Texto: Marta Dias (baseado em poemas de Alice Vieira)
Encenação: Marta Dias
Cenografia: Marisa Fernandes
Desenho de luz/vídeo: Aurélio Vasques
Figurinos: Dino Alves
Coreografia: Cláudia Nóvoa
Desenho de som: Sandro Esperança
Elenco: Ana Guiomar, André Patrício, António Fonseca, Catarina Moreira Pires, Emanuel Rodrigues, Madalena Almeida, Miguel Lopes Rodrigues, Sílvia Filipe, Vítor d'Andrade
Sinopse: Quando começamos a dizer "Naquele tempo…", é porque tudo mudou. O mundo mudou. Somos outros, agora. E agora? O amor, que um dia nasceu, sobrevive? O que é, ao compasso dos dias e dos anos, dos segundos que suportam a nossa vida? O que é o amor, através da distância, guardado na memória, enquanto se espera (e se tem esperança)?
Ana tem uma história, feita de muitas histórias, que atravessa a História. Ela vai levar-nos através da cidade cinzenta, da cidade em chamas, de revoluções e cantigas de embalar, pelo barulho das rotativas, pelo cheiro a tinta e pelas palavras escolhidas com cuidado. Ela vai abrir todos os livros, dobrar as esquinas de todas as ruas e levar-nos pelo meio dos retratos desfocados do passado, pela alegria e pela serenidade dos dias em família, pela poeira do tempo que escorre, pelo silêncio da noite… vendo os ramos das árvores balouçarem e crescerem.
Com o subtítulo uma peça poética sobre o amor e a espera(nça), este texto conta a história de um amor imenso e impossível, que abarca a vida de uma mulher e, assim, os últimos setenta anos da História do nosso país, reflectindo as mudanças de ordem política, económica e cultural que se verificaram, através da sua vivência, das suas palavras.