Pamella Oliveira (triatleta - Brasil)

Marc Honoré (voleibolista - Trinidad e Tobago)

Bruno Matheus (triatleta - Brasil)

O judoca português Jorge Fonseca conquistou a medalha de bronze, na categoria -100 kg, no Open de Glasgow, na Escócia. Jorge Fonseca perdeu o primeiro combate por ippon, frente ao britânico Euan Burton, mas acabou por ser repescado. No combate seguinte, o judoca português derrotou o também britânico James Austi, por ippon, e, no combate para atribuição do 3º lugar, venceu o italiano Domenico du Guida, por waza-ari e yuko.

"O Corpo de Afonso", de João Pedro Rodrigues

O filme "O Corpo de Afonso", do realizador português João Pedro Rodrigues, foi eleito a Melhor Curta-Metragem do Festival Janela Internacional de Cinema do Recife, no Brasil. O júri do festival decidiu premiar a curta portuguesa por "subverter de maneira radical a História de Portugal, pela maneira com que os corpos são filmados" e ainda "pelas arriscadas apostas estéticas e a frontalidade com a qual é encarada a crise europeia, tanto económica como de valores". "O Corpo de Afonso" tem, como ponto de partida, a fascinação pelo corpo do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, e foi produzido por Guimarães - Capital Europeia da Cultura 2012.

No mesmo festival, foi ainda distinguida a curta portuguesa "Gambozinos", de João Nicolau, com o prémio Melhor Imagem, "pela maneira simples e forte como constrói uma fantasia". "Gambozinos", que estreou em Portugal na semana passada, centra-se na vivência de um rapaz de 10 anos numa colónia de férias. Em Maio, recebeu o prémio de Melhor Curta-Metragem na Quinzena dos Realizadores, em Cannes, França.

O mágico português Luís de Matos foi distinguido, em Londres, pelo The Magic Circle, um dos mais prestigiados clubes de mágicos do mundo. O mágico de 43 anos recebeu o "The Devant Award", sendo "o mais jovem entre todos quantos, até hoje, foram distinguidos com aquele que é considerado o mais relevante dos troféus atribuídos anualmente" pelo clube centenário inglês. A média de idades dos mágicos já distinguidos com o prémio ronda os 70 anos, sendo que todos os profissionais distinguidos até hoje eram dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Luís de Matos está a comemorar 25 anos de actividade profissional. Em Abril, foi distinguido com o "Special Fellowship", pela Academy of Magical Arts, em Hollywood, numa cerimónia onde são premiados os melhores mágicos do mundo. No mesmo mês, foi ainda um dos três mágicos mundiais distinguidos, em Itália, com os prémios "Golden Grolla".

Na vida real, Downton Abbey é o castelo de Highclere, pertença da família de sangue azul Carnarvon e onde Luís Coelho é o chefe de staff. Se Mr. Carson aterrasse hoje na grandiosa casa de estilo jacobita onde decorrem as filmagens da aclamada série "Downton Abbey", ficaria certamente chocado. O dedicado e muito conservador mordomo que, na trama, é o chefe do staff que vive «downstairs» detestaria ver cabos grossos de electricidade espalhados pelo chão de madeira, câmaras por toda a parte, mais de 100 pessoas - entre actores e equipa de filmagens e adereços - de calças de ganga e ténis a pisar os tapetes centenários e a sentar-se nos sofás de família.

Quando o castelo de Highclere se transforma em Downton Abbey, a ordem das coisas que há vários séculos impera naquele espaço imponente fica de pernas para o ar. Mas não seria só isso que deixaria Carson de cara à banda. É que, nos dias de hoje, o fleumático mordomo que zela por manter a ordem e a tradição teria de responder perante um português. Luís Coelho, house manager, é a figura mais importante do castelo de Highclere, chefiando uma equipa de mais de 80 pessoas. Serve os Carnarvon, a família que inspirou a série "Downton Abbey", que ali vive desde 1679 e que empresta a casa e a decoração para as filmagens.

Se parece que há sempre um português em toda a parte, este está onde muitos estudantes e profissionais de hotelaria sonhariam estar. Luís Coelho, 32 anos, vive no castelo mais famoso de Inglaterra, desde que a série premiada que conta a história de uma família nobre britânica no início do século XX se transformou um sucesso global: «Faço um bocadinho de tudo: sou chefe de banquetes, chefe de mordomos, tomo conta da casa e zelo para que tudo esteja sempre impecável. E se o alarme toca de noite numa das mais de 250 divisões sou eu que vou», explica. Trabalha há quatro anos no castelo Highclere, seleccionado entre um conjunto de candidatos que sonhavam em poder viver num espaço que, para muitos, só existe nos livros de História ou nos contos de fadas. «Trabalhava já há vários anos em Inglaterra, mas nunca pensei ser seleccionado. Tanta gente concorreu!»

Se foi a simpatia pessoal, o curso de hotelaria na escola do Estoril, a experiência no Hotel da Penha Longa ou a passagem pela Quinta do Lago que encantaram a família não sabemos, a verdade é que começou a trabalhar no castelo "no tempo das vacas gordas, antes da recessão", longe de começarem as filmagens. Quando o conde e a condessa de Carnarvon aceitaram abrir as portas da casa de família para ser o elemento principal da série de televisão em troca de uma choruda quantia que ajudaria na manutenção daquele espaço, Luís acompanhou a revolução na casa, adquiriu novas funções para garantir que o património não fosse destruído pela equipa de produção. Desde a secretária que pertenceu a Napoleão, ao quadro enorme de Van Dyck que ornamenta a sala de jantar, passando pelos artefactos egípcios que decoram as paredes, trazidos das expedições do 5º conde de Carnarvon por África, há verdadeiros tesouros que fazem parte da história da família e do edifício e que têm de ser preservados.

Se a casa e a decoração parecem ter parado no tempo, Luís garante que a enorme divisão de classes que separava nobres e plebeus, patrões e empregados, «upstairs» e «downstairs», e que "Downton Abbey" tão bem espelha, já não existe. O conde e a condessa de Carnarvon, Geordie e Fiona para os amigos, são «pessoas sensacionais, fantásticos para trabalhar», atesta. «É claro que os tratamos por my lady e my lord, e, quando temos visitas, amigos ou familiares, servimos com a mesma formalidade que se vê na série, mas as diferenças sociais estão mais esbatidas. No final do dia, vêm à cozinha, agradecem. Já não é como nos tempos em que não se misturavam com os serventes.»

(retirado do artigo "O mordomo português da verdadeira Downton Abbey" publicado na edição nº 2138 da REVISTA do jornal Expresso)

A 4ª temporada da série "Downton Abbey" estreia hoje, às 22h00, na FOX Life, e será exibida às 2ªs feiras. A SIC também já transmitiu as primeiras duas temporadas da série inglesa.