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11
Mai12

Bernardo Sassetti (1970 - 2012)

 

Faleceu ontem, aos 41 anos de idade, o compositor e pianista Bernardo Sassetti, ao cair de uma falésia na zona de Cascais, onde estaria a tirar fotografias. A notícia da sua morte foi conhecida hoje e deixou o País em estado de choque!

 

Bernardo Sassetti nasceu a 24 de Junho de 1970, em Lisboa, era bisneto de Sidónio Pais, o Presidente da República assassinado em 1918, sobrinho-neto do compositor Luís de Freitas Branco e do regente Pedro de Freitas Branco e marido da actriz Beatriz Batarda, de quem tinha duas filhas.

 

Começou a estudar piano clássico com 9 anos de idade, tendo frequentado também a Academia dos Amadores de Música. Em 1987, iniciou-se profissionalmente no jazz. São vários os álbuns que editou a solo ou em colaboração com outros artistas, não só da área do jazz, mas também do fado, da pop ou do hip-hop.

 

O cinema era outra das grandes paixões de Bernardo Sassetti que compôs várias músicas para filmes, como "Alice" e "Como desenhar um círculo perfeito" de Marco Martins, "A Costa dos Murmúrios", de Margarida Cardoso", "Facas e Anjos", de Eduardo Guedes, "O Milagre segundo Salomé", de Eduardo Barroso, ou "Maria do Mar", de Leitão de Barros, entre outros. O tema do filme "Alice", composto por Bernardo Sassetti, é, sem dúvida, um dos mais belos de sempre do cinema português.

 

Outra das suas grandes paixões, e que ironicamente lhe tirou a vida, era a fotografia. Actualmente, Bernardo Sassetti estava a preparar um livro de fotografia.

 

A morte de Bernardo Sassetti chocou o país. A perda brutal de um dos maiores talentos da música portuguesa deixa Portugal mais pobre.

 

Obrigada, Bernardo Sassetti, por tudo o que nos deixou de maravilhoso!

 

Cavaco Silva - Presidente da República: "Foi com profunda consternação que tomei conhecimento da morte de Bernardo Sassetti. Compositor e intérprete, Bernardo Sassetti era um dos mais talentosos músicos portugueses de sempre. A solo ou acompanhado, sobressaía sempre o seu virtuosismo quer interpretasse composições suas ou de outros. Nas suas inúmeras actuações em Portugal e no Mundo, Bernardo Sassetti foi sempre um embaixador da nossa cultura. É, pois, em nome do Povo Português, em meu nome e da minha mulher, que apresento sentidas condolências à sua família. O seu desaparecimento tão prematuro deixa a música e a cultura portuguesas consideravelmente mais pobres. Fica a sua obra e a certeza do seu enorme talento."

 

Francisco José Viegas - Secretário de Estado da Cultura: "A notícia deixa-nos a todos chocados, surpreendidos com a sensação de uma injustiça enorme. A morte é quase sempre uma injustiça mas quando as pessoas têm o talento, a grandeza de alma e o brilho do Bernardo Sassetti a nossa reacção é muito mais triste e muito mais surpreendente também para nós. Não é só pelo trabalho de Bernardo Sassetti, é por tudo: por aquilo que ele representava também para a renovação do jazz, pelo trabalho que ele estava a fazer de renovação da sua própria obra pianística que conhecíamos também através do cinema - quer no filme do realizador Anthony Minguella, O Talentoso Mr. Ripley, quer no filme de Marco Martins, Alice. É muito difícil suportar a morte em qualquer circunstância mas ainda mais difícil de suportá-la quando se trata de uma alma que desaparece, que estávamos habituados a ver ligado a uma das coisas mais fundamentais da nossa vida que é a música."

 

Inês de Medeiros - vice-presidente da bancada do PS: "A morte de Bernardo Sassetti traduz um ano negro a todos os níveis no país, também ao nível da cultura. É o desaparecimento de um talento absoluto e de um jovem pianista e compositor ímpar. Em meu nome pessoal, é igualmente a perda de um amigo e um momento de grande tristeza e de grande dor. O país está, de facto, cada vez mais pobre e cada vez mais triste. Vamos ter muitas, muitas saudades do Bernardo Sassetti. Deixou-nos uma obra que só aumenta as saudades que vamos ter dele."

 

Mário Laginha - pianista e compositor: "Eu perdi um amigo, mas todos perdemos um músico portentoso, com um talento imenso que transbordava a todos os momentos, em todos os géneros. O Bernardo era um ser humano incrível e, como músico e compositor, não tinha pontos fracos. Tudo nele era de um grande riqueza: a melodia, a harmonia, o ritmo, a espontaneidade, a inspiração no acto de compor e de improvisar. O defeito dele era ter tantos talentos. Estar em palco com o Bernardo era incrível. A única certeza que tínhamos ao entrar era a de que não havia certeza nenhuma. Nada era igual quando ele se sentava ao piano. Fizemos três discos juntos e eu não consigo escolher um. Era um amigo especial, um músico especial."

 

Marco Martins - realizador: "Era, na minha opinião, o maior compositor de música contemporânea portuguesa e um ser humano verdadeiramente extraordinário com quem se podia partilhar muitas e muitas aventuras, dentro e fora dos projectos que fazíamos juntos, e era de facto um génio impossível. É um momento de uma dor muito profunda e uma perda sem sentido."

 

 

 
 
 
 
 
 
11
Mai12

"É na Terra não é na Lua" eleito o Melhor Filme do DocumentaMadrid

 

E é mais uma distinção internacional para o documentário "É na Terra não é na Lua", do realizador português Gonçalo Tocha, que, desta feita, foi eleito o Melhor Filme do DocumentaMadrid. Sobre o documentário, diz o júri do festival: "Uma grande odisseia fílmica rodada a um ritmo vertiginoso e dividida em 15 capítulos que conjugam registos antropológicos, imagens de arquivo e histórias mitológicas e pessoais." De recordar que o documentário foi inteiramente rodado na ilha do Corvo, nos Açores.

 

No DocumentaMadrid, foram ainda atribuídas duas menções honrosas a duas produções portuguesas: a longa-metragem "A nossa forma de vida", de Pedro Filipe Marques, e a curta-metragem "Água Fria", de Pedro Neves.

 

 

 
 

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