"Toca e Foge" c/ Adriana (Canal Q)
Gravado no Hotel Amazónia, em Lisboa.
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Gravado no Hotel Amazónia, em Lisboa.

« Marquesa de Alorna é uma história de amor à Liberdade e de amor a Portugal. A história de uma mulher apaixonada, rebelde, determinada e sonhadora que nunca desistiu de tentar ganhar asas em céus improváveis, como a estrela que, em pequena, via cruzar a noite. Leonor de Almeida, Alcipe, condessa d'Oeynhausen, Marquesa de Alorna - nomes de uma mulher única e plural, inconfundível entre as elites europeias. Com a sua personalidade forte e enorme devoção à cultura, desconcertou e deslumbrou o Portugal do séc. XVIII e XIX, onde ser mãe de oito filhos, católica, poetisa, política, instruída, viajada, inteligente e sedutora era uma absoluta raridade. Viu Lisboa e a infância desmoronarem-se no terramoto de 1755, passou dezoito anos atrás das grades de um convento por ordem do Marquês de Pombal e repartiu a vida, a curiosidade e os afectos por Lisboa, Porto, Paris, Avinhão, Marselha, Madrid e Londres. Viveu uma vida intensa e dramática, sem nunca se deixar vencer. Privou com reis e imperadores, filósofos e poetas, influenciou políticas, conheceu paixões ardentes, experimentou a opulência e a pobreza, a veneração e o exílio.»
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Nome: Francisco de Sá de Miranda
Profissão: Poeta
Naturalidade: Coimbra (1481-1558)
Poeta do Renascimento português, Sá de Miranda é tido, por muitos, como precursor de Camões. Natural de Coimbra, estudou gramática, retórica e humanidades na Escola de Santa Cruz. Frequentou depois a universidade, ao tempo estabelecida em Lisboa, onde fez o curso de Leis e alcançou o grau de doutor em Direito. De aluno aplicado a professor considerado, frequentou a corte até 1521 e desenvolveu amizade com o escritor Bernardim Ribeiro. Para o Paço, compôs cantigas, vilancetes e esparsas, ao gosto dos poetas do século XV.
Sá de Miranda introduziu a nova estética literária renascentista. Segundo ele, a poesia não era uma ocupação para ócios de intelectual ou salões, mas uma missão sagrada. Morou em Itália alguns anos, onde conviveu com personalidades do Renascimento. Com linguagem sóbria, densa e forte, impôs-se pela verticalidade e coerência.
A sua linguagem é elíptica, sóbria, densa, forte, trabalhada, hermética, por vezes difícil de entender e demasiado dura. Mesmo assim, Sá de Miranda foi, depois de Luís Vaz de Camões, o escritor mais lido do século XVI. A sua verticalidade e coerência impuseram-se.
Faleceu em Amares, em 1558, na Quinta da Tapada, para onde se retirara por não se ter adaptado à vida da corte.
Comigo me desavim
Comigo me desavim,
sou posto em todo perigo;
não posso viver comigo
nem posso fugir de mim.
Com dor da gente fugia,
antes que esta assi crecesse;
agora já fugiria
de mim, se de mim pudesse.
Que meo espero ou que fim
do vão trabalho que sigo,
pois que trago a mim comigo
tamanho imigo de mim?
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