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Kepler-444
Um grupo internacional de astrofísicos, liderado pelo investigador português Tiago Campante, da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, descobriu um sistema solar que tem cinco planetas idênticos à Terra e que se formou numa fase ainda jovem do universo, há cerca de 11,2 mil milhões de anos. A descoberta foi publicada hoje na revista científica "The Astrophysical Journal".
A equipa que fez esta descoberta contou com 41 investigadores de 25 institutos de vários países, incluindo o português Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, que reúne investigadores das Universidades de Lisboa e do Porto. A equipa estudou as observações feitas pelo telescópio espacial Kepler ao longo de quatro anos e descobriu o, agora designado, Kepler-444, que se assemelha a uma miniatura do sistema solar: os seus cinco planetas de tipo rochoso, idênticos à Terra, estão comprimidos em órbitas muito próximas da sua estrela.
Este sistema com cinco planetas ter-se-á formado há 11,2 mil milhões de anos, ou seja, quando o Universo tinha um quinto dos actuais 13,8 mil milhões de anos de idade. Isto significa que, quando o Planeta Terra se formou, os cinco planetas deste sistema 2,5 vezes mais antigo do que o nosso Sistema Solar, já eram mais velhos do que a idade actual da Terra, o que faz com que este seja o mais antigo sistema estelar conhecido a albergar planetas do tipo terrestre.
Para além do português Tiago Campante, que liderou o estudo, esta equipa internacional contou ainda com os portugueses Nuno Santos e Sérgio Sousa, e o arménio Vardan Adibekyan, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.
A história portuguesa da perseguição aos judeus, a partir do início do séc. XVI, é muito mais complexa do que parece à primeira vista. A verdade é que Portugal foi, durante séculos, o oásis europeu da coabitação pacífica entre cristãos, muçulmanos e judeus. A Sinagoga de Tomar, fundada em meados do séc. XV, bem no centro da cidade, é o pretexto para uma revisão da relação de Portugal com os judeus.

Sinopse: «Um companheiro de Auschwitz pergunta a Primo Levi por que motivo já não se preocupa com a higiene. Ele responde simplesmente: "Para quê, se daqui a meia hora estarei de novo a trabalhar com sacos de carvão?” É desse companheiro que recebe a primeira e talvez principal lição de sobrevivência: "Lavarmo-nos é reagir, é não deixar que nos reduzam a animais; é lutar para viver, para poder contar, para testemunhar; é manter a última faculdade do ser humano: a faculdade de negar o nosso consentimento”.» A capacidade de sobrevivência do ser humano é notável e, por mais terrível que fosse a existência em Auschwitz, todos os dias se lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo do mal absoluto preconizado pelo nazismo. Foi ali que judeus e ciganos serviram de cobaias às diabólicas experiências médicas, que acima de um milhão de seres humanos foram gaseados e que mais de 200 mil homens, mulheres e crianças morreram de fome, frio e doença, de exaustão e brutalidade, ou simplesmente de solidão e desesperança. No entanto muitos presos resistiam à total desumanização esforçando-se por manter alguma dignidade. Cuidar da higiene, ler, escrever, desenhar, ajudar alguém a sobreviver ou até a morrer eram actos que atribuíam condição humana a quem parecia ter desistido de viver. Esther Mucznik, autora dos livros Grácia Nasi e Portugueses no Holocausto, dá-nos a conhecer o dia-a-dia de Auschwitz através das vozes daqueles que ali acabaram por perecer e dos seus carrascos, do insuportável silêncio das crianças massacradas, das mulheres e homens violentados em bárbaras experiências médicas, mas também através dos relatos daqueles que sobreviveram para contar e manter viva a memória do horror da máquina de morte nazi. Para que ninguém possa alguma vez esquecer.

Esther Mucznik, filha de pais polacos, nasceu em Lisboa, viveu em Israel e em Paris onde estudou, respectivamente, Língua e Cultura Hebraicas e Sociologia na Sorbonne. É vice-presidente da Comunidade Israelita de Lisboa (CIL) e fundadora, em 1994, da Associação Portuguesa de Estudos Judaicos. É presidente e fundadora da Memoshoá – Associação Memória e Ensino do Holocausto –, co-fundadora do Fórum Abraâmico de Portugal para o diálogo inter-religioso e membro da Comissão Nacional de Liberdade Religiosa. Foi colunista do jornal Público de 2002 a 2011. Estudiosa das questões judaicas, tem coordenado cursos e seminários sobre história e cultura judaica, liberdade religiosa e diálogo inter-religioso, Israel e o Médio Oriente, e publicado numerosos trabalhos sobre estas temáticas, entre os quais Grácia Nasi - A judia portuguesa do século XVI que desafiou o seu próprio destino (2010) e Portugueses no Holocausto - Histórias das vítimas dos campos de concentração, dos cônsules que salvaram vidas e dos resistentes que lutaram contra o nazismo (2012).
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