NOVO ÁLBUM: "Pés Frios" - doismileoito
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Está à venda, a partir de hoje, nas livrarias de todo o País, um livro inédito de José Saramago, "Clarabóia". José Saramago acabou de escrever este romance em 1953, com 30 anos, e enviou-o para uma editora que nunca lhe deu uma resposta, o que muito magoou o jovem escritor. Saramago, que se tinha iniciado na escrita com "Terra do Pecado" em 1947, entra então num silêncio de escrita que durou quase 20 anos.
Quarenta anos depois de ter enviado o romance "Clarabóia" para a tal editora, recebe a resposta, onde o informam de que "numa mudança de instalações se havia encontrado um manuscrito e que estariam muito interessados em publicar". Saramago agradece a oferta, mas recusa, dizendo que já não era o momento e decide que não quer ver "Clarabóia" publicada em vida, mas que, após a sua morte, os seus herdeiros poderiam fazer o que quisessem dela.
E assim, um ano após a morte do Nobel da Literatura, e 58 anos após o ter enviado para uma editora, o romance "Clarabóia" vê finalmente a luz do dia, para gáudio de todos os seus leitores. "Clarabóia" é também lançado hoje no Brasil e, mais tarde, os leitores em castelhano, catalão e italiano deverão ter a oportunidade de ler este livro inédito de José Saramago.
O romance, que conta a história de seis famílias que vivem no mesmo prédio, já está disponível desde o início do mês em formato e-book, no site digital do Grupo Leya.
A dupla de coreógrafos e bailarinos independentes Sofia Dias e Vítor Roriz venceu o Prémio Jardin d'Europe, a mais importante distinção para os novos criadores de dança contemporânea na Europa. "Um gesto que não passa de uma ameaça" foi a peça premiada.
O júri internacional, composto por 8 críticos, referiu em comunicado que "o trabalho dos coreógrafos portugueses foi minuciosamente repensado e teve uma investigação detalhada da palavra, da voz e da corporização do som" e acrescentou que a peça "alcança uma identidade pessoal, uma vez que combina a coreografia com a criatividade e a psicologia".
"Um gesto que não passa de uma ameaça" será apresentado no Festival Internacional de Dança Contemporânea, em Évora, a 22 de Outubro, no Cine-Teatro de Estarreja, a 12 de Novembro, e no Espaço Alkantara, em Lisboa, de 24 a 26 de Novembro.
Origem: Lisboa
«Na Baixa lisboeta desde 1930, mantém-se fiel ao espírito do comércio tradicional e familiar, mas não perdendo de vista a internacionalização, pois as suas marcas - Tricana, Prata do Mar e Minor - são vendidas em países como França, Alemanha e Hungria e referidas em várias publicações estrangeiras.»
(retirado da reportagem 1000 Motivos do nosso Orgulho publicada na 1000ª edição da revista Notícias Magazine)
«A placa, erguida em azulejo, à porta do número 34 da Rua dos Bacalhoeiros, desvenda-lhe a origem, enquanto Manuela Neves - 81 anos, tantos quantos a loja onde trabalha há cerca de 30 - prende com guita e um sorriso o papel da embalagem de mais uma lata de conserva. "Conserveira de Lisboa. Armazenista. Casa Fundada em 1930", esta loja típica da Baixa lisboeta conserva a traça original, a calçada portuguesa sobre o chão, o balcão principal e até as prateleiras de madeira revestidas a milhares de coloridas latas. Conservada ficou também a linhagem familiar de um negócio criado por Fernando da Silva Ferreira, no seio da antiga Mercearia do Minho, onde era marçano. Ao patriarca, seguiu-se o filho Armando Cabral Ferreira e a nora Regina Cabral Ferreira, que hoje, aos 62 anos, após o falecimento do marido, lidera a Conserveira ao lado dos filhos Tiago José e Maria Manuel e do sócio e amigo de longa data Luís António Vieira. A loja já enfrentou guerras, mudanças de regimes, os produtos congelados e as grandes superfícies.
