"É a vida Alvim" - Erica Fontes e Pierre Aderne (+TVI)
Pierre Aderne (Brasil)
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Pierre Aderne (Brasil)
Os pais nunca ligaram muito mas aquela história de ela falar ao telefone em inglês com amigos imaginários, na infância, era mesmo um sinal...
O tempo passou e, aos 27 anos, Luísa Fidalgo continua a fazer mais ou menos o mesmo. Em Agosto, estava num café, em Madrid, à espera de uma amiga (de carne e osso), que se atrasou, e pôs-se a pensar no que gostava que acontecesse ali. Pegou no bloco que a acompanhava para todo o lado e escreveu o que imaginou: um sueco bonito, com estilo, que se sentava à sua frente e metia conversa... A história (não a vamos contar aqui, mas pode ver-se na net) seria o primeiro episódio da série The Coffee Shop Series, escrita e protagonizada por Luísa. São pequenos sketches de três minutos, com situações caricatas e engraçadas, passadas em cafés do Porto e de Guimarães, faladas em várias línguas. No ecrã, Luísa é Carol, uma jovem portuguesa que acaba de chegar de Nova Iorque. Como a própria Luísa, aliás, que voltou em Julho dos EUA, onde estudou representação, na conceituada The William Esper Studio.
Num ápice, Luísa pôs a série de pé. Juntou-se a um jovem realizador seu amigo (Vieira Vasco), uma editora de imagem (Maria Ferreira da Silva), chamou outros jovens actores para com ela contracenarem e pediu aos Salto a banda sonora emprestada; conseguiu, também, o apoio de Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura e pôs os episódios a passar no programa "Curto Circuito", da SIC Radical. Sem o notar, encontrava aqui o que a fascinava em Nova Iorque: «Lá, as coisas acontecem facilmente, porque está tudo à procura do mesmo, de concretizar projectos. Há muitos artistas e há criatividade no ar», diz, olhos a brilhar. Notou que, afinal, «aqui há talento, ideias e espaço para crescer». Já está a trabalhar para criar uma produtora e, entretanto, foi escolhida em vários castings em que participou.
Luísa tirou o curso de Ciências da Comunicação, no Porto, mas quando, aproveitando o programa Erasmus, em Roma, fez o primeiro curso de representação, confirmou que era a vestir personagens e a escrever que se sentia realizada. A primeira peça da sua autoria - O Clube dos Pirilampos - levou-a à Bielorrússia, a um Festival de Teatro, com o S.O.T.A.O., companhia de Teatro do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, que integrou durante anos, até deixar o emprego como criativa, numa «empresa de realização de eventos» e aterrar em Brooklyn.
(retirado do artigo "Novíssimos - Luísa Fidalgo" publicado na edição nº 1042 da revista VISÃO)
Origem: Lisboa
Durante a conversa na sala de sua casa, Sónia Pessoa esteve o tempo todo a tricotar uma camisola de mulher verde e amarela. Uma forma de ocupar as mãos, que denunciavam timidez. A peça por acabar irá pertencer à colecção de Verão 2013 da original marca de roupa em tricô Ursotigre.
Um novo "bicho", que nasceu no ano passado na moda portuguesa, marcado pelo design artístico, o humor, a qualidade e a versatilidade. Os gorros em forma de animais - ursos, elefantes, leões ou bambis, "os bichos", como lhes chama - tornaram-se imagem de marca. Na colecção de Inverno, criou a linha Boy Friend Jump Her, composta por camisolas de tricô mais largas e compridas, que tanto podem ser usadas por eles como por elas.
Sónia Pessoa, de 32 anos, é ainda um nome e um rosto desconhecidos. Este prazer começou muito cedo, aos 7 anos, em Évora, quando passava dias inteiros com a avó Joaquina, com mãos para o croché, e a tia Maria, talentosa para o tricô. Estudou Design de Interiores, foi durante anos maquilhadora de moda, mas é com a marca Ursotigre que começa a ser notada no meio da moda nacional. De tal forma que algumas das suas peças (gorros, luvas, cachecóis) deram nas vistas na passerelle da última edição da Moda Lisboa, ao abrilhantarem as roupas do jovem estilista Daniel Dinis.
E, desde aí, as agulhas de Sónia Pessoa não têm parado de tricotar peças 100% lã, para homem e mulher. Muitas delas feitas por encomenda através do endereço www.ursotigre.com e experimentadas no ateliê improvisado na sua casa, visto que Sónia ainda não as tem à venda numa loja. Por cá, o músico Paulo Furtado, as actrizes Ana Moreira e Sónia Balacó e a manequim Ana Sofia são rostos da marca. Um casaco (180 euros) ou uma camisola (160 euros) podem demorar cerca de 50 horas a fazer. E os gorros (50 euros) entre cinco e seis horas de trabalho. Na etiqueta, um sorriso tricotado. "Quero contrariar o consumismo que polui e as roupas estandardizadas que vestem as pessoas de igual. Dá-me gozo conhecer os clientes e tricotar de acordo com a sua personalidade. De forma personalizada, com amor."
(retirado do artigo "A designer do tricô" publicado na edição nº 2104 da REVISTA do jornal Expresso)
Paulo Furtado e Sónia Balacó
Celina da Piedade é acordeonista, cantadeira, compositora, investigadora e professora. Estudou no Conservatório de Setúbal, onde também deu aulas de acordeão. Licenciou-se em Património Cultural pela Universidade de Évora. Em 1998 conhece a Associação PédeXumbo, com quem colabora desde então. No ano de 2000, é mãe de dois projectos musicais: Uxu Kalhus (com quem fica até 2009) e Modas à Margem do Tempo (colaboração até 2004). Desde esse mesmo ano que integra o Cinema Ensemble de Rodrigo Leão. Esta parceria abre-lhe, a um ritmo muito natural ,novas portas colaborando, como acordeonista, voz e como compositora, com artistas e projectos como Mayra Andrade, Né Ladeiras, Uxia Senlle, Ludovico Einaudi , Gaiteiros de Lisboa, António Chainho, Dazkarieh, Viviane, Projecto Fuga, Pedro Mestre, Monte Lunai, At-Tambur, Dona Rosa, Donna Maria, Samuel Úria, João Coração, entre tantos outros, para além da participação em bandas sonoras para cinema, teatro e dança. Em 2012, lançou o seu primeiro álbum a solo, "Em Casa".
Videoclipe filmado na Feira da Ladra, em Lisboa.
"Calimero e a pêra verde"
Filmado em casa de Celina da Piedade, em Lisboa.
"Pombinha branca"
"Valsa do Bandolim - Laranja da China"
"Janeiro lento em Lisboa"
Filmado na Fábrica de Braço de Prata, em Lisboa.
"Lira" c/ Alex Gaspar
Filmado no Quiosque d' A Vida Portuguesa, no Largo Camões, em Lisboa.
"Soupir"
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