Curta-metragem portuguesa vence Urso de Ouro no Festival de Berlim
E o Cinema Português volta a festejar no Festival de Berlim, um dos mais prestigiados festivais de cinema a nível mundial.
De 9 a 19 de Fevereiro, realizou-se a 67ª edição do Festival de Cinema de Berlim e, pelo segundo ano consecutivo, o Urso de Ouro para Melhor Curta-Metragem veio para Portugal. Depois de, em 2016, ter sido distinguida a curta-metragem lusa "Balada de um Batráquio", de Leonor Teles, em 2017, o prémio foi para "Cidade Pequena", de Diogo Costa Amarante, na sua segunda participação no festival berlinense. Este Urso de Ouro eleva para três o número de galardões atribuídos a curtas-metragens portuguesas no Festival de Berlim, depois de "Rafa", de João Salaviza, em 2012, e de "Balada de um Batráquio", de Leonor Teles, em 2016.
Diogo Costa Amarante nasceu em 1982, em Oliveira de Azeméis. Licenciou-se em Direito, na Universidade de Coimbra, mas, em 2007, mudou-se para Barcelona para iniciar a sua formação em Cinema. Foi em Espanha que realizou o seu primeiro filme, "Jumate", um documentário sobre uma romena que nasceu e cresceu num circo e que venceu o prémio de Melhor Filme no DocumentaMadrid08.
Depois desta primeira obra, seguiram-se "We Have Legs/Time Flies" (2008), "Em Janeiro, talvez" (2009), "Down Here" (2011), "As Rosas Brancas" (2013) e "Cidade Pequena" (2016), agora aclamada em Berlim. O filme, escrito, produzido e realizado por Diogo Costa Amarante, aborda o momento da tomada de consciência da morte por uma criança e a mudança que essa percepção representa na sua vida. Curiosamente, os protagonistas da curta-metragem são o sobrinho e a irmã do realizador.
Mas houve mais motivos de festa para o cinema português já que a curta-metragem "Os Humores Artificiais", de Gabriel Abrantes, foi o filme da Competição de Curtas do Festival de Berlim nomeado para os European Film Awards (EFA), na categoria de Melhor Curta-Metragem Europeia em 2017.