Faleceu hoje, aos 71 anos, Eusébio, o maior futebolista português de sempre e um dos melhores do mundo.
Filho de um angolano e de uma moçambicana, Eusébio da Silva Ferreira nasceu a 25 de Janeiro de 1942 em Maputo, capital de Moçambique, antiga colónia portuguesa. Foi na Mafalala, bairro pobre da periferia de Maputo, que começou a dar os primeiros pontapés numa bola de trapos. O primeiro clube onde jogou foi o Sporting de Lourenço Marques, na capital moçambicana, tendo-se estreado na equipa sénior com apenas 17 anos.
Eusébio começa a transformar-se num fenómeno na colónia e o seu nome também já era falado na metrópole. A 17 de Dezembro de 1960, aterra em Lisboa para jogar no Sport Lisboa e Benfica... o primeiro dia de uma história recheada de vitórias e sucessos e muitos, muitos golos! Jogou pelo Benfica 15 dos seus 22 anos como jogador de futebol, detendo ainda hoje o recorde de golos dos encarnados (638 golos em 614 jogos oficiais).
Pelo Benfica, o "Pantera Negra" ganhou 11 Campeonatos Nacionais, 5 Taças de Portugal, 1 Taça dos Campeões Europeus e ajudou a alcançar mais três finais da Taça dos Campeões Europeus. Foi o maior marcador da Taça dos Campeões Europeus em 1965, 1966 e 1968.
Estreou-se na Selecção Nacional de Portugal a 8 de Outubro de 1961 e vestiu a camisola das quinas em 64 jogos, tendo marcado 41 golos. Um dos momentos mais altos de Eusébio na selecção foi no Mundial de 66, em Inglaterra, em que Portugal chegaria ao 3º lugar. Um dos jogos mais míticos é o Portugal-Coreia do Norte, em que Portugal chegou a estar a perder por 3-0, mas o génio de Eusébio sobressaiu e o avançado marcou 4 golos, numa reviravolta histórica de um jogo que terminaria com o resultado de 5-3 e a vitória das cores lusas.
Eusébio ganhou a Bota de Prata sete vezes (recorde nacional). Foi o primeiro jogador a ganhar a Bota de Ouro, em 1968, repetindo a façanha em 1973. Em 1965, ganhou a Bola de Ouro para Melhor Jogador do Mundo.
O futebol mundial perdeu um dos seus maiores nomes. Portugal chora a perda de um dos seus maiores símbolos.
Obrigado, Eusébio! Até sempre, Rei!!!