ISTO É PORTUGAL! - Videojogo CR7 Freestyle (Biodroid)
Origem: Lisboa
A empresa portuguesa que põe os fãs de Cristiano Ronaldo a dar toques como o ídolo compete com os grandes, no campeonato mundial dos videojogos.
Quem quer ser o Cristiano Ronaldo não lhe pode vestir a pele. Na vida real, pelo menos. No universo digital, pelo contrário, os fãs já têm a possibilidade de criar um avatar em 3D com a imagem do futebolista, personalizar a roupa e os acessórios do craque, tal como o cenário, e ensaiar os seus mais famosos truques, ao som de música. Tudo, no videojogo CR7 Freestyle, desenvolvido pela Biodroid.
A bola começou a rolar no CR7 Freestyle em Dezembro de 2011, exclusivamente no mercado da Apple, na versão para iPhone. Em Janeiro deste ano, foi a vez de alargar a jogada aos tablets, com o iPad, e, um mês depois, atacar o sistema operativo Android, da Google. Com o App Store da Apple, a aplicação está à venda em 130 países. Nos próximos meses, a Biodroid prevê avançar com novas versões do jogo para outras plataformas, como Blackberry e Windows Phone e, ainda, consolas e computador.
A concepção, o guião, o design em 2D e 3D, a programação e a animação são "made in Portugal", sublinha Diogo Horta e Costa, managing partner da Biodroid. Só as músicas que compõem a banda sonora do jogo e o equipamento do camisola 7 do Real Madrid, com a chancela da Nike, fogem à regra.
2,39 euros, ou 2,99 dólares, é quanto custa, no iPad, entrar na pele digital de Cristiano Ronaldo e praticar os seus truques futebolísticos fora de campo. Ao som de uma playlist de 21 músicas, aprovada pelo internacional português, o jogo é falado em oito idiomas, para além do português: inglês, francês, espanhol, alemão, italiano, holandês, flamengo e até valão. No mesmo mês em que foi lançada, a versão para iPhone do CR7 Freestyle ocupava o pódio de vendas na categoria de desporto, nas App Stores da Apple, em 21 países.
A empresa lusa prepara-se para voltar a "fazer o gosto ao pé", em 2012, no campo dos conteúdos dedicados ao futebol. A estrela do novo jogo volta a ter sotaque português: José Mourinho.
Para a Biodroid entrar, em 2008, no mercado dos conteúdos digitais multiplataforma, os sócios Diogo Horta e Costa e Tiago Ribeiro - aos quais se juntou Ricardo Flores - tiveram de desenvolver os projectos "à escala global", com o intuito de vendê-los às mais destacadas marcas mundiais. Foi assim que aconteceu com o primeiro videojogo, Let's Play Pet Hospital, para a Nintendo DS, e com todos os que se lhe seguiram. Depois de também ter conquistado o título de primeiro jogo português para o Facebook, com Rural Vallue, e investido na linha dos conteúdos para empresas, com o projecto CityOn, para a EDP, a Biodroid está em vias de abrir uma filial na Tech City, em Londres, e "uma antena comercial" em São Paulo, no Brasil.
Em matéria de desporto, esta tecnológica lusa marca ainda pontos com o jogo Billabong Surf Trip, para Android e Apple, e está a desenvolver um jogo em parceria com a MegaRamp, ligada à organização mundial de provas de skate e BMX. Acabado de chegar às prateleiras, o jogo Miffy's World, que traz a cinquentenária coelhinha criada por Dick Bruna pela primeira vez para o suporte digital, está disponível na Suécia, Finlândia, Dinamarca e Holanda para a Nintendo DS e a Wii Ware e serão, em breve, lançadas versões para computador, smartphones e tablets. No terreno dos e-books, há a adaptação digital de livros lançados pela editora Pato Lógico, do autor André Letria.
(retirado do artigo "Portugal faz bem - Um craque de jogo" publicado na edição nº 993 da revista VISÃO)
http://www.biodroid-entertainment.com/