ISTO É PORTUGAL! - Caderno Azul Firmo
Origem: Pedroso (Vila Nova de Gaia)
Um caderno que sabia quem faltava às aulas, quem devia na mercearia e, mais recentemente, como se ultrapassa um bloqueio literário (A Noite do Oráculo, de Paul Auster). O Caderno Azul da Firmo - uma fábrica portuguesa de Vila Nova de Gaia com 60 anos - foi relançado. Está disponível nas versões liso, pautado e quadriculado, nos tamanhos A5 e A6, por 8,50 e 9,90 euros.
(retirado do artigo "Era uma vez" publicado na edição nº1040 da revista Notícias Magazine)
Talvez nunca tenha saído de uso, mas desta vez não ficará fechado nas salas de professores (como livro de ponto ou de actas) ou nos comércios (para registar o "Deve" e o "Haver"). A Firmo fê-lo ressurgir com uma indumentária mais moderna. Ganhou um elástico, uma bolsinha para colocar documentos na contracapa e uma fita de marcação - independentemente de ser liso, pautado ou de quadrículas. Porque, para os aficionados de blocos, o tamanho é importante, saiba que pode optar entre um caderno de 10,5x14,4 centímetros, para pôr num bolso, ou, um bocadinho maior, de 16,5x21. A novidade, mais daqui a uns meses, será o formato agenda, para estrear no primeiro dia de 2013. Uma bela forma de assinalar os 60 anos da Firmo.
(retirado do artigo "Reconhecem-no?" publicado na Visão Sete da 1000ª edição da revista VISÃO)
Como elemento diferenciador, a Firmo apresenta a portugalidade do produto, que muitos clientes se recordam de os ver ou utilizar em mercearias, escolas, como uma pessoa que recordava a obrigatoriedade de os usar nas aulas de química. Originalmente os cadernos eram mais longos do que os lançados agora em dois tamanhos, com um elástico para o fechar, um marcador e uma bolsa que permite guardar papéis.
Outra das recordações usadas pela empresa está a ser o romance "A Noite do Oráculo", escrito pelo norte-americano Paul Auster, que menciona um bloco de notas azul de fabrico português. Um jornalista do La Vanguardia referiu depois que o romancista terá descoberto estes cadernos numa papelaria da Rua do Calhariz, em Lisboa.
Fundada em 1951, a Firmo foi comprada na década de 90 por um grupo francês, mas, no ano passado, concretizou-se o seu regresso à família fundadora Santos Carvalho. Além do relançamento dos cadernos azuis, característicos pela cor e pela etiqueta colorida que pode servir de identificação, a empresa viu outros produtos serem reutilizados face à tendência revivalista. Sebentas e o livro de desenho, criado pelo pai do actual presidente com traço marcadamente da década de 70 em tons verdes, são outros dos produtos que a empresa apresenta para afirmar a "portugalidade".