Direcção Musical: Laurent Filipe

Co-direcção musical, piano, teclas e adaptações: Miguel Braga

Orquestrações e Arranjos: Carlos Azevedo, Tomás Pimentel e Marino Freitas

Apresentação: Paula Castelar

Artistas convidados: Carlos do Carmo, Carminho, Camané, Cristina Nóbrega, Lilian Raquel, André Sarbib, João Paulo Esteves da Silva, Pedro Jóia, Carlos Azevedo

Instrumentistas: Ana Pereira (violino), Ana Filipa Serrão (violino), Joana Cipriano (viola), Ana Cláudia Serrão (violoncelo), Carlos Manuel Proença (viola), Diogo Clemente (viola), José Manuel Neto (guitarra), Marino Feitas (baixo), Tomás Pimentel (flugel), Luís Cunha (trombone), Ricardo Toscano (saxofone e clarinete), Bernardo Tinoco (saxofone), Yuri Daniel (baixo e contrabaixo), Alexandre Frazão (bateria), Cláudio Ribeiro (guitarra)

Sinopse: Retrato de um Génio - É difícil conhecer um génio, mas é fácil reconhecê-lo. Feito de todas as dúvidas que surgem na imensidão das infinitas probabilidades e da incerteza de tudo, José Luís Tinoco é assim: o génio febrilmente à procura do elemento, do acorde, da palavra, da perfeição, do improvável, do não-óbvio e do impossível. Meticuloso, insatisfeito, multifacetado e imprevisível, trabalha à exaustão o núcleo motivador da obra. Escreve música num código indecifrável, só seu, onde se oculta o segredo do Mestre, a fórmula por revelar. O repertório seleccionado para este concerto segue o percurso do autor desde a paixão pelo jazz à passagem pelo rock progressivo e à autoria de canções para festivais. Inclui ainda alguns dos "novos fados" e canções, caracterizados por um estilo próprio, feitos muitas vezes da parceria com alguns dos maiores poetas portugueses. Conhecer e reconhecer José Luís Tinoco é o enorme privilégio de partilhar a vasta sabedoria e o percurso de uma das figuras mais marcantes da cultura portuguesa dos últimos cinquenta anos. É ter o luxo de fazer um pouco parte da sua história! Muito obrigado, Mestre! (Laurent Filipe)

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Em Matosinhos, a ligação a Santiago e às rotas seculares das peregrinações religiosas é óbvia e muitos são os locais de abrigo e de protecção contra salteadores, lobos e intempéries. O Mosteiro de Bouças foi um deles, mas o Mosteiro de Leça do Balio é paradigmático no conjunto de locais de acolhimento e assistência aos romeiros que iam visitar o túmulo do Apóstolo em Santiago de Compostela, na Galiza (Espanha).

O Mosteiro de Leça do Balio, magnífico monumento do gótico português, integra-se no vasto Património da Humanidade pelos itinerários dos Caminhos de Santiago percorridos por peregrinos de toda a Europa. A Ordem dos Hospitalários, que neste mosteiro veio a fazer, no século XII, a sua casa mãe em Portugal, dedicava-se a esta caridosa assistência, a exemplo de outras ordens. Os romeiros que passam em Matosinhos rumo a Santiago calcorreiam pela Via Bracarii, ou pela Karraria Antiqua ou pela Via Veteris, e atravessam o concelho norteando para Santiago de Compostela. Daí, a forte e indissociável ligação do concelho a esta peregrinação e a sua riqueza em memórias e testemunhos antiquíssimos.

Com o propósito de reavivar memórias e tradições dispersas e em risco, e de valorizar a Peregrinação a Santiago e os seus testemunhos no concelho, realiza-se mais uma vez, na envolvente do Mosteiro de Leça do Balio, a feira medieval "Os Hospitalários no Caminho de Santiago". Esta é a recriação histórica do artesanato, da música, mercados e tabernas medievais, saltimbancos, mas também conferências e visitas guiadas ao mosteiro que cria um cenário singular e mágico.