Mário Centeno eleito Presidente do Eurogrupo
O ministro das finanças português, Mário Centeno, acaba de ser eleito presidente do Eurogrupo na eleição que decorreu esta segunda-feira, em Bruxelas.
Mário Centeno, apontado como o principal favorito à vitória, era apoiado pelos socialistas europeus e conseguiu os votos necessários para ultrapassar os outros candidatos: Pierre Gramegna (Luxemburgo), Dana Reizniece-Ozola (Letónia) e Peter Kazimir (Eslováquia). Estes dois últimos desistiram na primeira volta e o ministro português foi à segunda volta com o congénere luxemburguês.
O Eurogrupo, criado pelo Conselho Europeu em 1997, é constituído pelos Ministros das Finanças dos Estados-Membros da Zona Euro que se reúnem mensalmente para coordenar a política económica da moeda comum, o Euro. Até 2005, o Eurogrupo era presidido pelo Ministro do Estado-Membro que estivesse a presidir o Conselho da União Europeia ou, se esse Estado não fizesse parte da Zona Euro, pelo Ministro do Estado que ia assumir a presidência seguinte. Depois, passou a eleger-se um Presidente. O primeiro foi o luxemburguês Jean-Claude Juncker, de 2005 a 2013. Seguiu-se-lhe o holandês Jeroen Dijsselbloem. O terceiro presidente do Eurogrupo será o português Mário Centeno.
Mário Centeno nasceu em Olhão, a 9 de Dezembro de 1966. É licenciado em Economia e mestre em Matemática Aplicada pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa, mestre e doutorado em Economia pela Harvard Business School da Universidade de Harvard (EUA). Foi economista do Banco de Portugal e director-adjunto do Departamento de Estudos Económicos. Integrou o Comité de Política Económica da União Europeia e foi presidente do Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento das Estatísticas Macroeconómicas, no Conselho Superior de Estatística. É também professor catedrático do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa.
Mário Centeno é Ministro das Finanças desde 26 de Novembro de 2015, integrando o XXI Governo Constitucional. A recuperação das finanças portuguesas, depois dos anos de crise, fizeram de Portugal um exemplo a seguir e colocaram na ribalta Mário Centeno, que chegou a ser apelidado de "Ronaldo das Finanças", o que o levou a ser o principal favorito nestas eleições e a colocar Portugal de novo no topo de uma grande instituição europeia.