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alma-lusa

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19
Jun14

LUSOS NO MUNDO - Zeinal Bava (presidente-executivo Oi - Rio de Janeiro, Brasil)

 

"Como é que um português faz contas de cabeça? Com o lápis atrás da orelha." Esta é só uma das muitas anedotas sobre portugueses que se contam no Brasil, mas já não corresponde ao perfil dos gestores e empresários portugueses no país. Seguramente não a de Zeinal Bava, um dos condecorados pelo Presidente da República nas cerimónias do passado 10 de Junho.

 

Há um ano, assim que assumiu o cargo de presidente-executivo da OI, foi rapidíssimo a fazer contas: cortou os dividendos dos accionistas em 75%, o que fez o valor das acções disparar imediatamente; contratou mais cinco mil técnicos para materializar a aposta na inovação; vendeu os activos não estratégicos para abater dívida; incluiu as multas do regulador nos critérios para a definição dos prémios dos colaboradores - o que já levou a uma diminuição de 20% nas reclamações dos clientes; fez um acordo com a Globo para difundir 43 canais da rede com maiores audiências no Brasil, através da Oi TV, uma plataforma semelhante à MEO, com capacidade para 200 canais em alta definição; e iniciou um road show pela Europa e pelos Estados Unidos para convencer investidores a financiarem um aumento de capital essencial para a fusão entre a Oi e a PT com 2.388 milhões de euros (um valor equivalente às receitas provenientes do IRS de todos os portugueses nos primeiros dois meses do ano). "É a quinta maior operação do mercado de capitais do mundo este ano e a terceira maior de sempre no Brasil, atrás das da Petrobras e da Vale do Rio Doce. Juntas, Oi e PT estão entre as 20 maiores empresas de tecnologia do mundo e serão presididas por um português", salienta fonte ligada à empresa.

 

A revista Isto É Dinheiro dificilmente faria capa com um português de lápis na orelha. Em Outubro, por cima de um retrato do gestor, a publicação colocou o título "O dono da empresa sem dono", referindo que Bava criou a maior operadora telefónica de língua portuguesa, com mais de 100 milhões de clientes no Brasil, em Portugal e em África. Lá dentro, mencionava várias histórias de bastidores: as reuniões que não ultrapassam mais de 10 minutos, as instruções que envia por SMS, a preferência por transportar uma mochila em vez de uma pasta, as suas visitas-surpresa às lojas para avaliar o atendimento e a participação em vendas porta a porta. Descrevia-o como afável, duro, controlador, ambicioso "e completamente apaixonado por metas", com dias de trabalho a estenderem-se por 14 horas.

 

Terá sido assim no mês passado: em 18 dias, Zeinal Bava visitou as instalações da Oi em 10 estados brasileiros, percorrendo 12 mil quilómetros para mobilizar as suas equipas a focarem-se na estratégia: a convergência do fixo, do móvel, da banda larga e da TV. Ao jornal El País, em Novembro admitiu que era difícil em termos pessoais conciliar o trabalho em dois continentes: tem casas no Rio de Janeiro e em Lisboa e vai frequentemente a Londres e aos Estados Unidos para contactos com investidores. "Adoro este negócio, adoro o que faço todos os dias. Quando estou com as minhas equipas não sabem se estou a trabalhar ou a divertir-me."

 

(retirado do artigo "Os portugueses mais poderosos no Brasil" publicado na edição nº 528 da revista SÁBADO)

 

Zeinal Bava na capa da revista brasileira "Isto é dinheiro"

 

 

19
Jun14

... De certa maneira, um concerto para José Mário Branco (Casa da Música - Porto/ 20 Junho, 21h30)

 

 

 

A obra de José Mário Branco espraia-se pelo teatro, cinema e televisão; pela participação em dezenas de álbuns, como intérprete, instrumentista ou produtor; em múltiplas colaborações, que vão do colectivo GAC- Grupo de Acção Cultural a parcerias com Sérgio Godinho, Fausto e Amélia Muge, entre outros. E claro, uma assombrosa discografia em nome próprio, iniciada em 1971 com Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades. Uma plêiade de artistas eclécticos, interventivos e originais revisita José Mário Branco e temas tão variados como "Eh Companheiro", "Dairinhas", "Mariazinha" ou "FMI".

 

Artistas:

 

Marfa

Guta Naki

Chullage

JP Simões

Miguel Pedro e António Rafael (Mão Morta) + Ermo

Coro dos Gambuzinos

João Grosso

Batida com Manuel Pinheiro (Diabo na Cruz) e AF Diaphra

 

 

 

 
 

 

19
Jun14

CINE ESTREIA: "O Homem Duplicado" - baseado no romance de José Saramago

 

Realização: Denis Villeneuve (Canadá)

Elenco: Jake Gyllenhaal (EUA), Mélanie Laurent (França), Sarah Gadon (Canadá), Isabella Rossellini (Itália)

 

Sinopse: Resultado de uma adaptação do livro "O Homem Duplicado", do Prémio Nobel da Literatura português José Saramago, o filme do realizador canadiano Denis Villeneuve - com o título original "Enemy" - estreia nas salas de cinema nacionais no dia 19 de Junho, um dia depois de se assinalar os quatro anos da morte do escritor português. No filme, Adam é um instável professor universitário que vive refém de uma monótona rotina diária. Uma noite, enquanto vê um filme, descobre a existência de um actor exactamente igual a si. Obcecado por conhecer o seu sósia, parte à descoberta desse outro homem forçando um encontro com consequências imprevisíveis não só para eles mas também para as suas companheiras: Mary e Helen.

 

"O Homem Duplicado", de José Saramago

 

 

 
 
 
Outras adaptações para cinema de obras de José Saramago:
 

 

           2000 - "A Jangada de Pedra", de George Sluizer (Holanda)

 

    2006 - "A Maior Flor do Mundo", de Juan Pablo Etcheverry (Espanha)

 

       2008 - "Ensaio sobre a Cegueira", de Fernando Meirelles (Brasil)

 

                   2010 - "Embargo", de António Ferreira (Portugal)

19
Jun14

TEATRO: Três Mulheres Altas (Teatro Nacional D. Maria II - Lisboa/ 19 Junho a 13 Julho)

 

De: Edward Albee (EUA)

Encenação: Manuel Coelho

Cenografia: F. Ribeiro

Figurinos: Dino Alves

Música original: José Salgueiro

Com: Catarina Avelar, Inês Castel-Branco, Paula Mora, José Neves

 

Sinopse: Três mulheres altas foi escrita pouco tempo após a morte da mãe adoptiva do dramaturgo norte-americano Edward Albee e, para a crítica, é talvez a sua peça mais pessoal. Perversamente engraçada, e dita com uma verdade intransigente, a peça reflecte profundamente sobre a vida humana, a partir do olhar de três mulheres de diferentes gerações - uma mulher na juventude, uma mulher de meia idade e uma mulher próxima da morte. Enquanto a mulher mais velha medita sobre a sua vida - incluindo o afastamento do seu filho, visto pela crítica como um alter ego do próprio Albee -, desenvolve uma clareza de espírito que transcende o seu corpo debilitado.


Ao partilharem as suas esperanças, estas três gerações de mulheres confrontam os seus arrependimentos e pronunciam ressentimentos. Lida como um retrato do complexo relacionamento de Albee com a sua mãe adoptiva, Três mulheres altas continua a ser uma das peças sombriamente mais divertidas do dramaturgo.

 

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