As três marcas da Conserveira de Lisboa - Tricana, Minor e Prata do Mar - recorrem a peixe fresco de origem 100% portuguesa: o atum é pescado ao largo dos Açores, as cavalas na costa sul do continente, a sardinha a norte e os moluscos na zona da Murtosa, perto de Aveiro. O azeite também tem selo luso, à semelhança da maioria dos ingredientes que se somam aos peixes nas latas de conserva. Aos quatro fornecedores de produtos alimentares, juntam-se uma empresa encarregue do design, duas de cartonagem e uma gráfica: todos portugueses. Na carta da Conserveira de Lisboa entram, além do atum e da sardinha, a cavala, as anchovas, o bacalhau, o salmão, o polvo, as enguias, as lulas, os bivalves, as ovas e até a lampreia minhota.
Registada em 1942, a Tricana é a marca que se dedica literalmente aos peixes grandes, com filetes inteiros dispostos manualmente, lata a lata. No mesmo ano, nasceria a Prata do Mar composta por uma gama de filetes de tamanho mais reduzido e oferecendo ainda conservas cozinhadas. Criada em 1955, também para jogar na liga dos peixes menores, juntamente com os filetes mais pequenos, a Minor contempla patês e pastas de peixes para serem servidos como petiscos ou entradas.
Por dia vendem-se, em média, 850 latas de conserva, que saem directamente das mãos dos funcionários da Conserveira de Lisboa para deixar água na boca dos clientes habituais e das centenas de turistas nacionais e estrangeiros que visitam a loja diariamente. 20 mil latas de conserva empilham-se nas prateleiras de madeira que correm de lés a lés as paredes deste tradicional armazém alfacinha. O stock vai, porém, variando ao sabor da época, consoante o pescado se encontra ou não nas melhores condições para fazer conserva.
O passar dos anos pode ter roubado o viço, mas não o carisma dos slogans que se encavalitam nos letreiros de latão espalhados pela loja. Com grafias de outros tempos, as frases "Coma refeição rápida e nutritiva. Utilize conservas de peixe.", "As conservas portuguesas de peixe são as melhores do mundo.", "No campo, na praia, em toda a parte, deve ter sempre conservas de peixe." e "Nesta casa encontra V.Ex.cia. toda a qualidade de conservas de peixe e marisco" servem de aviso à navegação e de isco para atrair clientela.
Ex-líbris do velho comércio lisboeta, a sede da Conserveira de Lisboa, na Rua dos Bacalhoeiros, é actualmente classificada como Património de Interesse Municipal. À parte da loja própria onde são embaladas, armazenadas e comercializadas, é possível descobrir as marcas Tricana, Minor e Prata do Mar no circuito de 14 mercearias gourmet e restaurantes espalhados pelo País. Fora de portas - ainda que esteja registada em cada um dos 27 estados-membros da União Europeia - Itália, França, Hungria e Alemanha são os principais importadores dos produtos da Conserveira de Lisboa.»
(retirado do artigo "Portugal faz bem - Conservas em família" publicado na edição nº 971 da revista VISÃO)
http://www.conserveiradelisboa.pt/
O português Marcos Freitas sagrou-se campeão europeu de pares em ténis de mesa, no passado sábado. Marcos Freitas, que fez dupla com o croata Andrei Gacina, bateu os russos Alexander Shibaev e Kirill Skachkov, por 4-0, no final da competição que decorreu, de 8 a 16 de Outubro, em Gdansk, na Polónia.
Marcos Freitas, de 23 anos e natural do Funchal, ostenta vários títulos no seu currículo, entre eles os de Campeão da Europa de Singulares (em Cadetes e Juniores) e de Pares e Pares Mistos (em Juniores). Em 2008, Marcos Freitas, ao lado do português Tiago Apolónia, conquistou a medalha de bronze no Europeu de Seniores, tendo agora conquistado o ouro.
O título conquistado por Marcos Freitas no sábado é inédito para o ténis de mesa sénior português e vem juntar-se ao bronze conquistado, na passada 3ª feira, na competição por equipas, onde também figura Marcos Freitas, juntamente com Tiago Apolónia e João Monteiro.
A judoca portuguesa Telma Monteiro conquistou ontem a medalha de bronze, na categoria de -57 kg, no Grande Prémio de Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos.
Para chegar às semi-finais, Telma Monteiro, isenta da primeira eliminatória, derrotou a espanhola Isabel Fernandez e a russa Irina Zabludina, ambas por yuko. Nas meias-finais, a judoca portuguesa perdeu por ippon com a holandesa Juul Franssen. Telma Monteiro lesionou-se neste combate e foi obrigada a desistir.
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