"A Cidade na Ponta dos Dedos" - Dona Quitéria/ Art Parking/ Absolut Warhol
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Fazendo justiça ao que nos deixou escrito o grande Al-Mutamid, o rei-poeta de Sevilha entre 1069 e 1091, o castelo da cidade muçulmana de Silves permanece de uma beleza desconcertante. E o poço-cisterna, do período imediatamente anterior à reconquista cristã, é emocionante se conhecido pela mão de Rosa Varela Gomes, a arqueóloga que escavou os vestígios do al-Andalus em Silves. O lado português da Península Ibérica foi muçulmano durante quase cinco séculos, herança que lateja na nossa cultura e nas nossas veias.
Há tocadores de canas-rachadas, tal como há quem toque tracanholas ou tabuínhas para acompanhar os acordeonistas. Mas, para lá dos instrumentos, a oralidade destaca-se e assume-se como o principal veículo da cultura algarvia. Para além de trava-línguas, encontramos fado acompanhado por beatbox, alaúdes e valsas que devem ser dançadas mais lentas, conhecidas como marcadinhas. E há quem não desista de cantar com uma enxada na mão, apesar de estar confinado a uma cadeira de rodas.
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