ISTO É PORTUGAL! - Espumas de Polietileno Epoli
Origem: Alvarelhos (Trofa)
Foi num espaço alugado, com 1200 metros quadrados, na Maia, que a Epoli eclodiu, em 1992, como mais um dos braços do Grupo Promotor. Em apenas quatro anos, a saúde do negócio ditou que passasse a ocupar um espaço cerca de 20 vezes maior, com 25 mil metros quadrados, em Alvarelhos, Trofa, onde, actualmente, se encontra. Uma década volvida e chegou a altura de expandir a produção também para a República Checa, sempre sem perder o país natal de vista.
O nome é difícil de pronunciar e a utilidade talvez não se adivinhe à partida. Ainda assim, e mesmo sem que se dê por isso, as espumas de polietileno podem marcar presença em diversos momentos do quotidiano. No caso das espumas que a portuguesa Epoli produz com base neste polímero sintético, elas podem ser encontradas em embalagens que protegem contra o choque ou atrito. O leque de aplicações é extenso e pode ir desde as redes que envolvem certas variedades de fruta mais sensíveis, até aos perfis que impedem que telemóveis ou tablets, acabados de comprar, surjam com riscos ou que alguns electrodomésticos se danifiquem ao serem transportados.
Com uma posição de destaque no mercado ibérico, a empresa sediada na Trofa diz-se também "especialista" no isolamento térmico e acústico, no âmbito da construção civil, nomeadamente no que toca aos pavimentos de madeira flutuante. As espumas Epoli aceleram também para o sector automóvel, com vários tipos de utilização.
Para compreender o negócio, uma pergunta é inevitável: o que é, afinal, a espuma de polietileno? João Lopes, general manager da Epoli explica que "não é mais do que um produto que resulta da formação de muito pequenas bolsas de gás no polímero polietileno a que vulgarmente se chama plástico". Fabricadas através de um processo que implica a extrusão do polietileno com a ajuda de um gás expansor, estas espumas são ainda totalmente recicláveis.
360 mil metros cúbicos de espuma nascem, todos os anos, nas duas fábricas da Epoli, a partir de perto de 9 mil toneladas de polietileno que ali chegam para serem extrudidas. Este tipo de plástico pouco denso é comprado no mercado interno, e no externo, mas é lá para fora que se encaminha a maioria dos produtos com chancela nacional. A maior fatia vai para a Europa: 85% das vendas dividem-se entre Espanha, França, Alemanha, Itália, Holanda, Irlanda, República Checa, Suíça, Bélgica e Hungria. Foi precisamente para absorver o crescimento do negócio no centro da Europa que, em 2006, a cidade de Libcice, a 20 quilómetros de Praga, assistiu à criação da segunda unidade produtiva da Epoli, desta feita na República Checa.
(retirado do artigo "Portugal faz bem - Espuma de todos os dias" publicado na edição nº 1033 da revista VISÃO)