Às 9 horas da manhã do dia 6 de Janeiro de 1884, Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens embarcam a bordo do vapor S. Tomé e dão início à última das grandes aventuras de Portugal. Como destino, Luanda. Como objectivo, ligar, por terra, as províncias de Angola e Moçambique.
No documentário "De Angola à Contracosta", com realização de Álvaro Romão, a expedição de Capelo e Ivens é vivida e contada, nos dias de hoje, "in loco", pelo ilustrador João Catarino.
O documentário "De Angola à Contracosta" divide-se em 2 episódios e será exibido 4ª e 5ª feira (dias 22 e 23), pelas 21h00, na RTP2.
(a escolha de António-Pedro Vasconcelos, cineasta)
Tem 24 anos, mas parece mais novo. António-Pedro Vasconcelos diz que este jovem actor vai ser a revelação cinematográfica de 2014, até porque João Jesus é protagonista do seu próximo filme, Os Gatos Não Têm Vertigens. Um rapaz do Alvito, no filme, um rapaz da Amadora, na vida. Também faz teatro e dobragens, está em Os Filhos do Rock, «uma série que, apesar de passar na televisão, obedece a uma linguagem mais próxima do cinema». Novelas nunca fez, coisa rara nos actores da sua geração. Nem quer fazer.
Cresceu na Quinta da Lage, um bairro complicado da Amadora, ali para os lados da Falagueira, e pouco conhecido dos próprios habitantes da cidade. «A minha própria experiência de vida foi muito útil para compreender o Jô, a personagem que interpreto no filme.» Na tela, dá corpo a um ladrãozeco, miúdo de rua e do roubo de esticão. «As rusgas, onde eu morava, eram o pão-nosso de cada dia, e os dias eram todos passados no exterior, toda a gente estava na rua. Por isso, os laços de vizinhança eram mais fortes. Por um lado, toda a gente sabia a vida de toda a gente. Mas também havia uma coisa boa: toda a gente cuidava de toda a gente.»
Começou a estudar representação aos 15 anos, numa escola profissional em Cascais. Para trás tinha deixado o futebol, foi guarda-redes nos iniciados do Estrela da Amadora e extremo nos juvenis do Benfica. «Mas o cinema e a bola têm coisas muito parecidas», diz ele, desmanchando-se a rir a meio da frase, «porque o realizador é como se fosse o treinador, os actores jogam um jogo de grupo mas alguns têm mais protagonismo». Também fez parte de um rancho folclórico da Brandoa, chamado Dançar é Viver. «Tocava castanholas.» E assegura que isso é uma experiência que o ajuda a ser melhor actor. A colocar-se melhor em cena.
Quando acabou o curso fez sobretudo teatro, ao abrigo do projecto Novos Actores, que lhe permitiu participar em três peças no Teatro Experimental de Cascais. Na mesma altura começou a dobrar séries de desenhos animados.
Em televisão estreou-se na RTP, em Depois do Adeus. Fazia o papel de um militante do MRPP durante o PREC. «Eu nada sabia daquele período da História de Portugal, apesar de ser relativamente recente. Tivemos aulas, aprendi imensas coisas em dois dias e percebi que havia uma parte da vida do meu país que eu tinha de me esforçar por perceber. Comecei a ter mais interesse político, a estar mais atento ao que me rodeia.» Crescer como actor, aprendendo para a vida. É uma bela lição, essa.
(retirado do artigo "14 Apostas para 2014" publicado na edição nº 1127 da revista Notícias Magazine)
Primeiro com sede na virtual Merzbau, e depois como peixe-fora-de-água na baptista FlorCaveira, B Fachada semeou ventos por onde quer que aparecesse gente interessada em ouvir música popular cantada em português. Dizer prolífico é pouco e, em cinco anos, criou um cancioneiro que pede emprestado mesmo de quem nunca quis partilhar. Com a Mbari lançou um homónimo CD, uma virose absolutamente salutar a que chamou "Há Festa na Moradia", um disco infantil de protesto chamado "B Fachada é Pra Meninos" e o épico "Deus, Pátria e Família". Em 2012, lançou "Criôlo".
Filmado no comboio da linha de Cascais, no âmbito do filme "B Fachada Tradição Oral Contemporânea", de Tiago Pereira.
"Cada um"
Filmado em Caçarelhos (Vimioso), no âmbito do filme "B Fachada Tradição Oral Contemporânea", de Tiago Pereira.
"Soraia"
"Balada à Mariana"
Filmado em Algoso (Vimioso), no âmbito do filme "B Fachada Tradição Oral Contemporânea", de Tiago Pereira.