NOVO ÁLBUM: "The Blues Experience" - Budda Power Blues & Maria João
Concerto de Apresentação
Centro Cultural de Belém, Lisboa (2 Março, 21h00)
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Concerto de Apresentação
Centro Cultural de Belém, Lisboa (2 Março, 21h00)
Esta quarta-feira, 1 de Março, a Fundação Champalimaud, em Lisboa, inaugura a exposição "Ressonâncias: da voz e dos ecos".
São mais de 100 obras de Graça Morais, uma das maiores pintoras portuguesas, que reflectem três décadas de um trabalho centrado no figurativo e no ser humano.
Graça Morais nasceu em Março de 1948, na aldeia do Vieiro, concelho de Vila Flor, região de Trás-os-Montes. O seu trabalho une a região onde nasceu ao universo global.
O desenho, mais do que a pintura - que na obra de Graça Morais frequentemente se indistinguem, combinam ou sobrepõem - radicou sempre como actividade dorsal em todo o processo de criação.
Ao longo de mais de quarenta anos de carreira artística, a sua obra tem vindo a evoluir numa constante reinvenção, experimentação e até revisitação de temas e abordagens anteriores, ao mesmo tempo que vem mantendo, numa polaridade de opções e estratégias visuais, a unidade e a singularidade de uma obra que não pára de nos surpreender. Prova disso é a genealogia dos trabalhos que agora se apresentam, na sua maioria inéditos que, não obstante o campo fragmentário de temas e intervalos temporais que os originam, têm na associação da palavra escrita ao desenho e à pintura o denominador comum.
Sem qualquer pretensão ou filiação literária, Graça Morais tem vindo a realizar um conjunto muito diverso de escritos, seja como complemento do desenho, seja extrínseco ao trabalho pictórico que, em distintas ocasiões, tomaram a forma de diário. No entanto, o registo diarístico nunca foi um acto metódico ou organizado para Graça Morais. Os seus diários vários sobrevêm, como refere, "pelo prazer de escolher cadernos, blocos, diversos papéis, que são a minha paixão. Os escritos sucedem-se sem ordem, num verdadeiro caos. Vou desenhando imagens, apontando ideias, pequenas frases."
Ocasionais e sem a continuidade própria do género, estes trabalhos acontecem usualmente fora do habitual espaço de criação, materializados em diversos cadernos e blocos de papel ou pequenas folhas soltas. São os sentidos que determinam o discurso, são o modo como a artista se interroga sobre assuntos tão diversos como os pequenos nadas do quotidiano, a arte, a condição humana ou a sua percepção do mundo.
A variação de suportes destes Diários sem Ordem é consentânea com a diversidade da gramática estilística, a que dá forma a partir do vigoroso desenho das figurações a carvão e a pastel, que combina e complementa com a palavra escrita, à qual se impõe, pelo imediatismo do gesto, uma opacificação do que é dito.
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