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Origem: Lisboa
Catarina, Lara e Maria são as três protagonistas de um desejo que se tornou uma microempresa com faro para o negócio. Catarina Luz, a veterinária de 30 anos, encontrou nas alergias de pele de Lara, a sua cadela pug, hoje com 10 anos, o pretexto para trazer para Portugal a inovadora dieta BARF. Travando uma cruzada contra as rações processadas, nas quais os cereais e os aditivos artificiais são reis, seguiu o rasto deste conceito na Internet e depressa se "atirou de cabeça" para a marca própria. Entretanto, chegou a Maria, uma pug de 3 anos, eleita a mascote da loja... que até já tem um perfil próprio no Facebook.
BARF é o acrónimo de Biologically Appropriate Raw Food (comida crua biologicamente apropriada), a filosofia de nutrição animal que o veterinário australiano Ian Billinghurst criou, procurando reinventar a dieta natural dos lobos. Cem por cento crua, e maioritariamente carnívora, esta alimentação biológica tem uma legião de fãs na Austrália, na América do Norte e na Europa.
Ainda que a ideia original tenha nascido do outro lado do planeta, a reinterpretação do conceito BARF à la Dogs' Wish fila o dente em ingredientes com selo nacional. A carne e as miudezas de aves, que equivalem a 70% a 80% da refeição, são fornecidas e entregues à porta, ainda frescas, pelos portugueses da Aviludo, à qual se juntam ossos crus previamente triturados. Já os vegetais e a fruta, os quais compõem os restantes 20% a 30% do prato e simulam o conteúdo do estômago das presas, são comprados directamente no mercado. Certificada com o rigoroso sistema de segurança alimentar HACCP, na cozinha que sacia o apetite aos clientes de quatro patas não há mãos a medir. A carne e os ossos entram por um lado e os vegetais e frutas, como os brócolos, os espinafres, a alfafa, a cenoura, o aipo, o alho francês, a pera ou a maçã, por outro. Depois de triturados e misturados os ingredientes, o resultado final faz lembrar um prato de carne picada, com pontilhado colorido.
Farejando o cheiro a comida pronta, há sempre cães que provam as refeições no espaço da Dogs' Wish (no bairro de Telheiras) e donos que a levam fresca, como num sistema normal de take-away. Nas duas arcas frigoríficas que espreitam na loja, há doses individuais de 0,5 kg ou um quilo, congeladas e guardadas a vácuo em embalagens feitas com materiais portugueses, que os clientes podem levar para armazenar em casa.
60 quilos de alimentação biológica são preparados, todas as semanas, às quartas ou quintas-feiras, na cozinha do Dogs' Wish. Entre os benefícios da adopção deste tipo de alimentação podem elencar-se, segundo os especialistas, o reforço do sistema imunitário, pele e pêlo mais saudáveis, dentes limpos e sem tártaro, gengivas saudáveis e hálito fresco, mais agilidade e melhor condição corporal, melhor digestão, fezes em menor quantidade, mais energia e vitalidade e menor tendência para doenças degenerativas. Para cães de porte médio, o preço deste tipo de alimentação ronda os 100 euros por mês.
Mas nem só de cães se faz a clientela habitual da Dogs' Wish. Os gatos também já garantiram o seu lugar na lista de comensais, com uma única exigência adicional: a alimentação deve ser ainda mais carnívora e não se devem adicionar vegetais que transmitam muito sabor à carne.
Ainda antes do desejo nutricional dos cães, foi o "cuidado" com a alimentação (das pessoas e dos animais), que fez Catarina Luz apostar na criação da Dogs' Wish, em Julho de 2010. Para "promover um estilo de vida animal saudável, a longo prazo", a jovem empresa cedo aprendeu a farejar o rasto de oportunidades trazidas pela dieta BARF. Para além de já ter estabelecido parcerias com outras marcas lusas, que promove ou revende na sua loja, a responsável sonha agora com a expansão da marca e admite já ter recebido propostas de franchising.
(retirado do artigo "Uma dieta chamada desejo" publicada na edição nº 980 da revista VISÃO)
Os filmes portugueses "José e Pilar", de Miguel Gonçalves Mendes, e "Mistérios de Lisboa", de Raúl Ruiz, estão pré-nomeados para o Óscar de Melhor Filme, sendo que "José e Pilar" está também pré-nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. As duas produções portuguesas entraram na lista divulgada hoje pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos por cumprirem os requisitos, entre eles ter tido estreia comercial nos Estados Unidos e ter estado, pelo menos, sete dias consecutivos em cartaz.
A juntar a estas, há ainda a nomeação do fado "Já não estar", do filme "José e Pilar", que está pré-seleccionado para o Óscar de Melhor Canção Original. "Já não estar" é interpretado por Camané e faz parte de uma banda sonora, maioritariamente composta por David Santos, que conta com 40 temas. Camané, Paco Ibañez, Pedro Granato, Adriana Calacanhotto e Noiserv são alguns dos artistas que deram o seu contributo para a banda sonora. "Já não estar" tem letra de Manuela de Freitas e música de José Mário Branco.
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