O ultramaratonista português Carlos Sá venceu hoje a ultramaratona Badwater, uma das mais duras e selectivas provas mundiais da modalidade, que decorreu no Vale da Morte, nos EUA. Carlos Sá, de 39 anos e natural de Barcelos, alcançou o maior feito de um atleta português em corridas extremas de longa distância.

Com uma distância total de 217 km, percorridos numa única etapa, esta ultramaratona realiza-se anualmente, em meados de Julho, com partida na baía de Badwater, 86 metros abaixo do nível do mar, na região californiana do Vale da Morte, e termina no monte Whitney, com 4421 metros de altitude. Estes dois locais são, respectivamente, o ponto mais baixo e mais alto do território continental dos EUA. Com o título de "corrida mais dura do mundo", grande parte da prova decorre no deserto do Vale da Morte, sob extremas condições climatéricas. O atleta português dividiu a liderança da prova, que reuniu 97 competidores de 22 nacionalidades, até à passagem das 90 milhas, mas, nos quilómetros seguintes, isolou-se e chegou à subida final com uma vantagem que possibilitou a gestão da corrida, terminando em primeiro lugar.

Com esta vitória, Carlos Sá, atleta da Berg Outdoor, alcança o terceiro feito internacional em 2013, depois do 7º lugar na 28ª Maratona das Areias e de se ter tornado o homem mais rápido do mundo na ascensão ao Aconcágua, na Argentina, o ponto mais alto da América e de todo o hemisfério sul, com 6962 metros de altitude. Em Portugal, no final de Maio, conquistou ainda o título de primeiro campeão nacional de Ultra Trail, ao vencer o Madeira Island Ultra Trial.

Alberto

Origem: Oeiras

De ar retro, mas com um toque moderno e cheios de estilo, os óculos de sol e as armações da Paulino Spectacles já conquistaram admiradores dentro e fora do País. Ramiro Pereira, 48 anos, é o responsável pelo fenómeno. Descendente de uma família de ópticos, seguiu o ofício sempre com vontade de fazer qualquer coisa de diferente e, ao mesmo tempo, qualquer coisa onde pudesse aplicar os conhecimentos herdados do pai (Ramiro Paulino Pereira) e do avô (Bernardo Paulino Pereira).

A ideia de criar uma linha de óculos surgiu-lhe há dois anos, durante uma viagem realizada ao Brasil. Assim que chegou a Portugal, começou a desenhar. «Desenhando e apagando», diz, até conseguir o modelo que pretendia. Lançado em Setembro do ano passado, o projecto da Paulino Spectacles já lhe valeu bons resultados, aos quais não são alheios o design cuidado, a produção manual e a utilização de matérias-primas de boa qualidade (como o acetato italiano e reciclável da Mazzucchelli, utilizado no fabrico das armações, e a pele de cortiça com a qual são produzidas as carteiras dos óculos). Ramiro Pereira fala da preocupação de criar modelos que se adaptem às diferentes características faciais, de rostos femininos ou masculinos. E também no conforto, importante para quem utiliza óculos no dia-a-dia: «Damos muita atenção à parte nasal, à ponte». «O meu avô e o meu pai faziam-nos manualmente e personalizavam-nos», conta. Agora, o processo de manufactura decorre no Norte do país, na Sociel, a fábrica onde, entre limas, grosas e serras, os moldes são produzidos à mão. Se o processo não fosse manual, segundo explica Ramiro Pereira, não seria possível fazer este tipo de ajustes, «uma mais-valia para o produto final».

Ao todo, entre armações e óculos de sol, a colecção Paulino Spectacles inclui 16 modelos. Todos eles têm nomes de familiares de Ramiro, uma homenagem à família: Arnaldo, Alberto, Martim, Sara, Diogo, Filipa, Piedade, Ramiro, Sofia, Teresa, Bernardo, Branca, Plácido, Naty, Marcos e Eurico. Em Setembro, «e sem sair da linha vintage», como nota, será acrescentado mais um modelo à lista. Com preços entre os 320 euros e os 375 euros, por ora, em Portugal, podem ser adquiridos em pontos de venda seleccionados: Óptica do Sacramento (Lisboa), Franco Oculista (Braga), Cruz Oculista (Coimbra), Óptica Central (Entroncamento), Óptica Alípios (Leiria), Centro Óptico de Viana (Viana do Castelo). Lá fora, estão à venda em Madrid, Barcelona, Paris e Londres (Coreia do Sul e EUA estão em fase de negociação).

(retirado do artigo "Sem ilusões" publicado na VISÃO SETE da edição nº 1062 da revista VISÃO)

http://www.paulinospectacles.co.uk/

Bernardo

Piedade

Sara

Rui Costa afirma-se, cada vez mais, como o maior nome do ciclismo nacional da actualidade. Hoje, o ciclista português venceu a 16ª etapa da mítica Volta a França, prova onde também está o luso Sérgio Paulinho.

O ciclista português, que corre pela equipa espanhola da Movistar, integrou a fuga do dia, sabendo escolher o momento exacto para atacar, chegando isolado a Gap, cidade onde o outro ciclista português em prova já tinha vencido em 2010. Este é o segundo triunfo de Rui Costa na prova francesa, depois de ter vencido, em 2011, a 8ª etapa entre Aigurande e Super-Besse.

A vitória de Rui Costa, natural de Aguçadoura (Póvoa de Varzim), junta-se a outras vitórias lusas no "Tour": Joaquim Agostinho (1969, 1973 e 1979), Paulo Ferreira (1984), Acácio da Silva (1987, 1988 e 1989) e Sérgio Paulinho (2010).