Dieta mediterrânica é Património Imaterial da Humanidade
A dieta mediterrânica foi inscrita, esta quarta-feira, na lista do Património Imaterial da Humanidade da UNESCO. Esta foi uma candidatura plurinacional partilhada por Portugal, Espanha, Marrocos, Itália, Grécia, Chipre e Croácia.
Não foram precisos mais de dois minutos para a dieta mediterrânica ser registada na lista de património da UNESCO, numa decisão tomada na 8ª sessão do comité intergovernamental da organização que está a decorrer em Baku, no Azerbaijão, até ao próximo sábado. Depois do fado, em 2011, esta é a segunda inscrição conquistada por Portugal na lista do Património Imaterial da Humanidade.
A delegação portuguesa presente em Baku foi composta por Jorge Botelho, presidente da Câmara Municipal de Tavira, que liderou a candidatura; Jorge Queiroz, director do Museu Municipal de Tavira; João Begonha, adjunto da ministra da Agricultura; Rita Brasil, do Ministério dos Negócios Estrangeiros e da delegação portuguesa da UNESCO; e Victor Barros, coordenador da Missão Nacional da Dieta Mediterrânica.
No processo de decisão elaborado pela UNESCO, é salientado que "a dieta mediterrânica envolve uma série de competências, conhecimentos, rituais, símbolos e tradições ligadas às colheitas, à safra, à pesca, à pecuária, à conservação, processamento, confecção e, em particular, ao consumo e à partilha dos alimentos. Comer em conjunto é a base da identidade cultural e da sobrevivência das comunidades por toda a bacia do Mediterrâneo. É um momento de convívio social e de comunicação, de afirmação e renovação da identidade de uma família, grupo ou comunidade."