O nascimento e encerramento da Casa dos Estudantes do Império é uma forma de entender a transfiguração do Estado Novo. A tentativa, falhada, do regime apoiar e, especialmente, controlar os estudantes universitários provenientes das ex-colónias é a consequência da evolução da política de Portugal.
Em meados do século XX, vindos dos confins do Portugal uno e indivisível, muitos juntaram-se em Lisboa e sonharam ser livres. E, num percurso de mágoas e sucessos, fugindo à centralização do ideal do Império Português que se estendia do Minho a Timor, um número significativo deles teve um papel fundamental na autodeterminação dos seus países.
É para partilhar histórias do percurso feito desde a Casa dos Estudantes do Império até às independências africanas que personalidades incontornáveis da política como Joaquim Chissano (Moçambique), Pedro Pires (Cabo Verde), Miguel Trovoada (S. Tomé e Príncipe), França Van-Dunen (Angola), Pascoal Mucumbi (Moçambique), Mário Machungo (Moçambique), e também Jorge Sampaio e Vítor Ramalho, marcarão presença neste debate especial moderado por Fátima Campos Ferreira, no ano em que assinalam 40 anos da Descolonização.
"A Geração da Liberdade", esta segunda-feira às 21h50, na RTP1.