ISTO É PORTUGAL! - Tintas Barbot
Origem: Vila Nova de Gaia
Corre tinta nas veias da família e da marca com o mesmo nome que, há mais de 90 anos, vive paredes meias com os portugueses, sem perder a cor da inovação. A primeira demão do negócio coube a Diogo Barbot que, em 1920, traçou com as tintas o caminho que o levou a construir um império familiar. Com a morte do fundador, em 1958, o leme da empresa passa para o genro, Carlos Aires Pereira, e, quatro anos mais tarde, para a filha, Zaida Barbot. Em 1981, um violento incêndio, que arrasou a fábrica do Porto, haveria de ditar que, com apenas 25 anos, o filho de Zaida e actual administrador, Carlos Barbot, tomasse nas mãos a missão de fazer a Barbot renascer das cinzas.
Há quem não resista às cores vibrantes e quem as prefira mais suaves. Mas quaisquer que sejam os tons eleitos para pintar os ambientes lá de casa, sabia que, antes de ganhar cor, eles podem ter sido brancos, primeiro? Nas linhas de produção da Barbot, em Canelas, nos arredores de Vila Nova de Gaia, é assim que acontece: com composições e acabamentos distintos, quase todas as tintas nascem com cor branca. Só quando chegam às lojas é que passam a vestir as cerca de 40 mil combinações de cores diferentes, graças ao sistema Barbomix, que lhes junta os pigmentos e as ajusta ao gosto dos clientes.
30 milhões de litros de tinta Dioplaste coloriram o mercado nos últimos dez anos, em quantidade suficiente para pintar a «Muralha da China duas vezes em ambos os lados», garante Carlos Barbot. Com mais de 50 anos, esta tinta continua a ser a estrela da companhia e número um de vendas em Portugal. Fazendo jus à tradição, a Barbot não prescinde, no entanto, de «continuar a inovar». Exemplos não faltam, como a tinta com cheiro a maçã, a tinta «todo-o-terreno» Barbot Infinity, a Barbot Ardósia, que permite escrever nas paredes com giz, e a Barbot Íman que, tal como o nome indica, atrai ímanes. A tinta Barbot Infinity foi eleita, pelos consumidores portugueses, «Produto do Ano», em 2012.
O terceiro lugar no mercado nacional das tintas não impede o grupo português de pintar a manta em matéria de internacionalização. Afinal, 40% do volume de negócio faz-se no estrangeiro. França, Luxemburgo, Bélgica, Guiné Equatorial, Norte de África e América do Sul são os principais mercados de destino, mas a Barbot está ainda presente em Espanha, Angola, Cabo Verde e Moçambique, onde conta com fábricas e lojas próprias.
Mas nem só de tintas vive a linhagem Barbot. Com 1500 famílias de produtos, estende-se ainda aos esmaltes, vernizes, massas, primários, revestimentos, fachadas e pavimentos. Por sua vez, os esmaltes e vernizes vêm da outra fábrica do grupo, no centro de Gaia. Além de uma rede de 2500 pontos de venda, entre os quais 22 lojas próprias em solo pátrio, os produtos com chancela Barbot estão disponíveis na loja online Barbot Change.
(retirado do artigo "Portugal faz bem - Tradição pintada de fresco" publicado na edição nº 1044 da revista VISÃO)