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alma-lusa

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14
Abr16

CINE ESTREIA: "Ainda Não Acabámos - como se fosse uma carta", de Jorge Silva Melo

ainda não acabámos.jpg

 

 

Realização: Jorge Silva Melo

Produção: Artistas Unidos

Direcção de Fotografia: José Luís Carvalhosa

Som: Armanda Carvalho

Montagem: Miguel Aguiar e Vítor Alves

 

Com: Américo Silva, António Simão, Catarina Wallenstein, Jean Jourdheuil (França), Spiro Scimone (Itália), Elmano Sancho, Manuel Wiborg, Isabel Muñoz Cardoso, Sylvie Rocha, Fernando Lemos, Jorge Martins, João Pedro Mamede, José Medeiros Ferreira, Pedro Carraca, João Meireles, Vânia Rodrigues, Maria João Pinho, Maria João Luís, Miguel Borges, Pedro Gil, Rita Brütt, Rúben Gomes, Sofia Areal

 

Sinopse: Uma deambulação por meio século, sim, uma carta talvez. Viagens pela minha vida, podia chamar-lhe eu, que tanto gosto de Garrett. Um traveling como ele gostaria, uma história solta, memórias, projectos, encontros. Também porque, desde 1995, tenho feito vários retratos de artistas (Palolo, Bravo, Lapa, Skapinakis, Bartolomeu, Ângelo, Sena, Ana Vieira e preparo Sofia Areal e Fernando Lemos), comecei a pensar que é isso a minha vida, estes encontros, ver, ouvir, cortar, mostrar, provocar. Quero, com este, filme continuar a mostrar o que vejo.

 

Sou eu que escrevo esta carta, como se fosse uma carta, sim, sou eu. Não tanto para falar de mim, mas do que me prometeram, daquilo que perdi, daquilo que consegui continuar. Prometeram-me um mundo de linhas simples, cresci quando se fazia, ao lado da minha escola, o edifício das Águas Livres de Nuno Teotónio Pereira, Portugal saía do português-suave que se sobrepôs ao modernismo. O mundo que imaginei meu seria assim, simples, sem enfeites. Foi o que me prometeram tantos dos que vieram antes de mim. Visito aqui os locais - nem todos - que me disseram seriam os da minha vida. Que foi feita por outros que a desenharam. Em Lisboa, ou em Paris, onde trabalhei e onde me sinto em casa. Ou Roma onde não cheguei a instalar-me. Lembro muita gente que me contou o mundo - mas nem todos... É uma carta. Ou... É um auto-retrato (auto-filme? auto-golo) comigo de costas: para que quem veja, veja o que eu vejo. Aquilo que vejo (vi, verei) será aquilo que sou? Mas é uma carta, é a ti que quero contar, a ti, rapaz que quiseste ser actor. (Jorge Silva Melo)

 

 

Jorge_Silva_Melo,_feb_2009.jpg

 

Jorge Silva Melo nasceu em Lisboa, em 1948. Estudou na London Film School. Fundou e dirigiu, com Luís Miguel Cintra, o Teatro da Cornucópia (1973/79). Bolseiro da Fundação Gulbenkian, estagiou em Berlim junto de Peter Stein e em Milão junto de Giorgio Strehler. É autor do libreto de Le Château dês Carpathes (baseado em Júlio Verne), de Philippe Hersant, das peças Seis Rapazes Três Raparigas, António, Um Rapaz de Lisboa, O Fim ou Tende Misericórdia de Nós, Prometeu, Num País Onde Não Querem Defender os Meus Direitos, Eu Não Quero Viver baseado em Kleist, de Não Sei (em colaboração com Miguel Borges) e O Navio dos Negros. Fundou, em 1995, a sociedade Artistas Unidos de que é director artístico. Realizou as longas-metragens Passagem ou A Meio Caminho, Ninguém Duas Vezes, Agosto, Coitado do JorgeAntónio, Um Rapaz de Lisboa, a curta-metragem A Felicidade e vários documentários. Traduziu obras de Carlo Goldoni, Luigi Pirandello, Oscar Wilde, Bertolt Brecht, Georg Büchner, Lovecraft, Michelangelo Antonioni, Pier Paolo Pasolini, Heiner Müller e Harold Pinter.

