Ano: 1991
Realização: Cecília Netto
Argumento: Nuno Júdice
Elenco: Rui Pisco, Alexandre Melo, Vicente Galfo, Benjamin Falcão, José Manuel Mendes, José Neto
Sinopse: A 11 de Setembro de 1891, pelas 8 horas da noite, o poeta Antero de Quental põe termo à vida com dois tiros de pistola na boca. Terminou assim a vida de uma das figuras mais interessantes, mas também mais amarguradas, do nosso século XIX.
Poeta, pensador e panfletário, Antero de Quental nasce em 1842, em Ponta Delgada, indo, após a adolescência, para Lisboa e depois para Coimbra, estudar Direito. Aí conhece Eça de Queiroz (entre outros) e forma o seu pensamento positivista e anti-romântico. Mas a verdade é que o seu temperamento era religioso e muito imbuído do espírito do romantismo.
Em 1855 publica "Odes Modernas" e vai para Lisboa trabalhar como tipógrafo. Segue depois para Paris onde exerce a mesma profissão. Paralelamente vai desenvolvendo contactos de modo a formar ligas revolucionárias socialistas.
Participante nas Conferências do Casino, defende ideais positivistas. Mas as suas contradições vêm à superfície e a sua saúde agrava-se. Sempre profundamente solitário, muda de casa e de cidade, sem se conseguir fixar a um lugar ou a relações afectivas estáveis. Antes de regressar definitivamente aos Açores, onde se suicida, vive em Vila do Conde, altura em que publica "Sonetos Completos".
Um documentário com guião de Nuno Júdice e realização de Cecília Netto e que conta com as interpretações de Rui Pisco, Alexandre Melo, Vicente Galfo, Benjamin Falcão, José Manuel Mendes e José Neto nas reconstituições encenadas sobre certos passos da vida de Antero de Quental.