O amor corre pelas ruas e vielas da capital: o conde de Vimioso perdeu-se de amores pela fadista Severa, e Sá-Carneiro apaixonou-se na amena Lisboa por uma «princesa nórdica num esquife de gelo». As «estórias» lisboetas são tantas que muitas se perderam no tempo, mas nada como recuperá-las: a tentativa do rei D. Manuel I para realizar um combate entre um rinoceronte e um elefante, ou o facto de o embaixador francês em Lisboa Jean Nicot ter sido responsável por pôr o resto do mundo a fumar, ao tornar-se o primeiro importador de tabaco no século XVI. Estas são algumas das histórias que o jornalista Luís Ribeiro nos apresenta num livro que nos revela uma cidade única e singular que tantas vezes calcorreamos, mas da qual, por vezes, tão pouco sabemos.
Luís Ribeiro nasceu em Lisboa em 1976. Vinte e três anos mais tarde, em 1999, integrou os quadros da revista Visão. Teve o seu baptismo de fogo quatro meses depois, ao ser enviado para São Jorge, nos Açores, para cobrir o acidente do voo ATP SP530M, que matou 35 pessoas. Daí para cá, já fez reportagens na Gronelândia e em Svalbard, onde assistiu, em directo, às consequências do aquecimento global no Ártico; viajou para o Paquistão, de onde escreveu a história do atentado que matou Benazir Bhutto; passou pelo deserto do Saara e pelas bases militares da NATO em Sarajevo e no Kosovo; cobriu as trágicas enxurradas de 2007 em Moçambique e de 2010 na Madeira. Entretanto, em 2004, venceu o prémio nacional de imprensa «Jornalismo pela Tolerância», atribuído pelo Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas, com a reportagem «De Portugal, com amor», feito na Ucrânia durante a Revolução Laranja. É autor de "Histórias do Tejo".