O Pai Natal chega à Terra dos Sonhos, em Santa Maria da Feira, e uma grande parada de boas-vindas vai recebê-lo. O "Praça da Alegria" vai estar a acompanhar o Pai Natal desde a sua chegada ao Aeroporto Sá Carneiro até à Terra dos Sonhos. Sónia Araújo, Jorge Gabriel e Hélder Reis vão conduzir esta emissão especial que irá percorrer a magia dos contos de fadas e das fábulas, tão presentes no imaginário infantil e na memória de todos nós.
«Este é o romance sobre a vida de Amália, a fadista mais amada e, simultaneamente, mais desconhecida em Portugal. Operária numa fábrica de rebuçados, estreia-se a cantar em 1939. Movida apenas pela vontade de cantar e sem qualquer ambição, nem sonha que um dia será a maior artista portuguesa de sempre.
Ganhando rapidamente projecção internacional, deixa multidões rendidas à sua voz. E também os corações se rendem ao seu magnetismo: do simples povo a estrelas como Charles Aznavour ou Anthony Quinn. Mas enquanto destroça corações, o seu vive apenas desilusões. Várias vezes contempla o suicídio.
Recebendo propostas milionárias para ficar a trabalhar no estrangeiro, o amor a Portugal fá-la sempre regressar. Ano após ano, arrebata galardões, conquista os críticos e cruza-se com as grandes personalidades do seu tempo: Édith Piaf, Hemingway, Frank Sinatra.
No final da vida, o que pode querer alguém com o mundo a seus pés? A felicidade que nunca sentiu? A autoconfiança que nunca teve? Amália deixou-nos no dia 6 de Outubro de 1999 com uma só ambição: que a chorássemos quando morresse. Uma vida tão bela quanto inspiradora.»
Faleceu esta madrugada, aos 69 anos, o encenador Joaquim Benite, director do Teatro Municipal de Almada e do Festival de Teatro de Almada, na sequência de complicações respiratórias motivadas por uma pneumonia.
Natural de Lisboa, onde nasceu em 1943, filho de um empresário de teatro, Joaquim Benite foi actor, quando tinha 17 anos, mas depressa percebeu que essa não era a sua vocação. Foi jornalista e crítico de teatro em jornais como "República", "Diário de Lisboa", "O Século" e "O Diário", onde foi director do suplemento cultural.
Abandonou a crítica teatral e, em 1971, fundou o Grupo de Campolide, tendo-se estreado na encenação com a peça "O Avançado-Centro morreu ao Amanhecer", de Agustin Cuzzani. Em 1978, foi para Almada, onde se estreou com "Aventuras de Till Eulenspiegel", de Charles de Coster e Virgílio Martinho. A designação de Companhia de Teatro de Almada surgiria mais tarde.
Joaquim Benite criou o Festival de Teatro de Almada que, ao longo de 29 edições, se tornou num dos mais importantes festivais de teatro do mundo. O encontro anual que decorre em Almada é um dos pontos altos da programação teatral nacional e um ponto de encontro para especialistas e público de vários países.
Ao longo de 40 anos de carreira, Joaquim Benite encenou textos de Shakespeare, Molière, Brecht, Lorca, Bulgakov, Pushkin, Camus, Adamov, Gogol, Beckett, Albee, O'Neill, Bernard, Neruda, Sinisterra, Duras, Marivaux, Feydeau, Skármeta, Peter Shaffer, Nick Dear, Almeida Garrett, Gil Vicente ou Raul Brandão, entre outros. Encenou uma ópera em 2008, "La Clemenza de Tito" de Mozart, para o Teatro Nacional de São Carlos, é autor de textos de teatro, conferências e ensaios, esteve à frente de vários cursos de teatro e dirigiu a revista de teatro "Cadernos" e a colecção "Textos d'Almada".
Joaquim Benite viu várias das suas encenações serem premiadas e foi distinguido com a Medalha de Ouro de Mérito Cultural do Concelho de Almada e a Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura, além de ter sido condecorado, pelo Governo francês, com o grau de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras e, pelo rei de Espanha, com a comenda da Ordem de Mérito Civil.
Com o desaparecimento de Joaquim Benite, a cultura portuguesa, e muito em especial o teatro, perde uma das suas grandes figuras!