partir da Casa do Povo, em São Paulo, Brasil, e realizado em diálogo com o texto original do poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898 - 1956).
Filmado e editado em apenas 28 dias, "Na Selva das Cidades" é o resultado de um processo de criação conduzido pela urgência que conta com mais de vinte actores brasileiros, de São Paulo, dirigidos pelos realizadores portugueses André Sousa e João Sousa Cardoso, unidos na procura de uma renovada experiência de cinema por meio do teatro. O filme nasce e desdobra-se a partir do momento vivido pela cidade de São Paulo, em Abril de 2016, cruzando registos de diversa natureza: ficcional, documental, diarístico ou material apropriado. Esta experiência metacinematográfica, inspirada no texto de Bertolt Brecht, problematiza as noções de trabalho e capitalismo, combate e intimidade nas sociedades contemporâneas. Mas pode ser também a história de dois amigos que se descobrem numa grande cidade.
André Sousa nasceu em 1980. Vive e trabalha entre Porto e Frankfurt, Alemanha. Estudou Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e, desde então, tem apresentado regularmente o seu trabalho. Foi co-responsável por espaços geridos por artistas como o PêSSEGOpráSEMANA (2002/07); Mad Woman in the Attic (2005/09) e Uma Certa Falta de Coerência (desde 2008, com Mauro Cerqueira). Em 2007 foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian na Spike Island (Bristol, Reino Unido) e, em 2009, na Kunstlerhaus Bethanien (Berlim, Alemanha), onde, no mesmo ano, publicou "Fabel/Fábula/Fable", com Tobias Hering. Em 2016 esteve em residência na Casa do Povo (São Paulo, Brasil) onde, com João Sousa Cardoso, co-realizou o filme "Na Selva das Cidades".
Filmografia:
Na Selva das Cidades (2017)
João Sousa Cardoso nasceu em 1977. Doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Paris Descartes (Sorbonne). Desenvolveu, em 2015, a criação TEATRO EXPANDIDO! no Teatro Municipal do Porto. Em 2014, criou MIMA-FATÁXA, a partir de Almada Negreiros, co-produzido pelo Maria Matos Teatro Municipal, Teatro Viriato, Centro Cultural Vila Flor, Teatro Municipal da Guarda e Teatro Virgínia. Criou ainda os espectáculos "Raso como o Chão" (2012) no Teatro Nacional São João, no Porto, "A Carbonária" (2008), com estreia no Teatro Municipal de Bragança, e "O Bobo" (2006), com apresentações nas Universidades de Paris 3, Paris 4, Paris 8 e Paris 10 e estreia nacional no Teatro Taborda, em Lisboa. Autor dos filmes "Cinema Mudo" (2006) e "2+2" (2008), estreado no Jeu de Paume, em Paris. Realizou os filmes "Baal", a partir de Bertolt Brecht (2013), "A Ronda da Noite", a partir de Heiner Müller (2013) e "A Santa Joana dos Matadouros", a partir de Bertolt Brecht (2014). Artista em residência na Fondazione Pistoletto (Itália), em 2002, e em Expédition – Plateforme Européenne d’Échanges Artistiques, a convite dos Laboratoires d’Aubervilliers, nas cidades de Amesterdão, Viena e Paris, entre 2007 e 2008. Integrou a exposição "Às Artes, Cidadãos!", no Museu de Serralves, em 2010. Realizou, com André Sousa, o filme "Na Selva das Cidades", rodado em São Paulo (Brasil), produzido pela Casa do Povo com o apoio da Fundação Manuel António da Mota.
Filmografia:
Na Selva das Cidades (2017)
A Santa Joana dos Matadouros (2014)
A Ronda da Noite (2013)
Baal (2013)
2+2 (2008)
Cinema Mudo (2006)