 

Filmografia: 

 

Ainda Não Acabámos: Como se fosse uma carta (documentário, 2016)

Ana Vieira: E o que não é visto (curta-metragem, 2011)

Ângelo de Sousa: Tudo o que sou capaz (documentário, 2010)

Bartolomeu Cid dos Santos: Por Terras Devastadas (2009)

António Sena - A Mão Esquiva (documentário, 2009)

A Felicidade (curta-metragem, 2009)

A Gravura: Esta Mútua Aprendizagem (documentário, 2008)

Nikias Skapinakis: O Teatro dos Outros (documentário, 2008)

Álvaro Lapa: A Literatura (documentário, 2008)

As Conversas de Leça em casa de Álvaro Lapa (documentário, 2006)

Conversas com Glicínia (documentário, 2004)

António, Um Rapaz de Lisboa (2002)

A Marca de Bravo (documentário, 1999)

A Entrada na Vida (documentário, 1997)

Coitado do Jorge (1993)

Agosto (1988)

Ninguém Duas Vezes (1984)

Passagem ou a Meio Caminho (1980)

E não se pode exterminá-lo? (telefilme, 1979)

14
Abr16

CINE ESTREIA: "O Rio do Ouro", de Paulo Rocha

rio ouro.jpg

 

 

Ano: 1999

Realização: Paulo Rocha (1935 - 2012)

Argumento: Regina Guimarães, Paulo Rocha, Cláudia Tomaz

Música: José Mário Branco

 

Elenco: Isabel Ruth, Lima Duarte (Brasil), João Cardoso, Joana Bárcia, António Capelo, José Mário Branco, Filipe Cochofel, António João Rodrigues, Alice Silva, Vitalina Beleza, Absinthe Abramovici (França), Joana Mayer, Saguenail (França), Maria José Marinho, Marco Fernandes, Pedro Santos, Diana Sá, João Pedro Bénard, Agui Pinto

 

Sinopse: Nas margens ensaguentadas do Rio do Ouro, uma balada de ciúme, um grande e horrível crime ambientado num meio popular. Um velho casal casa-se. Ela é guarda-cancela, ele é o patrão do barco-draga. Mélita, a sobrinha, cai ao rio, grita por socorro, António salva-a. Carolina morre de ciúmes. Num comboio, um cigano um nadinha vidente, o Zé dos Ouros, quer vender um colar a Mélita. Ai dele, vê o passado da inocente rapariga: numa vida anterior, ela teria matado o amante e pintado com sangue dele o quarto do seu amor. Aterrado, Zé foge. Carolina vai atrás dele, rouba-lhe o colar e acaba por se tornar sua amante. Quer que o cigano lhe desvende o segredo, lhe explique o que viu. Enquanto o velho António se sente cada vez mais atraído pela sobrinha, Carolina sonha, vê tudo vermelho de sangue. O Zé já não tem medo de Mélita, quer deixar a amante. A guarda-cancela sente-se traída por todos, vê uma grande faca diante de si...

 

Quinze anos depois da sua estreia nos cinemas, e por ocasião da edição em DVD em conjunto com o filme "Se eu fosse Ladrão... Roubava", a Midas Filmes, em associação com a Cinemateca Portuguesa, repõe nos cinemas, e em versão digital restaurada, "O Rio do Ouro", de Paulo Rocha, de 14 a 20 de Abril, no Cinema Ideal, em Lisboa.

 

 

 

Paulo Rocha nasceu no Porto, em 1935, e morreu em Vila Nova de Gaia, em Dezembro de 2012. «Figura crucial no lançamento do Cinema Novo português, de que os seus primeiros filmes, "Os Verdes Anos" e "Mudar de Vida", são títulos fundamentais, Paulo Rocha foi, durante os últimos 50 anos, um autor central da moderna cinematografia portuguesa. A sua obra compõe um olhar de conjunto sobre a "portugalidade", a partir de uma série de encontros e de choques: entre o país urbano e o país rural, ou entre a modernidade cultural e as tradições populares, por vezes em diálogo com formas e expressões culturais exógenas, como sucede nos seus filmes ("A Ilha dos Amores", por exemplo) que reflectem a presença portuguesa no Extremo Oriente, também a partir de uma vivência pessoal (Paulo Rocha viveu muitos anos no Japão, trabalhando como Adido Cultural). Foi assistente de Jean Renoir em "Le Caporal Epinglé" e um dos colaboradores de Manoel de Oliveira em "Acto da Primavera".  (Cinemateca Portuguesa)
 
 
Filmografia:
 
Se Eu Fosse Ladrão... Roubava (2013)
 
Vanitas (2004)
 
As Sereias (documentário, 2001)
 
A Raiz do Coração (2000)
  
O Rio do Ouro (1999)
 
Camões - Tanta Guerra, Tanto Engano (vídeo, 1998)
 
Cinéma, de notre temps (documentário TV, 1993 - 1995)
 
Portugaru San - O Sr. Portugal em Tokushima (vídeo, 1993)
 
Máscara de Aço contra Abismo Azul (telefilme, 1989)
 
O Desejado (1987)
 
A Ilha de Moraes (documentário, 1984)
 
A Ilha dos Amores (1982)
 
A Pousada das Chagas (curta-metragem, 1972)
 
Sever do Vouga... Uma Experiência (curta-metragem, 1971)
 
Mudar de Vida (1966)
 
Os Verdes Anos (1963)

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