Lagarta

Origem: Lisboa

A Corque Design é uma empresa portuguesa de mobiliário e acessórios de cortiça ecoeficientes e sustentáveis. Os produtos da Corque Design fazem furor no estrangeiro. Por isso não é de espantar que alguns deles integrem o catálogo do Museu de Arte Moderna (MoMA), de Nova Iorque, e façam correr tinta na imprensa mundial, em revistas como a Wallpaper ou a Monocle. «É a única marca internacional com mobiliário de cortiça e associa a sustentabilidade ao design do produto», diz a directora criativa da marca, Ana Mestre. «A Corque Design desenvolve as peças com base na inovação dos processos tecnológicos dos materiais.»

A empresa nasceu, há três anos, de um projecto de investigação e o nome surgiu do «aportuguesamento da palavra inglesa cork (cortiça)», para ser facilmente pronunciada. Mas o processo de investigação e desenvolvimento remonta a 2005, quando Ana Mestre desenhou a peça de mobiliário Puf-Fup, com 2500 esferas de cortiça natural facilmente moldáveis à forma que o utilizador escolher. «Reinventámos o formato que as primeiras marcas de design do mundo tiveram, como aconteceu com o mobiliário de Alvar Aalto, que se concentrou na inovação tecnológica dos materiais e na sua adequação a novos produtos.»

Sendo a cortiça matéria-prima sustentável, coeficiente e reciclável, o potencial afectivo dos utilizadores é grande. Mas não é suficiente. É preciso inovar. Por isso, as peças mais recentes são o revestimento em «papel» de cortiça WallCork, o Puff String, a cadeira Vinco e o assento modular multifuncional Lagarta, feito a partir de cortiça reciclada transformada em aglomerado negro. É um dos «ícones» da Corque Design e, depois da exposição na Semana do Design de Milão e de Nova Iorque, vai correr mundo: Tóquio (Junho), Red Dot Design Museum, em Essen, Alemanha (Julho), London Design Week (Setembro), Bienal de Design Brasileira, em Belo Horizonte (Outubro) e Dutch Design Week, na Holanda (Novembro). Há dois anos, a empresa representou o país no Pavilhão de Portugal da Expo 2010 Xangai, na China.

(retirado do artigo "Do Montado para Nova Iorque" publicado na edição nº 1046 - 10 de Junho - da revista Notícias Magazine)

http://corquedesign.com/

Puff String

Cadeira Vinco

André Alves

A etapa portuguesa da Taça do Mundo de Judo realizou-se no passado fim-de-semana, 9 e 10 de Junho, no Pavilhão Multiusos de Odivelas, e terminou com quatro medalhas para as cores nacionais.

No primeiro dia de competição, Sergiu Oleinic (-66 kg) e André Alves (-73 kg) conquistaram medalhas de prata nas respectivas categorias. Jorge Fernandes conquistou o bronze, na categoria de -73 kg.

No segundo, e último, dia da competição, Tiago Rodrigues conquistou a prata na categoria de -90 kg.

Faleceu ontem, aos 97 anos de idade, a artista plástica Maria Keil, autora de vários painéis de azulejos das primeiras estações de metropolitano de Lisboa.

Natural de Silves, no Algarve, era viúva do arquitecto Francisco Keil do Amaral. Estudou Pintura na Escola Superior de Belas Artes, em Lisboa, e iniciou a actividade aos 20 anos, dedicando-se sobretudo ao retrato, naturezas-mortas e à decoração.

Maria Keil era pintora, desenhadora, ilustradora, decoradora de interiores, designer gráfica e de mobiliário, ceramista, cenógrafa e figurinista, autora de cartões para tapeçaria e de composições em azulejo. A partir da década de 1950, e ao longo da seguinte, dedicou-se especialmente ao azulejo, tendo realizado gratuitamente a decoração em azulejo de todas as estações do Metropolitano de Lisboa inauguradas em finais de 1959. Em 2009, voltou a trabalhar nesta área, desta vez com o arquitecto Tiago Henriques, na extensão da estação de S. Sebastião da Pedreira, para a qual tinha feito os primeiros painéis, em 1959.

Como autora e ilustradora publicou 5 livros: "O Pau-de-Fileira", "Os presentes", "As três maçãs", para crianças; e "Árvores de Domingo" e "Anjos do Mal" para adultos. Ilustrou ainda várias obras de outros autores, como Matilde Rosa Araújo ou Aquilino Ribeiro.

Desaparece assim uma "figura ímpar do nosso século XX" que "produziu uma obra artística de extraordinária criatividade, logo a partir dos anos 30, na publicidade, no design gráfico, na pintura, no desenho de mobiliário e de figurinos e, destacadamente, no azulejo e na ilustração, expressões onde Maria Keil realizou obra-prima", nas palavras do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.